Experiência e juventude
O Globo, Rafael Teixeira, 11/12/2006
Com menos de três anos de existência, a Desiderata mal passou da primeira infância. Muito da sua curta trajetória, porém, deve-se ao êxito de um projeto que, contrastando com a jovialidade da editora, teve por base um dos grandes fenômenos da imprensa de mais de 30 anos atrás: o "Pasquim". De fato, ninguém na editora tem vergonha de admitir que o primeiro volume da coletânea de textos do jornal, publicado no início deste ano e que ficou seis meses na lista dos mais vendidos, abriu portas que acabariam levando, para citar apenas dois exemplos, à coleção de humor "SIGmund" e à reedição de Gip! Gip! Nheco! Nheco!, de Ivan Lessa. A coleção, coordenada por Jaguar (ele mesmo um dos fundadores do "Pasquim" e uma das conquistas da Desiderata que vieram a reboque da tal coletânea), reflete bem a corda bamba em que a editora vem se equilibrando: uma mistura bem dosada entre material inédito e textos já publicados, invariavelmente focada no humor.
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