Em queda livre desde o início do ano, o varejo de livros parece ter aberto o paraquedas em abril. Continua caindo, mas não no mesmo ritmo que caiu entre janeiro e março. Pelo menos é o que percebeu a GfK em relatório divulgado nessa semana em parceria com a Associação Nacional de Livrarias (ANL). No período que vai de 1º a 28 de abril, as vendas apresentaram queda de 8,5% em valor e de 11,5% em volume. Longe de serem insignificantes, esses índices são, apesar de tudo, inferiores aos apresentados nos meses anteriores, como se vê na tabela abaixo.

Em números absolutos, no mês passado, foram vendidos 3,6 milhões de exemplares o que redundou em faturamento de R$ 153,2 milhões. Isso representa 465 mil exemplares e R$ 14,3 milhões a menos quando comparado com igual período de 2018.

No acumulado do ano, a queda é de 17,9% em faturamento e de 21,3% em volume, o que significa dizer que os estabelecimentos monitorados pelo instituto de pesquisa venderam 15,8 milhões de exemplares e obtiveram faturamento de R$ 774 milhões entre janeiro e abril.

No período analisado, o livro ficou, em média, 3,4% mais caro saltando de R$ 41,40 em abril de 2018 para R$ 42,80 para igual período de 2019. O percentual de desconto aplicado ao consumidor vem crescendo de janeiro para cá, mas ainda não alcançou aquele que era praticado no ano passado, como se vê no gráfico abaixo

O relatório mostra ainda que o canal Livrarias vem perdendo forças (-21%) mês a mês enquanto os “outros canais” (aqui estão supermercados e lojas de autoatendimento) vêm ganhando espaço (+19,2%). Esse fenômeno pode ser explicado pelo fechamento de lojas nos últimos meses (só a Saraiva perdeu pelo menos 20 lojas, a Cultura pelo menos outras duas da Cultura e todas as 12 da Fnac).

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