Após dez anos, o Brasil volta a ter um estande exclusivo na Feira do Livro de Londres (05 a 07/04). A estimativa do Brazilian Publishers – projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado por meio de uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) – é de que o evento gere US$ 140 mil em negócios para o mercado editorial nacional. O estande totalmente dedicado ao Brasil terá espaço para a negociação de direitos autorais, reuniões B2B e uma exposição com destaque para os títulos ganhadores do Prêmio Jabuti, a premiação mais importante da literatura brasileira. O espaço também contará com a exposição do catálogo do Clube de Leitura ODS em Língua Portuguesa. A delegação brasileira terá representantes de seis editoras nacionais: Arole, Faro Editorial, Melhoramentos, Rua do Sabão, Companhia das Letras e Girassol Brasil. Os profissionais participarão das agendas institucionais referentes à agência internacional do ISBN (International Standard Book Number). Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Esta semana, o Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz dois editais. O primeiro deles visa a contratação de serviços de impressão de livros, contemplando menor preço por item e com pregão marcado para 06 de abril. O segundo edital é para a aquisição de livros, com valor estimado de R$ 450.277,05. A disputa está agendada para 05 de abril. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A Associação Nacional de Livrarias (ANL) está atualizando o seu tradicional Anuário de Livrarias, para publicação digital e impressa. O estudo tem o apoio da Associação Quatro Cinco Um, que é a entidade parceira encarregada de verificar o cadastro das livrarias no estado de São Paulo. É importante que os livreiros paulistas preencham o formulário on-line para que seus dados de contato não fiquem fora da edição de 2022 do Anuário. Estar lá significa figurar no mapa das livrarias do Brasil e ter acesso a inúmeras oportunidades de negócios. O cadastro tem como objetivo confirmar os contatos das livrarias de São Paulo e verificar quais fecharam ou abriram nos últimos anos. Livrarias que não responderem poderão ser excluídas da base de dados. As respostas devem ser enviadas até quinta, dia 31 de março. São poucas perguntas, apenas com os dados básicos. Na segunda fase, o levantamento vai buscar conhecer melhor a história, o acervo e a operação das lojas, com o objetivo de mapear as livrarias brasileiras e fortalecer a circulação de livros no país. Não é preciso ser afiliado à ANL nem estar com a loja aberta neste momento para responder. Em caso de grupos de uma mesma livraria que tenham diversas lojas, o formulário deve ser enviado aos responsáveis por cada uma delas. Em caso de dúvidas, os livreiros podem escrever para comercial@associacao451.org.br.

O Metaverso, essa nova realidade no espaço virtual, pode, em breve, alterar o modo de viver, consumir, estudar e trabalhar. Em mais um episódio extra no podcast do PublishNews patrocinado pela Alta Books, a equipe conversa com Walter Longo, ex-presidente do Grupo Abril, especialista em comunicação, inovação e tecnologia e autor de diversos livros sobre marketing, financiamentos entre outros assuntos. Longo fala sobre os impactos do Metaverso na forma de encarar o mundo, além de analisar como o marketing, as vendas, a produção de bens e serviços, a ciência e a educação serão afetados por essa nova realidade. Como ele mesmo diz, falar sobre Metaverso em apenas uma hora é como tentar resumir a Bíblia. Mesmo assim, nos próximos minutos é possível ter uma boa ideia sobre o assunto, além de entender como essa terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual pode ser aplicada no mercado editorial. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota e ouvir o programa.

Sempre me pergunto por que Jorge Amado anda tão esquecido se chegou, em seu tempo, a ser um dos mais populares autores do Brasil, o mais traduzido, filmado, adaptado. Se teve incrível reconhecimento internacional, se em tudo o que fez havia uma coerência só: pensar o Brasil e os brasileiros através de personagens emblemáticos e situações que traduziam com graça, irreverência e sensualidade o espírito de uma época e de uma raça. Me assombra que mesmo numa pesquisa rápida à internet, não tenhamos mais tantas referências críticas e sólidas à sua obra. Se houve, ao longo da história do projeto Rodas de Leitura (que criei e coordenei no Centro Cultural do Banco do Brasil), uma Roda que me deixou extremamente insegura, foi aquela à qual levei Jorge Amado. Ficara insegura pela raridade do encontro ao vivo com um dos nossos mais importantes escritores e, claro, pelos preparativos, as tratativas que antecederam o evento (a imprensa havia noticiado largamente) e, finalmente, pela responsabilidade que tudo aquilo acarretava para mim. Ainda por cima, ele demorara a escolher qual livro e trecho leria (a escolha de ambos ficava sob a responsabilidade do autor convidado). Somente soube desses detalhes importantíssimos, cinco dias antes do evento e eles me foram entregues pessoalmente por Jorge, num encontro em Copacabana. Estava acompanhado por sua mulher, a escritora Zélia Gattai e queria me conhecer. Naquela tarde, quando saí para encontrar o casal, levei meu exemplar de Tenda dos Milagres. Queria obter ao menos um autógrafo longe da multidão que o cercaria no dia da Roda, um setembro iluminado de 1995. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra deste artigo.

Depois de muita popularidade em quatro canais do YouTube – que juntos ultrapassam 13 milhões de inscritos –, a família de Mike chegou ao livro em 2019. Lançado pela Planeta, As Aventuras de Mike, criação do casal brasileiro Gabriel Dearo e Manu Digilio (foto), já teve três continuações, e a série chega a vários países nos próximos meses. Em 2020, o primeiro livro foi publicado em Portugal. Agora, a coleção será lançada em abril na Colômbia, no México, no Chile, na Argentina e no Uruguai. Em maio, o Chile deve receber a obra. E, em junho, Mike vai figurar em alguns pontos de venda dos Estados Unidos. Esse avanço internacional da obra é acompanhado de um novo canal no YouTube, em língua espanhola. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Entre as três autobiografias escritas pelo intelectual abolicionista Frederick Douglass (1818-1895), A vida e a época de Frederick Douglass (Carambaia, 704 pp, R$ 209,90) é a versão definitiva das suas memórias. Neste volume, o homem que se tornaria o funcionário negro mais graduado do governo dos EUA e voz proeminente no movimento abolicionista narra toda a trajetória de sua vida, da infância como escravizado em uma fazenda em Maryland, passando pela conquista da liberdade e por uma brilhante carreira pública como escritor, orador, intelectual, líder abolicionista e político. Várias passagens dessas suas memórias se tornaram clássicos literários, como a luta física contra um “domador de escravos”. Douglass também é famoso por ter sido o americano mais fotografado do século XIX, em imagens que tinham a intenção deliberada de se opor aos estereótipos afro-americanos da época. Esta edição conta com tradução de Rogerio W. Galindo, textos inéditos de Angela Davis e posfácio de Luciana da Cruz Brito, historiadora e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. O livro será lançado simultaneamente em três versões: na Edição Numerada, de capa dura, com tiragem limitada a mil exemplares; na Coleção Acervo, selo mais econômico, em brochura; e em e-book. Dez por cento da renda das vendas das três edições da Carambaia de A vida e a época de Frederick Douglass serão destinadas à ONG Educafro, que atua na promoção de bolsas de estudos para estudantes negros.

Os diários - Volume II (Editora Nós, 460 pp, R$ 88) reúne escritos datados de 1919 a 1923, mostrando que mesmo em sua produção mais íntima a britânica Virginia Woolf (1882-1941) dá sinais de genialidade. Sua obra inclui, entre seus romances, um dos pilares do modernismo, Mrs. Dalloway (1925). Ela também publicou contos, ensaios e histórias infantis. Em qualquer gênero, demonstra sua capacidade de avançar na estrutura psicológica de seus personagens. Sua produção autobiográfica está em parte neste volume recém-lançado, traduzido por Ana Carolina Mesquita. Na apresentação, a tradutora destaca: "Do ponto de vista formal, o diário começa a se mostrar cada vez mais como um terreno de experimentações. Há mais diálogos transcritos, mais retratos feitos propositadamente das pessoas, mais experimentos com sinais gráficos nas narrativas que ela faz de seus dias e seus pensamentos."

Arigó e o espírito do Dr. Fritz (Pensamento, 304 pp, R$ 56,90 – Trad.: Denise de Carvalho Rocha) foi lançado originalmente em 1972, fruto de uma investigação extensa do jornalista americano John G. Fuller. Conta a história do médium José Arigó (1921-1971), um homem simples, sem instrução, que se tornou o maior fenômeno da cura e da cirurgia espiritual no Brasil. Usando facas e canivetes, ele incorporava um suposto médico alemão, Dr. Fritz, que teria morrido em 1918. Durante as cirurgias, Arigó falava em alemão e demonstrava técnica apurada para extrair quistos e tumores da pessoa doente. Mesmo sem procedimentos de anestesia, nenhum de seus pacientes teria afirmado sentir dor. Na nova edição brasileira, o livro traz um caderno de fotos das cirurgias realizadas por Arigó e do filme brasileiro Predestinado – Arigó e o espírito do Dr. Fritz. Na capa, imagem do ator Danton Mello, que interpreta o papel do médium no longa-metragem.

Em Will (BestSeller, 448 pp, R$ 59,90 - Trad.: Jim Anotsu), o vencedor do Oscar de Melhor Ator em 2022 se abre em uma biografia sobre sucesso, felicidade e conexão humana. Em sua obra de estreia, Will Smith faz uma espécie de acerto de contas com seu passado. A trajetória do jovem do oeste da Filadélfia ao estrelato teve percalços e, depois de conquistar a fama, o ator, rapper e produtor se deparou com tensões familiares. A esposa e os filhos se sentiam atrações no espetáculo de Will, um trabalho em tempo integral para o qual não tinham se candidatado. Todas estas questões e sua relação com os pais são tratadas de forma franca. Escrito em colaboração com Mark Manson, autor do best-seller A sutil arte de ligar o f*da-se, Will conta a história de alguém que conseguiu tomar as rédeas da própria vida de uma forma que pode inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo. A obra tem ainda dois encartes de 16 páginas de fotos inéditas do arquivo pessoal do autor.