Aqui o dia começa cedo para não perder o café da manhã grátis do hotel, não importa a hora que a noite anterior tenha terminado. Logo em seguida, começa a andança. Hoje foi a primeira vez que me senti, de fato, na Feira de Frankfurt. Tudo começou com uma exposição + palestra + performance sobre a poesia e a história em quadrinhos de Flandres e da Holanda na Haus am Don: apesar de o evento ter sido apresentado em alemão, não há literatura que não envolva, acima de tudo, as sensações - o que, de certa forma, permite que entendamos a mensagem que está sendo passada.
Logo em seguida, embaixo de uma garoa fina que insistia em acompanhar meus passos, segui em direção ao Steigenberger Frankfurt Hof, famoso hotel onde tudo acontece: ali no bar todos os envolvidos no mundo editorial se encontram para beber, conversar, rir e fazer o conhecido networking. No entanto, o que encontrei, além de três pessoas maravilhosas, foi um bar um tanto quanto vazio, em um ambiente sofisticado, cheio de quadros, lustres enormes e poltronas de couro, e um aviso: ‘volte quando a feira começar e você não será capaz de alcançar o bar para pedir sua cerveja’.
Está bem.
O que tenho aprendido em minhas viagens é que o primeiro dia nunca é fácil. A primeira coisa que pensamos é: o que estou fazendo aqui? Depois de andar muito pela cidade, beber algumas cervejas e conhecer muitas – mas muitas mesmo – pessoas novas, começamos a entender um pouco mais o lugar, seus moradores, sua história e suas peculiaridades, e, a partir de então, um sentimento aconchegante de pertencimento toma conta de nós e nos pegamos voltando para casa sorrindo e pensando ‘acho que já estou me sentindo em casa’.
Veja mais alguns cliques de Marcela: