Dados de relatórios do mercado do livro, com informações de 2023 e divulgados agora com exclusividade pelo PublishNews, identificam as editoras com melhor performance do catálogo, ou seja, com maior faturamento por ISBN vendidos. Tanto na lista da Bookinfo quanto da Nielsen Book, a Citadel aparece em primeiro lugar, seguida pela Editora Sextante. Outras casas bem posicionadas são Buzz Editora, Intrínseca, Darkside Books, Editora Gente, Arqueiro, Pipoca e Nanquim e Antofágica. “Esse ranking diz respeito às editoras com maior performance de faturamento em relação ao catálogo”, explica o diretor da Bookinfo, Eduardo Cunha. “Na prática, é a editora que mais acerta, ou seja, faz mais dinheiro com menos títulos”. O country manager da Nielsen BookScan no Brasil, Ismael Borges, explica que o relatório está ranqueado pelo faturamento da editora dividido pelo tamanho do seu catálogo movimentado naquele ano. “É possível ver editoras de diferentes dimensões convivendo na mesma lista. É também importante destacar que a ordem em que as editoras aparecem na lista não significa que elas sejam melhores ou piores entre elas, mostra apenas a diversidade de estratégias que cada uma segue”, afirma. Para o editor executivo do Grupo Citadel Editorial, Marcial Conte, um dos principais fatores que colocam a casa no topo da relação é a concentração do foco do trabalho nos títulos. Para o fundador e diretor da Buzz Editora, Anderson Cavalcante, estar bem posicionado neste ranking é também resultado de um princípio da empresa. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O Readmagine 2024, evento anual organizado pela Fundação Germán Sánchez Ruipérez (FGSR) em Madri e que tem em sua programação conversas, workshops, conferências, encontros e outros formatos de troca de ideias em torno do processo de transformação da leitura e do livro, ocorre de 29 a 31 de maio. A ideia do Readmagine é fazer com que seus participantes reinventem, redefinam e redesenhem ideias nas áreas do livro e leitura. O Readmagine foi realizado pela primeira vez em 2006 e desde essa primeira edição sempre acolheu conversas entre editoração e meios digitais, urbanismo, moda, marketing e outras áreas de atuação. Desde 2013 é realizado na sede do FGSR em Madrid, na Casa del Lector. O evento de três dias terá este ano o tema A publicação como amplificador da criatividade humana. Temas como novos modelos de negócios de conteúdo digital; conteúdo educacional; o papel das mulheres inovadoras na indústria editorial global; construção de experiências de leitura inclusivas; ferramentas tecnológicas para editores melhorarem a venda de livros; e os desafios de gerenciamento de dados para editores estão entre os temas que serão abordados. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Em comemoração aos seus 50 anos de história a Pallas Editora anuncia a primeira edição do Prêmio Pallas de Literatura 2024, com curadoria do escritor e colunista do PublishNews Henrique Rodrigues. As inscrições abrem às 12h do dia 3 de junho e se estendem até às 15h do dia 28 de junho. O resultado será divulgado em setembro, e o livro, publicado em 2025, quando a Pallas completará meio século em atividade. A iniciativa objetiva descobrir novos autores negros e oferecer a eles a primeira oportunidade de publicar um romance no país. Para concorrer ao prêmio, o romance deve ter entre 120 mil e 500 mil caracteres, com espaços, e estar no formato PDF. O candidato não pode ter nenhum romance publicado, considerando que o prêmio é voltado para autores inéditos nessa categoria, e não deve se identificar de nenhuma forma a fim de garantir que a avaliação do júri seja baseada apenas na qualidade literária da obra. Podem se candidatar brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil e autodeclarados negros, a partir de 18 anos. De temática livre, os originais devem ser anexados ao formulário que exige preenchimento e estará disponível no site do Prêmio Pallas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A cerimônia do British Book Awards – principal prêmio da indústria editorial no Reino Unido – ocorreu no início da semana reunindo importantes nomes da indústria editorial global. A Ebury Books, que publica apenas obras de não ficção foi eleita a Editora do Ano, por conta dos seus “últimos 12 meses excepcionais”. Já a Profile Books foi eleita a Editora Independente do Ano. A casa já venceu o mesmo prêmio em 2015 e voltou a receber o reconhecimento depois dos ótimos números de venda do livro Murdle, de G. T Karber, que também recebeu o prêmio de Livro do Ano. O prêmio de Autor do Ano foi para Katherine Rundell, autora infantojuvenil. Ela é autora de Impossible Creatures (nomeado Livro de Ficção Infantil do Ano). O júri destacou sua “enorme imaginação” e seu “conhecimento enciclopédico” para criar narrativas cativantes e inteligentes. Por aqui, Rundell tem publicado o livro Nos telhados de Paris (Martins Fontes – WMF). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O poeta, slammer, dramaturgo e compositor baiano JORDAN é o autor do livro de poemas Dois preto apaixonado na cama, obra que tem como principal reivindicação narrativas afrocentradas no contexto das relações homoafetivas entre homens. JORDAN foi o vencedor do Prêmio Caio Fernando Abreu de 2023, categoria que faz parte do Festival MIX Brasil, evento voltado à cultura e público LGBTQIAPN+. Os poemas também investigam temáticas como a insalubridade das oportunidades de trabalho, o genocídio da juventude negra e a objetificação do homem negro. A obra tem previsão de lançamento pela editora Reformatório no primeiro semestre deste ano. JORDAN respondeu a três perguntas do PublishNews. "Comecei a inventar a poesia afroexistencialista que pretende cavucar a experiência da pessoa preta para além dos recortes econômicos. A única pergunta que eu quero responder nesse projeto é: vale a pena viver sendo uma pessoa preta?", afirma. Clique no Leia mais para ler a entrevista.

O Colégio Miguel de Cervantes realiza, de 23 a 25 de maio de 2024, a 40ª Feira do Livro Miguel de Cervantes, que tem como tema CultivoLiterario: producción y consumo sostenible de la literatura. O evento vai reunir, por meio de encontros com autores, palestras, mesas redondas e exposições, mais de 20 autores do Brasil, Espanha, Uruguai e Argentina. Nos dois primeiros dias do evento, a Feira terá atividades voltadas para os alunos, professores e familiares, abrindo, no dia 25 de maio, sábado, para o público em geral, a partir das 9h da manhã, com palestras, encontros com autores e estandes de vendas de livros de editoras especializadas nos gêneros infantis e juvenis. Estarão presentes, entre outros, o espanhol Santiago Beruete, o uruguaio Fabián Severo, a argentina Andrea Ferrari e os brasileiros Milton Hatoum, Raphael Montes, Pedro Tavares e José Roberto Torero. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O primeiro trailer da adaptação para o cinema do livro É assim que acaba (Galera Record) foi divulgado nesta quinta-feira (16). O livro escrito por Colleen Hoover tornou-se um fenômeno de vendas e do TikTok. Em 2023, foi o segundo livro da Lista de Mais Vendidos do PublishNews, e ainda figura entre os títulos de destaque em 2024. O filme estreia no dia 8 de agosto nos cinemas brasileiros, depois de ter seu lançamento adiado por conta da greve de roteiristas e atores em Hollywood, no ano passado. Aproveitando a estreia do filme, a Galera Record lançou edições de colecionador exclusivas de dois livros lançados pela autora, É assim que acaba e É assim que começa. Os exemplares contam agora com capa dura, pintura lateral e ainda, conteúdo exclusivo. A edição especial de colecionador conta também com uma entrevista inédita com a autora e sua mãe, cuja história inspirou o livro, além de fotos do acervo da família. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O historiador francês Roger Chartier vai ministrar a conferência Cartografia ficcional na segunda-feira, dia 3 de junho de 2024, às 15h, no Auditório da Fundação Editora da Unesp (Praça da Sé, 108, 7° andar – São Paulo / SP). Além de discorrer sobre sua prolífica produção historiográfica, ele apresenta e autografa seu mais novo título publicado pela Editora Unesp: Mapas e ficções. ‌O evento é gratuito. Historicamente, os mapas nas obras de ficção assumiram diversos papéis. Eles representaram mundos invertidos, satíricos, críticos ou utópicos; borraram a distinção entre o mundo do livro e o do leitor; alimentaram a razão e os sonhos, indo além do próprio texto escrito. Caminhando por diversas obras clássicas e pela cartografia ficcional, Roger Chartier oferece uma nova abordagem da mobilidade das ficções e de suas interpretações. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

As inscrições para o concurso literário 36ª Noite da Poesia, promovido no Mato Grosso do Sul, estão abertas. Nesta edição, serão premiados os melhores poemas, separados em duas categorias: autores nacionais e autores sul-mato-grossenses. O principal objetivo da medida é estimular a produção literária no segmento da poesia. As inscrições vão até a meia-noite do dia 30 de junho de 2024, no horário de Mato Grosso do Sul. Os 10 melhores poemas serão classificados como finalistas, e os 3 primeiros colocados, em cada categoria, receberão prêmios em dinheiro. O concurso é aberto a qualquer pessoa, gratuitamente, sem limite de idade, brasileiro(a) nato(a) ou naturalizado(a), ou estrangeiro(a). Os textos devem ser em língua portuguesa. A premiação, promovida pela Prefeitura Municipal de Campo Grande em parceria com a União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul, se dará no dia 31 de agosto de 2024, no Teatro Aracy Balabanian (Rua 26 de Agosto, 453 – Campo Grande / MS). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Dos dois lados do oceano, aprendemos a nos orgulhar das origens latinas, supostamente diretas, da língua portuguesa que usamos todos os dias. Mas será que foi assim mesmo? Em Assim nasceu uma língua (Tinta-da-China Brasil, 304 pp, R$ 99,90), o linguista português Fernando Venâncio demonstra que o idioma de Camões nos chegou de Roma de forma oblíqua, e é na realidade uma variação do galego, língua de pastores de ovelhas do noroeste da Espanha. Em outras palavras, menos latim em pó, e mais o sumo da língua galega. Com graça, conhecimento e espírito crítico, Assim nasceu uma língua mostra como a ideia de uma pureza latina serviu a projetos nacionalistas desde o século 13 até o 21. No prefácio especialmente escrito para a edição brasileira, o linguista Marcos Bagno, autor de Preconceito linguístico, destaca a importância da obra de Venâncio: “Para o público leitor brasileiro, muito do que se diz neste livro há de causar surpresa, espanto e até indignação. Os mitos culturais muito impregnados no senso comum resistem com brio às investidas da racionalidade”. A capa é de Vera Tavares.

Conhecido por sua habilidade em capturar a essência de experiências intensas em suas obras literárias, Ernest Hemingway nunca escondeu seu fascínio pelo embate entre a vida e a morte. Um admirador inveterado da coragem humana diante das adversidades, Hemingway explorou de maneira ímpar essa temática em sua escrita. Ele acreditava que, após a Primeira Guerra Mundial, o único lugar onde se poderia observar a dualidade da vida e da morte seria nas touradas. Dirigiu-se, então, à Espanha, a fim de torná-la palco para suas observações. Morte ao entardecer (Bertrand, 350 pp, R$ 99,90 – Trad.: Irinêo Baptista Netto) reflete a crença de Hemingway de que as touradas transcendem a mera prática esportiva. Apresentada como uma forma de arte, na qual a técnica perigosa beira a linha tênue entre o esporte e a arte, as touradas são comparadas a um balé ricamente coreografado, nas quais o touro, o matador e os espectadores desempenham papéis ativos, contribuindo para o desenrolar do espetáculo. Hemingway interpretava a tradição como uma dança, abrangendo desde os amadores desajeitados até os mestres de grande graça e astúcia. Além disso, as touradas ofereciam a Hemingway uma metáfora poderosa para explorar temas como coragem, mortalidade e a luta do homem contra forças maiores do destino.

Fritz Mauthner (1849-1923) é hoje pouco mais que um ilustre desconhecido, lido por um punhado de estudiosos fiéis na academia. Mas nem sempre foi assim: jornalista e escritor de prestígio em fins do século XIX, Mauthner desfrutou de grande voga quando, nas primeiras décadas do XX, lançou-se a um projeto filósofico rebelde e radical. Cristalizada à perfeição nas Contribuições a uma crítica da linguagem (1901-1902) e no Dicionário de filosofia (1910-1924), sua escrita filosófica não dá quartel: é preciso exercer o ceticismo até o fim, atacando, com as armas do adversário, a suposta capacidade da linguagem e da filosofia de representar o mundo. Filosofia é crítica da linguagem — e definir conceitos não pode ser outra coisa senão esvaziá-los daquela substânc ia que pretendiam conter até que se evidencie aquilo de que são feitos: uma rede verbal constituída pela metáfora, pela fabulação, pelo mito. Para levar a cabo a tarefa, entra em cena um estilo irônico que só encontra par nas mais refinadas florações literárias daquele Império Austro-Húngaro em que o autor viveu e escreveu. Com uma singularidade, porém. Mauthner amplia o domínio da ironia, a quem cabe agora o desmantelamento das ambições da linguagem e da filosofia — na contramão, logo se vê, de seu conterrâneo Wittgenstein, que confiava à lógica tarefa diametralmente oposta. Primeira tradução de Mauthner para o português, O avesso das palavras (Editora 34, 488 pp, R$ 112 – Trad.: Juliana Ferraci Martone, Laura de Borba Moosburger de Moraes, Marcella Marino Medeiros Silva e Márcio Suzuki) é uma seleta de suas obras principais. Com este volume, organizado por Márcio Suzuki, o leitor brasileiro poderá travar contato com um elo decisivo da tradição filosófica que vem dos românticos alemães e passa por Schopenhauer, Nietzsche e Brandes.

Um dicionário para abrir os sentidos e libertar as palavras de seus significados costumeiros. Filosofia, poesia, collage e humor negro convergem nesta publicação em que André Breton e Paul Éluard condensam a investigação fascinada dos surrealistas pelos dicionários e seu potencial poético. Publicado pela primeira vez em 1938, o Dicionário abreviado do surrealismo (100 cabeças, 175 pp, R$ 105 – Trad.: Diogo Bordoso) finalmente chega ao Brasil em edição inédita das Edições 100/cabeças com tradução e notas de Diogo Cardoso. “A imagem surrealista mais forte é aquela que apresenta o mais elevado grau de arbitrariedade, que requer mais tempo para ser traduzida em linguagem prática”, escreve André Breton no verbete sobre a palavra “imagem”. Este livro-collage, ricamente ilustrado com mais de 200 reproduções, é ferramenta fundamental para quem se interessa pelo movimento surrealista, assim como uma porta de entrada para aqueles que desejam mergulhar pela primeira vez nesse universo onírico. “Neste Dicionário abreviado do surrealismo, André Breton e Paul Éluard demonstram que o caminho da representação é uma via de mão dupla em que transitam os demônios da analogia. Logo, qualquer palavra pode representar um objeto que lhe é estranho”, escreve Elvio Fernandes na quarta capa. Idealizado como catálogo para a IV Exposição Internacional do Surrealismo em janeiro de 1938, na Galerie des Beaux-Arts, o Dicionário apresenta ao público leitor um panorama da experiência imagética do surrealismo internacional e informações a respeito dos poetas e pintores que construíam o movimento surrealista na época.