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As maiores editoras do mundo
PublishNews, Leonardo Neto, 30/09/2014
Brasileiras ficam na lanterninha por causa da desvalorização cambial

A Abril Educação (55ª posição) e a Saraiva (56ª) são as duas únicas brasileiras a configurarem no Ranking Global de Editoras, organizado pelo consultor austríaco Rüdiger Wischenbart com apoio dos principais veículos que cobrem o mercado editorial e livreiro no mundo, inclusive o PublishNews. Os dados do relatório são referentes a 2013 e pontuaram as editoras com receitas superiores a € 150 milhões. No topo do ranking está inabalável a Pearson, com faturamento de € 5,6 bilhões, seguida pela Reed Elsevier (€ 4,4 bi) e Thomson Reuters (€4 bi). As três, editoras educacionais ou de CTPs, permaneceram nas mesmas posições desde 2011, quando foi divulgado o primeiro ranking. A Random House, na quinta posição geral, é a maior editora trade. A companhia apresentou escalada importante no ranking (no divulgado em 2012, estava na oitava posição e saltou para quinto lugar no ano seguinte) em função das aquisições feitas nos últimos anos, incluindo a participação de 53% na Penguin e a assunção do controle integral da Random House Mondadori no final de 2012. A escalada deve continuar depois da compra do segmento trade da Santillana, ocorrida em março passado, mas os reflexos serão vistos na edição de 2015 do relatório.

> A Abril Educação, no relatório de 2013 (com base de dados de 2012), apresentou receita de € 202,11 milhões e ficou na 39ª colocação. No relatório deste ano, a companhia caiu para 55ª colocação, com receita de € 156,51 milhões. Já a Saraiva aparecia, em 2013, na 56ª posição e apresentava receitas de € 202,11 milhões. No relatório de 2014, a empresa manteve-se na mesma posição, mas com faturamento menor, totalizando € 156,51 milhões em receitas. A FTD, que no ano passado cravou € 150 milhões, nesse ano ficou fora do ranking, com faturamento de € 143,89 milhões.

Para Rüdiger, a queda das editoras brasileiras no ranking e no faturamento está diretamente relacionada à desvalorização cambial do Real. “As três companhias brasileiras ficaram abaixo das top 50. Não que elas tenham decaído exatamente, mas foram puxadas para baixo pela fraqueza da sua moeda”, explica Rüdiger. A Saraiva, por exemplo, apresentou crescimento no faturamento de R$ 470,4 milhões em 2012 para R$ 507,16 milhões em 2013, mas considerando a queda do Real frente ao Euro, a companhia caiu no ranking.

Rüdiger atenta ainda para a importância dos países de economia emergente no ranking. A chinesa China Publishing Group saltou de 22º em 2012 para 14º lugar em 2013, com faturamento beirando os € 1,5 bilhões. Outra chinesa que apresentou um salto importante no ranking é a China Education and Media Group, que saiu do 30 º lugar para a 21ª posição de 2012 para 2013. A russa Eksmo subiu dez posições no ranking, saindo de 55ª em 2012 para 45ª em 2013, com faturamento de € 343 milhões.

Veja abaixo o ranking completo

Ranking

(2013)

Ranking (2012)

Editora

País

Grupo-mãe

Receitas (2013)*

Receitas (2012)*

±

1

1

Pearson

Reino Unido

Pearson

5.654,69 €

6.913,41 €

±

2

2

Reed Elsevier

Reino Unido

Reed Elsevier (corp.)

4.416,83 €

4.479,27 €

±

3

3

ThomsonReuters

EUA

The Woodbridge Company Ltd.

4.014,72 €

4.080,30 €

±

4

4

Wolters Kluwer

Holanda

Wolters Kluwer

3.565,00 €

3.603,00 €

±

5

5

Random House

Alemanha

Bertelsmann AG

2.655,00 €

2.142,00 €

±

6

6

Hachette Livre

França

Lagardère

2.066,00 €

2.077,00 €

^

7

10

Holtzbrinck

Alemanha

Verlagsgruppe Georg von Holtzbrinck

1.610,00 €

1.608,00 €

^

8

8

Grupo Planeta

Espanha

Grupo Planeta

1.566,00 €

1.675,00 €

^

9

11

Cengage

EUA

Apax Partners et al.

Não disponível

1.509,85 €

?

10

7

McGraw-Hill Education

EUA

The McGrawHill companies

1.434,24 €

Não disponível

?

11

9

Scholastic (corp.)

EUA

Scholastic

1.290,24 €

1.627,27 €

[30/09/2014 00:00:00]
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