O Prêmio PublishNews, em parceria com a Catavento Distribuidora, anuncia a segunda edição do Prêmio Catavento, categoria do Prêmio PN que pretende prestigiar um dos elos mais importantes da cadeia do livro: as livrarias. Livrarias e livreiros podem se inscrever até o dia 17 de abril. A ideia é reconhecer e divulgar projetos e profissionais que encontraram maneiras de manter as livrarias crescendo, trouxeram novas ideias para vender livros e desenvolveram projetos inovadores dentro desses espaços, contribuindo também para o incentivo à leitura no país. Para isso, o Prêmio Catavento é dividido em duas categorias: Livraria Destaque e Livreiro do Ano. Os interessados têm até o dia 17 de abril para realizar as inscrições (para livrarias, neste formulário; já para os livreiros e livreiras, neste formulário). Para colocar o prêmio no ar, a Catavento conta com a parceria da Bookinfo, Konekta e Literárius. A cerimônia da 8ª edição do Prêmio PublishNews será no dia 8 de maio de 2024, uma quarta-feira, no Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974), a partir das 18h30.

A Livraria Cultura fechou sua loja no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta segunda-feira (1º). A loja já havia sido fechada e depois reaberta em junho de 2023, mas agora a decisão é definitiva. O fato ocorre poucas semanas após o STJ autorizar o prosseguimento da ordem de despejo do imóvel. A movimentação mais recente do processo de falência no Tribunal ocorreu no dia 20 de março, em situação de "concluso para decisão", ou seja, pronto para o julgamento. Segundo os jornais, um aviso na frente da loja no Conjunto Nacional informa que a loja passa a operar apenas no site. Em nota, a Cultura informou que não conseguiu chegar a um acordo com a proprietária do espaço e vai procurar um novo local para operar. A dívida do aluguel com a Bombonieres Riberão Preto, ainda em 2021, era de R$ 15 milhões. "Infelizmente, apesar de nossos esforços mútuos, não conseguimos chegar a uma solução viável para ambas as partes. O cenário atual do mercado, especialmente acentuado pelas mudanças no comportamento do consumidor, consolidadas durante a pandemia, tornou a manutenção de uma livraria de grande porte como a nossa neste local desafiadora", diz a nota da Cultura. O fechamento da loja ocorre também duas semanas após a morte de Pedro Herz, sócio fundador da Livraria, aos 83 anos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Prêmio PublishNews tem uma novidade este ano em uma de suas categorias principais: o vencedor da categoria Profissional de Marketing e Vendas do Ano receberá R$ 2,5 mil para ajudar nos gastos com alguma atividade ou viagem relacionada ao seu desenvolvimento profissional dentro do mercado do livro. Além disso, o vencedor também ganha um curso no Núcleo de Estratégias e Políticas Editoriais (NESPE), centro de pesquisas sobre o mercado editorial e um dos apoiadores do Prêmio PN 2024. Os interessados na categoria Profissional de Marketing e Vendas do Ano – que busca reconhecer o sucesso desses profissionais na tarefa de vender livros e levá-los à Lista de Mais Vendidos – podem se inscrever (ou inscrever colegas) por meio deste formulário até o dia 5 de abril. Os finalistas serão anunciados no dia 9 de abril. A utilização da ajuda de custo deverá ser comprovada ao PublishNews posteriormente. A cerimônia do Prêmio PublishNews 2024 será realizada no dia 8 de maio de 2024, uma quarta-feira, no Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974).

A editora Ararinha abriu uma vaga para analista administrativo comercial. Candidatos devem ter domínio do pacote Office, em especial conhecimento avançado em Excel; e facilidade para lidar com diversas frentes ao mesmo tempo. É desejável experiência no segmento editorial ou educacional e em programas de governo (PNLD). A pessoa contratada será responsável por atividades como cadastro, faturamento, atendimento a pedidos e controle de consignações, estabelecendo contato com transportadoras, distribuidores, livreiros, escolas e clientes, e marketplaces; pela organização e análise de relatórios e planilhas de resultados em geral; pela administração da carteira de clientes; e por atuar junto ao editorial na criação de campanhas institucionais e promocionais, bem como naquelas ligadas a programas governamentais. A vaga é híbrida e PJ. Interessados devem encaminhar currículos para editorial@ararinhaeditorial.com.br sinalizando no assunto o nome do cargo desejado. Informar pretensão salarial.

A VI Feira do Livro da Unesp, que começa na quarta (3) e vai até o dia 7 (domingo), vai receber autoras e autores em encontros marcados para discutir suas obras, autografar livros e bater papo com o público. Os encontros são em sua maioria presenciais, mas há também em formato virtual. Todos os eventos presenciais acontecem no pavilhão de exposições da VI Feira do Livro da Unesp. Os virtuais, nos endereços elencados no site oficial do evento. Veja mais detalhes da programação completa no site. Entre os convidados, estão nomes como Mary del Priore, João Anzanello Carrascoza e diversos especialistas em ciências humanas. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Prêmio Dylan Thomas da Universidade de Swansea (Swansea University Dylan Thomas Prize), um dos mais prestigiados prêmios literários para jovens escritores até 39 anos, anunciou os finalistas da sua edição de 2024. Entre os seis selecionados estão quatro romances, uma coletânea de contos e uma coletânea de poesia – com cinco títulos de editoras independentes. Os finalistas são: A herança dos bem-aventurados, de Ayòbámi Adébáyò; Small worlds, de Caleb Azumah Nelson; The Glutton, de A. K. Blakemore; Bright fear, de Mary Jean Chan; Local fires, de Joshua Jones; e Biography of X, de Catherine Lacey. “O Prêmio Dylan Thomas da Universidade de Swansea tem um papel importante a desempenhar no reconhecimento, apoio e incentivo a jovens escritores. A lista de 2024 inclui autores dos EUA, Reino Unido, Hong Kong, Nigéria e Gana, e tem sido uma aventura verdadeiramente gratificante ler de forma envolvente este espectro criativo de vozes”, comentou Namita Gokhale, Presidente do júri. O vencedor levará o prêmio de £ 20 mil. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

As Edições Sesc lançam a versão impressa do livro Refazenda: o interior floresce na abertura da fase “Re” de Gilberto Gil, obra que faz parte da coleção Discos da Música Brasileira. Escrito pela jornalista e pesquisadora musical Chris Fuscaldo, o livro investiga a vida e a obra de Gilberto Gil com foco no álbum que inauguraria sua inspirada trilogia: Refazenda, de 1975. Além de entrevistas com Gil, outros músicos e produtores, o livro reúne uma pesquisa de fôlego por todo material já publicado sobre compositor para recontar histórias, memórias e experiências vividas na criação do álbum. O lançamento ocorre no dia 3 de abril, quarta-feira, a partir de 19h, no Sesc 14 Bis (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo / SP), com bate-papo entre a autora Chris Fuscaldo e o músico e apresentador Luiz Thunderbird, seguido de sessão de autógrafos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com mais de 500 livros e pouco mais de seis meses de existência, a Estante Afro Maria Águeda é um dos grandes destaques entre as políticas de diversificação do acervo da Biblioteca Pública do Paraná. Na reportagem especial do Cândido 148, de março de 2024, assinada por Cristine Pieske, a repórter define o acervo como um “símbolo da vitória contra o esquecimento, da batalha ganha pelas palavras ao silêncio”. Na matéria, além da indicação de livros da Estante, há um breve perfil de Maria Águeda, personalidade afro-curitibana que dá nome à coleção. No contexto dos 60 anos do golpe militar, completados neste mês de março, a nova edição do Cândido também marca o início da série Mulheres contra a Ditadura, com textos sobre mulheres que se notabilizaram pela trajetória política antagônica à Ditadura Militar brasileira (1964-1985). A primeira homenageada é Teresa Urban, ativista e jornalista paranaense referência no Jornalismo Ambiental, com texto assinado por Gunther Furtado, seu filho. O jornal também publica a entrevista de Luiz Felipe Cunha com Susy Freitas, autora manauara que acaba de estrear na prosa com o livro de contos Madnaus, pela editora Reformatório. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O Sempre Um Papo recebe o teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff para o debate e o lançamento das obras O pescador ambicioso e o peixe encantado: a busca da justa medida, A amorosidade do Deus-Abba e Jesus de Nazaré e Terra madura, escritas entre 2022 e 2023. O evento vai ter a mediação de Afonso Borges e ocorre no dia 3 de abril, quarta-feira, às 19h30, no Teatro José Aparecido de Oliveira, da Biblioteca Pública Estadual (Praça da Liberdade, 21 – Belo Horizonte / MG), com entrada gratuita. Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, em 1938. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em A esquerda e o golpe de 1964 (Civilização Brasileira, 532 pp, R$ 99,90), Dênis de Moraes apresenta importantes reflexões e revelações sobre os bastidores da política, da luta operária e das mídias, além de depoimentos esclarecedores daqueles que viveram e resistiram aos anos de chumbo. Nomes como Darcy Ribeiro, Francisco Julião, Luiz Carlos Prestes e Leonel Brizola são apenas alguns dos que ilustram estas páginas. Com linguagem jornalística e dados obtidos em fontes primárias, como jornais de ampla circulação e testemunhos, os leitores e as leitoras encontram uma narrativa histórica dinâmica e cinematográfica. Para complementar as análises, José Paulo Netto participa com um prefácio inédito e René Armand Dreifuss assina o posfácio da primeira edição de 1989. Na orelha do livro, o jornalista e escritor Mário Magalhães registra que A esquerda e o golpe 1964 é uma obra que nos "oferece uma babel", uma multiplicidade de vozes da esquerda brasileira que, entre conflitos e acordos, ecoa a pergunta: "Onde foi que erramos?". Leitura fundamental para compreender os rumos do Brasil que ainda sofre com os fantasmas de seu passado autoritário.

Em 31 de março de 1964, o Brasil mergulhou em um dos capítulos mais sombrios de sua história: o golpe militar. Justificado como uma resposta à suposta "ameaça comunista", foi o início de uma ditadura que se estendeu por 21 anos. Durante esse período, a nação enfrentou um regime de repressão, conflitos e violações dos direitos humanos, relatados no livro Tempos de chumbo (Almedina, 320 pp, R$ 55,20), lançado em parceria com o canal MyNews, da jornalista Mara Luquet. Ilustrada com fotos do período clicadas pelo repórter fotográfico Orlando Brito e organizada por Carol Brito, filha de Orlando, a obra é um convite à reflexão sobre uma era marcada pela opressão e luta pela liberdade. Tempos de chumbo oferece uma visão íntima e visceral desse período histórico e tem entre os colaboradores, três familiares do ex-presidente João Goulart. Mas nem tudo é violência e tristeza. Há passagens curiosas, como a de Frei Betto, que foi preso pelos militares. “Os livros que recebíamos na cela passavam por censura. As pessoas que levavam nos entregavam a lista de títulos para posterior conferência. Um dia, faltou um. Reclamamos. O diretor do Presídio Tiradentes veio à porta da cela e disse que eram proibidos de entrar livros que tratavam de Cuba. O título era: O Cubismo”. O lançamento do livro será em conjunto com a abertura de uma exposição de fotos de Orlando Brito. A abertura será na nesta terça (2), às 11h, na Galeria do Senado, em Brasília. A exposição vai até o dia 12 de abril, das 9h às 18h.

Rememorando o golpe civil-militar ocorrido no Brasil, que completa neste 2024 seus 60 anos, chega às livrarias a segunda edição do livro Reinventando o otimismo: ditadura, propaganda e imaginário social no Brasil (FGV Editora, 240 pp, R$ 54,90), de Carlos Fico. Publicada originalmente em 1997, a obra analisa a propaganda política que o regime militar brasileiro produziu no período 1969-77, focalizando a velha temática do “otimismo” (e seu reverso, a do “pessimismo”), e mostrando a dimensão política dessas ideologias durante o período. Nesta análise, é possível entender por que os tópicos do otimismo — a exuberância natural, a democracia racial, o congraçamento social, a harmônica integração nacional, a cordialidade e a festividade do povo brasileiro, entre outros — foram ressignificados pela propaganda militar tendo em vista a nova configuração socioeconômica que se pretendia inaugurar. Uma propaganda baseada em um discurso ético-moral com estrutura, na qual teóricos e militantes se apropriaram, via golpe, do poder de conceituar o que era “nacionalidade”, “democracia”, “sociedade brasileira”, “cultura brasileira”, “economia brasileira” e assim por diante.

Rashid Khalidi, o principal historiador americano sobre o Oriente Médio, herdeiro intelectual de Edward Said e reconhecido pelo seu enfoque humanista da disputa, inicia o seu relato sobre a guerra secular na Palestina. Com uma narrativa clara e equilibrada, Khalidi subverte as interpretações aceitas do conflito, que tendem, na melhor das hipóteses, a descrevê-lo como um confronto trágico entre dois povos que reivindicam o mesmo território. Para tanto, retraça os mais de 100 anos da guerra, encampada primeiro pelo movimento sionista e depois por Israel, mas com o substancial (ainda que intermitente) aporte de Grã-Bretanha e EUA, as grandes potências do período. Guiando os leitores pelos episódios-chave da campanha colonial, como a Declaração Balfour de 1917 (que comprometia a Inglaterra com o estabelecimento de uma nação judaica sem ao menos mencionar os palestinos) e os confrontos de 1948 e 1967, Khalidi se vale de pesquisas de arquivo, material de familiares — deputados, juízes, acadêmicos, diplomatas e jornalistas — e das próprias experiências para revelar o pano de fundo histórico que enquadra os acontecimentos atuais, explicando dinâmicas subjacentes decisivas para uma compreensão adequada do presente. Palestina: Um século de guerra e resistência (1917-2017) (Todavia, 432 pp, R$ 114,90 – Trad.: Rogério W. Galindo) é um relato sóbrio e ao mesmo tempo pessoal desse conflito sistemático que se arrasta por mais de 100 anos. Sem encobrir os erros dos líderes palestinos ou negar a emergência de movimentos nacionalistas de ambos os lados, este livro reavalia as forças envolvidas e oferece uma visão esclarecedora de um conflito que parece não ter fim.