A novela do PNBE (Programa Nacional Biblioteca da Escola) Temático tem novo capítulo. O programa, que em 2014 comprou quase 20 milhões de exemplares, foi dado como suspenso pelo Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo do MEC, em agosto do ano passado. No entanto, em outubro, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) anunciou que voltaria atrás e efetivariam a compra de livros de leitura para bibliotecas escolares.
As condições não eram favoráveis aos editores, que teriam que manter o preço negociado em 2014. Na época, muitos editores reclamaram, mas resolveram embarcar na aventura. Em novembro do ano passado, Marcos Marcionilo, da Parábola Editorial, disse ao PublishNews que a perda era “sensível depois do aumento do papel e de todos os insumos atrelados ao dólar”.
A notícia agora é que o FNDE atrasou o pagamento e não há previsão para que seja efetivado. Voltamos a falar com Marcos e ele disse: “todos sabíamos que iríamos fornecer sob risco. Já tivemos de raspar o tacho para pagar o papel e vamos raspar de novo para pagar a gráfica. O FNDE está dizendo que deve, mas não sabe se paga. E se até dia 21 de março, o dinheiro não estiver na conta, a gente que procure as instâncias competentes”. A Summus é outra editora que não recebeu. “O prazo era o último dia 10 e não há previsão de pagarem a fatura”, comentou Gilson Ferraz, gerente comercial da casa.
A Câmara Brasileira do Livro (CBL), entidade que em outubro comunicou, a pedido do FNDE, as novas condições de compra para o PNBE, falou com a equipe do órgão. Via assessoria de imprensa, a CBL informou ao PublishNews que o FNDE “não arriscou nem dar um prazo e que a situação é muito delicada”.
O PublishNews entrou em contato com o FNDE, mas até o fechamento desta edição, não obteve respostas.
