No fim da década de 1980, o autor foi jurado de morte pelo governo iraniano ao lançar o livro Versos satânicos (Companhia das Letras). Em sua participação relâmpago na feira, Rushdie defendeu que sem liberdade de expressão não há nenhum outro tipo de liberdade e que atentados a essa prerrogativa afetam a natureza humana.
Durante a coletiva de imprensa, Rushdie declarou que “a liberdade de expressão deveria ser como o ar que respiramos”. E Juergen Boos, diretor da feira, completou dizendo que a “liberdade de expressão é inegociável”. No encerramento da feira, Juergen voltou a falar sobre o caráter mais político que a edição de 2015 ganhou: "As tensões políticas ao redor do globo tiveram um impacto direto no negócio da literatura".
O bafafá em torno do nome de Rushdie foi considerado um golpe de sorte pelos organizadores da feira. Antes do anúncio do boicote iraniano, nos bastidores da feira, o clima era de desânimo. A baixa procura por parte dos jornalistas apontava para um erro na escolha do autor.No entanto, o número de jornalistas na cobertura da feira aumentou de 9,3 mil em 2014 para 9,9 mil em 2015.