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Em ano eleitoral, a política vira grande tema da Feira do Livro de Buenos Aires
PublishNews, Leonardo Neto, 25/04/2019
Lançamento do livro da ex-presidente Cristina Kirchner é um dos mais esperados. E mais: Congresso argentino discute criação de órgão para fomentar ações de desenvolvimento do setor

Cristina Kirchner lança seu livro dentro da programação da Feira do Livro de Buenos Aires | Presidência da República Argentina
Cristina Kirchner lança seu livro dentro da programação da Feira do Livro de Buenos Aires | Presidência da República Argentina
Dois mil e dezenove será um ano agitado na política nacional da Argentina, muito por conta das eleições presidenciais em outubro. E isso se reflete na Feira do Livro de Buenos Aires que será aberta oficialmente no fim da tarde desta quinta-feira (25). Livros de políticos como o de Axel Kicillof, ex-ministro da Economia do segundo mandato de Cristina Kirchner, e do presidenciável José Luis Espert estão na agenda da feira.

Mas nenhum deles tem gerado tanto bochicho e é tão aguardado quanto o da própria Cristina Kirchner (agora senadora e possível candidata à presidência) que chega às livrarias nesta sexta-feira (26) e será lançado oficialmente no próximo dia 9 na feira, com a presença da ex-presidente. Sinceramente, o título do livro de Kirchner, promete ser uma “reflexão introspectiva” sobre “feitos e capítulos da história recente e como eles impactaram a vida dos argentinos”.

Sessão que marcou a apresentação do projeto de lei de criação do INLA
Sessão que marcou a apresentação do projeto de lei de criação do INLA
E por falar em Argentina, no último dia 23, quando se comemora o Dia Mundial do Livro, foi apresentado na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê a criação do Instituto Nacional do Livro (INLA), em torno do qual se reuniram os diversos setores da indústria editorial argentina. Entre os objetivos do INLA está o fortalecimento dos mecanismos de distribuição e comercialização de livros feitos no país. A logística é um dos grandes gargalos da indústria editorial local e editores recorrentemente a culpam pela diminuição de suas margens operacionais. O projeto prevê o desenvolvimento de mecanismos que incentivem a instalação de livrarias em todas as regiões do país. Para financiar o INLA, a lei prevê destinação de 2% do orçamento nacional da Cultura, o que daria algo como 100 milhões de pesos (R$ 10 milhões) anuais. A criação do órgão estatal será debatida na feira no próximo dia 10.

[25/04/2019 09:40:00]
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