Na obra, Lorde examina uma ampla gama de tópicos, incluindo amor, guerra, brutalidade policial, violência contra as mulheres, feminismo negro e movimentos pela igualdade
A militante feminista Audre Lorde é muitas e única. Mulher negra, poeta, lésbica e guerreira. Mãe e professora. Ativista e pensadora. Todas essas facetas coexistem em harmonia nos 15 ensaios de
Irmã outsider (Autêntica, 240 pp, R$ 49,80 – Trad.: Stephanie Borges), que dá sua contribuição como uma das mais importantes obras para o desenvolvimento de teorias feministas contemporâneas. O pensamento de Lorde é profundamente enraizado na experiência de estar fora do que chamou de “norma mítica” – branca, heterossexual, magra. O olhar da
outsider, deslocado, estrangeiro, é capaz de análises certeiras sobre a necessidade de agirmos para transformar a sociedade e nos propõe caminhos possíveis: saber quem somos e nos definirmos por meio das nossas palavras; reconhecer nas alianças uma força contra as estruturas desumanizantes do racismo e do machismo; compreender o erótico como um poder.
Neste livro, Lorde convida o leitor a enfrentar seus medos e a quebrar silêncios. E examina uma ampla gama de tópicos, incluindo amor, guerra, imperialismo, brutalidade policial, construção de coalizão, violência contra as mulheres, feminismo negro e movimentos pela igualdade.