Espinosa, um dos grandes nomes da história da filosofia, fez parte do chamado “desencantamento do mundo”, proposto por Webber no início do século XVII. O conceito tem a convicção de que o desejo e todos os outros afetos podem ser entendidos de forma racional e, assim, controlados também pelo próprio homem de forma a passar da barbárie à vida civilizada, ou seja, deixar de ser dominado somente por necessidades pessoais e aprender a controlá-las para melhorar o convívio em sociedade. A professora de filosofia Marilena Chaui usa, em Desejo, paixão e ação na ética de Espinosa (Companhia das Letras, 360 pp., R$ 56), os fundamentos da filosofia de Espinosa para examinar o sujeito moderno e os principais conceitos ligados a ele, como a liberdade, necessidade, paixão, medo e desejo. A obra, composta por oito ensaios, tem lançamento marcado para esta quinta-feira, dia 16 de junho, às 19h30, na Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509 – São Paulo/SP), com bate-papo.