Na obra, o marido de uma antiga amante bate na porta personagem principal e a partir daí, os dois estabelecem um debate que os levará a conclusões devastadoras
Escrito entre
Os demônios e
O idiota e descrito pelo biógrafo Joseph Frank como “uma pequena obra-prima”,
O eterno marido (Penguin, 216 pp, R$ 34,90 – Trad.: Rubens Figueiredo) traz Dostoiévski em sua melhor forma como um dissecador das peculiaridades e fraquezas do caráter humano. No meio da noite, um homem atende a uma batida na porta. O marido de uma antiga amante o espera na soleira, mas ele ainda não sabe se o romance foi descoberto. A partir dessa premissa, se estabelece um intenso debate intelectual, que levará os dois homens a conclusões devastadoras. Em
O eterno marido, Dostoiévski destila toda a sua capacidade de construir enredos arrebatadores e ao mesmo tempo filosoficamente profundos. Ao revisitar temas caros ao autor, esta narrativa madura se revela um de seus romances curtos mais bem-acabados e uma das mais sensatas reflexões sobre a dualidade do amor.