Publicidade
Romance e a escravidão
PublishNews, Redação, 12/11/2018
Publicado pela Penguin, livro de Maria Firmina dos Reis é considerado o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil

Obra inaugural da literatura afro-brasileira, Úrsula (Penguin, 224 pp, R$ 24,90) é considerado o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil. Maria Firmina dos Reis, mulher negra nascida no Maranhão, constrói uma narrativa ultrarromântica para falar das mazelas sociais decorrentes da escravidão. Tancredo e Úrsula são jovens, puros e altruístas. Com a vida marcada por perdas e decepções familiares, eles se apaixonam tão logo o destino os aproxima, mas se deparam com um empecilho para concretizar seu amor. Por dar voz e agência a personagens escravizados, Úrsula é vista como a obra inaugural da literatura afro-brasileira. Retrata homens autoritários e cruéis, mostrando atos inimagináveis de mando patriarcal e senhorial em um sistema sem espaço para a autorregulação. Com introdução e contextualização histórica, esta edição do livro celebra uma das autoras mais importantes da literatura nacional e conta com estabelecimento de texto e introdução de Maria Helena Pereira Toledo Machado e cronologia de Flávio Gomes.

Tags: Penguin, romance
[12/11/2018 07:00:00]
Matérias relacionadas
'Consigo inventar tudo' é um romance que bebe na fonte das narrativas autoficcionais criadas a partir de arquivos para dar outras formas a este fazer literário em uma ficção que às vezes beira ao absurdo
Em romance autobiográfico, a escritora russa Oksana Vassiákina retorna à sua cidade natal para enterrar as cinzas da mãe que acabara de morrer de câncer de mama
O escritor Édouard Louis esmiúça a existência de seu irmão, entrevistando pessoas próximas de seu convívio e relembrando momentos decisivos da relação fraternal
Leia também
As formas que a vida assume às margens do rio São Francisco são a matéria-prima dos poemas
'A quebrada na poesia' é uma obra que traz a quebrada para o livro e o livro para a quebrada, trilhando caminhos
'Ninguém me obedece, muito menos eu' transita entre gestos de autodepreciação e um afeto constante pelo próprio percurso