Romance de espionagem mostra mulheres dos dois lados da Cortina de Ferro na missão que contrabandeou Doutor Jivago para a União Soviética na Guerra Fria
Inspirado em uma missão real da CIA durante a Guerra Fria,
Os segredos que guardamos (Intrínseca, 368 pp, R$ 59,90 – Trad.: Alessandra Esteche), de Lara Prescott, mostra, de maneira romanceada, como a Agência de Inteligência americana apostou em
Doutor Jivago, uma das obras-primas do século XX, para mostrar aos soviéticos o poder de mudança da literatura. O plano era simples: imprimir no exterior
Doutor Jivago em russo e contrabandear exemplares da obra que teve sua publicação proibida na União Soviética por ir contra a ideologia do Estado. Para tanto, a experiente e glamorosa espiã americana Sally Forrester deve treinar a novata Irina, uma simples datilógrafa da Agência, a fim de infiltrar o texto no país natal de seu autor, Boris Pasternak, vencedor do Prêmio Nobel com esta obra, porém obrigado por seu governo a rejeitá-lo. Assim, mulheres de ambos os lados da Cortina de Ferro protagonizam essa obra que mostra que, embora a história seja escrita pelos vencedores, é nos bastidores que o destino do mundo é forjado.