O emergente (e promissor) mercado de audiolivros foi alvo de uma matéria na Folha de S.Paulo nesse fim de semana. A matéria, assinada por Carolina Muniz, explica que o custo de produção (em média de R$ 10 mil por obra) é um dos entraves do setor. Ouvido pela reportagem, Marcos Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da Sextante, observa: “É um investimento grande, por isso as editoras estão levando mais tempo para construir um catálogo de audiolivros. A crise das livrarias tem um impacto grande nisso, porque diminui bastante o caixa das empresas. No momento em que precisávamos investir em uma nova área, temos uma limitação”.
O jornal trouxe ainda uma matéria especial sobre como editoras como Ubu, Patuá e Lote 42 têm feito para driblar a crise das livrarias. O reforço das vendas diretas – via site próprio ou via marketplaces – tem sido o enfoca dessas casas.
Ainda na Folha, reportagem traz um apanhadão de obras de Monteiro Lobato ou derivadas delas que estão nos prelos das editoras. Mauricio de Sousa é um dos que embarcou na onda. Ele prepara pela Girassol versão em que a boneca Emília ganha contornos da Mônica e a Narizinho incorpora a comilona Magali. O assunto também foi alvo de matéria no Estadão, que dá destaque à adaptação feita por Pedro Bandeira, que promete eliminar expressões racistas na obra de Lobato. Falando ainda de Lobato, a coluna de Lauro Jardim, n'O Globo, adiantou que o acervo do escritor vai inaugurar coleção digital Brasiliana de Literatura Infantojuvenil da Biblioteca Nacional.
Voltando ao Estadão, o destaque foi o aumento das vendas dos livros de Olavo de Carvalho, apontado como o guru do governo Bolsonaro. Segundo dados levantados pela Nielsen, de setembro a dezembro de 2018, foram vendidas 51,9 mil cópias das obras do escritor – em 2017, esse número tinha sido de 17,1 mil. A partir do período das eleições, os livros de Carvalho geraram rendimento bruto de mais de R$ 3,2 milhões. O montante das vendas nestes quatro meses equivale ao dinheiro arrecadado nos 15 meses anteriores.
Em entrevista à Folha, a autora estreante Kristen Roupenian adiantou que será uma das convidadas da 17ª edição a Flip (10 a 14/07). Ela é autora de Cat person, conto publicado em 2017 na revista New Yorker e que viralizou e fez da autora um fenômeno editorial. O conto faz parte da coletânea que acaba de ser lançada pela Companhia das Letras. Por falar na Flip, Euclides da Cunha, homenageado desta edição, vai ganhar biografia escrita por Luis Claudio Villafañe G. Santos, que sairá pela Todavia, segundo adiantou a coluna Painel das Letras do último sábado. A coluna conta ainda que Josélia Aguiar passa a assinar a curadoria da seção de prosa da revista Pessoa. Ela deve apresentar um recorte da produção contemporânea das regiões Norte e Nordeste, misturando nomes consagrados com estreantes. ;
Nos EUA, o Wall Street Journal fez reportagem em que mostra como a Amazon reescreveu e reorganizou a indústria editorial. Ainda nos EUA, o livro de Michelle Obama – Minha história (no Brasil publicado pela Objetiva) – quebrou o recorde da série 50 tons de cinza. A publicação está há 47 semanas no topo da lista da Amazon americana, independente do formato.
