Paquistão e Brooklin se encontram na Flip
PublishNews, Ricardo Costa, 08/07/2011
“Ficções da diáspora” foi uma das surpresas da Flip

Há muito tempo que defendo a teoria de que 80%, ou mais, do sucesso de um debate depende do mediador. Na mesa “Ficções da diáspora”, Angel Gurria-Quintana confirmou a teoria. Ela foi uma das melhores que já assisti na Flip. E por quê? Especialmente porque Angel deixou que Kamila Shamise e Caryl Philips conversassem e discutissem entre si cada ponto levantado por ele ou pelos próprios escritores. Caryl Philips declarou que “precisa haver uma certa arrogância para escrever e para achar que algo que você diga ou escreva possa ser interessante para alguém”. Kamila levantou outra questão. “Quando ouvi o meu personagem falando em alemão - eu escrevi em inglês - percebi como ele era mais real, mais verdadeiro.” Caryl Philips destacou os dois livros que “existem” quando um texto é escrito. “Existe um livro quando você escreve, e outro quando ele é lançado, quando está nas mãos do leitor.” A interação entre Kamila e Caryl foi natural. Pareceu que os dois se entendiam muito bem e se conheciam há tempos. Coisas da literatura.

[08/07/2011 00:00:00]