Poeta brasileira é autora do livro 'Câmera Lenta' e levou para casa o prêmio de R$ 100 mil. Dois portugueses e um moçambicano também foram consagrados.
Em cerimônia realizada na última sexta (7), no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o
Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa anunciou os quatro vencedores de 2018: uma brasileira, dois portugueses e um moçambicano, consagrando escritores de três continentes e aprofundando o processo de internacionalização do prêmio. A poeta brasileira Marília Garcia ficou em primeiro lugar com a obra
Câmera lenta (Companhia das Letras), recebendo o prêmio de R$ 100 mil. A obra reflete a pesquisa da autora sobre o processo poético. Nele, a Marília faz do poema o lugar para experimentar, exercitar o pensamento “ao vivo” e testar procedimentos novos, sempre em aberto. Em segundo lugar, o português Bruno Vieira Amaral, autor do romance
Hoje estarás comigo no paraíso (publicado por aqui pela Quetzal), receberá prêmio de R$ 60 mil. O livro de poesia
A noite imóvel, do português Luís Quintais, ficou em terceiro lugar, pelo qual terá premiação de R$ 40 mil. Fechando a lista, o quarto colocado é o poeta moçambicano Luís Carlos Patraquim, autor de
O Deus restante, premiado com R$ 30 mil. “Esta edição do Oceanos está rica, cheia de ineditismos: pela primeira vez, anunciamos os premiados em Lisboa, temos autores do Brasil, de Portugal e de Moçambique, o que revela a importância da internacionalização do prêmio, e, de quatro títulos vencedores, três são de poesia, um dado que merece atenção”, observou a gestora cultural Selma Caetano, curadora e idealizadora do prêmio.