“Você deve ter visto que a Foyles se tornará parte da Waterstones no futuro. E se você ama comprar na Foyles deve estar pensando o que isso realmente significa. Resumindo, a Foyles continua sendo Foyles. E tem um porquê. Como livreiros, nós amamos livros e nós amamos outras livrarias. Foyles tem servido seus clientes fiéis por 115 anos com a sua personalidade única e nós não queremos que isso mude”. Com essa mensagem publicada na última sexta-feira (07) pelo Twitter, a rede britânica de livrarias Waterstones tentou acalmar os fãs da Foyles, pequena rede de sete livrarias que desde 1903 estava nas mãos de uma mesma família. Isso porque no mesmo dia, a gigante comprou a rede independente em uma transação cujos valores não foram divulgados.
Em comunicado, James Daunt, CEO da Waterstones, disse que, com a compra, pretende ficar mais forte e bem-posicionado para lutar contra a Amazon. “É um momento estimulante e revigorante na venda de livros, já que boas livrarias estão redescobrindo seu propósito na luta contra a internet e a leitura on-line”, completou.
Falando pelo outro lado da história, Christopher Foyle comentou que a sua família estava muito satisfeita com esse novo capítulo da varejista. Segundo o neto do fundador, a transação “garante o futuro da marca e protege a sua personalidade”.
Hoje, a Waterstones é dona de uma rede de 283 lojas na Inglaterra e na Irlanda, mantém um time de três mil vendedores e faturou 388 milhões de libras em 2017, com lucro de 18 milhões de libras. Já a Foyles reportou faturamento de 26,6 milhões de libras no ano passado, mas registrou prejuízo de 89 mil libras no período.
A transação deve ser concluída até o fim desse ano.
