Com a Bienal do Livro começando, resolvi tocar em um assunto importante para todos os freelas: os eventos. Como trabalhamos em casa e em geral temos pouco contato com nossos empregadores e pessoas em geral, é fundamental participarmos de eventos do mercado editorial para conhecer pessoalmente gente que só falamos por e-mail, fazer contatos e sentir o clima desse mercado.
Vou falar especificamente da Bienal, que é o maior evento e que conta com a participação de praticamente todas as editoras, mas isso vale para outros menores também. Veja abaixo sete dicas do que fazer (ou não) em um evento.
1 – Vá a Bienal. Isso é básico, mas muita gente não vai. Não adianta ficar com desculpa de falta de tempo, de dinheiro, de vontade, isso é um investimento em sua carreira.
2 – Se vista direito. Não, você não precisa ir de terno e gravata, mas não apareça de bermuda ou mega desleixado. A aparência conta nessas horas.
3 – Tenha um planejamento do que vai fazer. Pense em que editoras vai visitar, mande e-mail marcando um bate-papo ou pelo menos perguntando educadamente se os editores estarão lá e quando estarão.
4 – Não seja demasiadamente tímido e nem extrovertido demais. A sobriedade é sempre a melhor atitude nesses casos, principalmente se você está conhecendo as pessoas pela primeira vez. Mas se já for velho conhecido, então pode aproveitar o coquetel das editoras.
5 – Ande muito, conheça tudo, veja como são os estandes das editoras, olhe muitos livros, compre muito (se possível). Quanto mais fizer uma imersão no meio, melhor.
6 – Tenha cartões de visita, se possível. Sempre ajuda na hora de trocar contatos.
7 – Ao voltar de um evento, mande um e-mail de contato para as pessoas com as quais conversou, agradecendo pelo encontro e se colocando a disposição.
Como em qualquer área, na editorial os contatos são uma das coisas mais importantes para se ter sucesso. Mas é claro que de nada adiantará se seu trabalho não tiver qualidade. Aproveite para usar tudo isso nessa Bienal. Eu estarei lá, e você?
Cassius Medauar (@cassiusmedauar) é formado em Jornalismo pela Cásper Líbero e está no mercado editorial há vinte anos, tendo trabalhado como editor (Conrad, Pixel/Ediouro e JBC), tradutor e jornalista freelancer. Fanático por quadrinhos, cultura pop em geral e esportes, traduziu coisas como Beber, Jogar e F@#er, O vendedor de armas, a série Dexter, as biografias de Michael J. Fox, Tim Burton e Lily Allen, Cicatrizes (HQ), entre outros. Nos sete anos como Gerente de Conteúdo da Editora JBC, foi responsável pela mudança de qualidade da linha de mangás e HQs da editora e a implantação de seu modelo digital (publicações em e-book e mídias sociais). Sua coluna aborda especialmente o mercado de quadrinhos e geek, mas digital, trabalho freelancer, surfe e futebol podem marcar presença.
** Os textos trazidos nessa coluna não refletem, necessariamente, a opinião do PublishNews.