No painel Entraves e horizontes para o mercado do livro no Brasil, realizado na Casa PublishNews na Flip 2023 e agora reproduzido na íntegra no Podcast do PublishNews, o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, compartilhou mais de uma novidade. Uma delas é que bibliotecas dos sistemas municipais e estaduais passarão a receber livros do PNLD Literário a partir de um decreto que deve ser assinado pela Presidência ainda neste ano. A diretora-executiva da Câmara Brasileira do Livro, Fernanda Garcia, falou de como a instituição vem agindo em termos de “advocacy”, como uma interface entre o setor editorial e o campo político. O livreiro e editor Alexandre Martins Fontes dividiu suas ideias expressas no “Manifesto a favor das livrarias” e voltou a ressaltar a importância da Lei Cortez. A economista Mariana Bueno, da Nielsen BookData, comentou parte de suas reflexões sobre as restrições estruturais da demanda por leitura no Brasil, que se relacionam diretamente com a estagnação e as quedas do setor editorial ano após ano. A mediação foi conduzida por Guilherme Sobota, editor-chefe do PublishNews. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Feira do Livro de Frankfurt divulgou o país convidado de honra da sua edição de 2027: o Chile. O acordo foi assinado pelo diretor da feira, Juergen Boos, e a ministra da Cultura do Chile, Carolina Arredondo Marzán. O país terá o tema Pelos céus claros da literatura. O Chile será o quarto país latino-americano a apresentar sua literatura e cultura como país convidado da feira do livro, depois das apresentações do México (1992), Brasil (1994 e 2013) e Argentina (2010). “Estamos profundamente gratos por termos sido escolhidos como Convidados de Honra da edição de 2027 da Feira do Livro de Frankfurt, a mais célebre, influente e respeitável do seu gênero no mundo”, disse Carolina Arredondo Marzán. “Estou muito ansioso para que o Chile seja o Convidado de Honra da Feira de Frankfurt”, disse Juergen Boos. “Não só aprenderemos mais sobre o cenário editorial jovem e vívido do Chile e descobriremos novas vozes literárias, mas também mergulharemos no mundo literário de escritores renomados como Pablo Neruda, Isabel Allende e Roberto Bolaño”, destacou. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Globo Repórter da última sexta-feira (1º) foi todo dedicado aos livros. O programa entrevistou escritores como Conceição Evaristo, Itamar Vieira Junior e Carla Madeira e falou sobre projetos de leitura no Rio e em outros lugares. A Folha de S. Paulo noticiou que a antropóloga Lilia Schwarcz vai se candidatar à Academia Brasileira de Letras na vaga do historiador Alberto da Costa e Silva. É a primeira vez que ela busca a vaga, citando proximidades intelectuais com o historiador, um dos maiores especialistas em história e cultura africana do país até então. No Estadão, a também antropóloga Heloisa Pires Lima escreveu um artigo sobre a sua trajetória no mercado editorial, e sobre como o "racismo editorial" pode contribuir para as desigualdades no país. O Globo falou sobre a "literatura de resiliência", novo gênero literário criado na França, e também resenhou A parte maldita brasileira (Tinta-da-China), de Eliane Robert Moraes. Já o caderno Pensar, do Estado de Minas, falou sobre o novo volume com a produção poética de Rodrigo Garcia Lopes, sobre o novo livro de Betina Anton, Baviera tropical (Todavia), e sobre a caixa com todos os livros de Machado de Assis. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A cerimônia de entrega das estatuetas da 65ª edição do Prêmio Jabuti, considerada a maior premiação nacional do livro, será realizada nesta terça-feira (5), às 20h, no Theatro Municipal de São Paulo, para convidados. Na ocasião, serão conhecidos os vencedores das 21 categorias do Prêmio – distribuídos em quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação – e o Livro do Ano. O evento também será transmitido pelo canal oficial do Youtube da CBL e pelo TikTok do Prêmio Jabuti. Uma das novidades de 2023 é a nova categoria, Escritor Estreante, que será voltada ao escritor ou escritora que tenha publicado sua primeira obra em língua portuguesa no Brasil, no período entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022. A curadoria do Prêmio Jabuti deste ano ficou por conta de Hubert Alquéres, atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos. A 65ª edição do Prêmio Jabuti terá como mestres de cerimônias os jornalistas Sandra Annenberg e Ernesto Paglia. Clique no Leia Mais para ver todos os finalistas.

O Grupo Editorial Letramento abriu a sua temporada de originais e receberá manuscritos para avaliação até 20 de fevereiro de 2024. Serão aceitos originais que se alinhem a algum selo da editora como: obras de ficção e não ficção e obras acadêmicas, como teses, dissertações, monografias, compilados de artigos, obras organizadas e individuais. Escritores de todo o país podem enviar seus textos. Segundo a editora, a “temporada de originais” é uma forma de dar luz às histórias que precisam sair da gaveta e lançar novos autores no mercado editorial brasileiro. “Com a Temporada de Originais, o Grupo Editorial Letramento quer valorizar a publicação de autores nacionais ao oferecer possibilidades de publicação justas, viáveis e acessíveis. Acreditamos na importância da oportunidade e do poder transformador da leitura”, diz no chamamento. Interessados podem conferir o regulamento e enviar suas obras clicando aqui.

Autores nacionais de não ficção têm a oportunidade de ter sua obra publicada pela Matrix Editora. A casa editorial, que já publicou mais de 900 títulos, é parceira da segunda edição do Concurso Literário Escritores Admiráveis. Iniciativa da especialista no mercado editorial, Lilian Cardoso, o concurso é uma oportunidade para que talentos literários sejam conhecidos e reconhecidos pelo grande público. Na primeira edição, o ganhador foi o maranhense Chico Fonseca, com o romance Amores, Marias, Marés (Grupo Editorial Pensamento). Além da publicação e distribuição nos principais pontos de vendas do país, o vencedor também terá a obra divulgada para a imprensa, blogs e influenciadores pela equipe da LC – Agência de Comunicação. A premiação inclui, ainda, um cronograma de publicação nas redes sociais, um book trailer e website. As inscrições seguem abertas até o dia 29/03/2024 nas categorias livros-reportagem, biografia, saúde, negócios e história do Brasil. O regulamento completo está disponível no site: https://vempra.lc/concurso.

O Grupo Estante, por meio do selo Callenda®, está com chamada aberta para submissões de originais nos gêneros chick lit, sick lit, Young Adult (YA) e erótico. O edital é exclusivo a escritoras brasileiras, cisgênero ou transgênero, para publicação em 2024. As obras serão lançadas no formato tradicional, com todos os custos cobertos pela editora, e repasse de royalties. Além disso, as noveletas selecionadas estarão disponíveis nos formatos físico e digital (e-book), juntamente com traduções para o inglês. As autoras precisam ser brasileiras, nascidas ou naturalizadas, e maiores de 18 anos. As obras submetidas devem apresentar narrativa completa, totalizando de 20 mil a 25 mil palavras. As inscrições já estão abertas e seguem até 31 de janeiro de 2024. A editora vai anunciar as obras selecionadas dia 15 de fevereiro de 2024, no site e em suas redes sociais. O edital pode ser conferido clicando aqui. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A startup Uiclap anunciou que tem a expectativa de faturar R$ 30 milhões em 2025. De acordo com dados divulgados pela empresa, em quatro anos, o crescimento de 100% por ano, o faturamento médio hoje é de R$ 8 milhões, e em 2023 a casa chegou a 15 mil autores, 35 mil títulos e alcançou, também este ano, a marca de R$ 2 milhões em direitos autorais repassados aos autores. Com investimento inicial de R$ 15 mil, a startup criada pelos empresários Betinho Saad e Rui Kuroki recebeu o investimento de R$ 664 mil do grupo de investidores-anjo Poli Angels, formado por ex-alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). “Impactamos a vida das pessoas que sempre sonharam em publicar um livro e eram ignoradas pelas grandes editoras, abrindo portas para esses sonhos se realizarem”, conta o o fundador da Uiclap, Betinho Saad. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo Editorial Alta Books lançou um novo selo que trará aos leitores obras clássicas e que atravessam o tempo. O Tordesilhas Fabulous Classics chega com o objetivo de resgatar tramas imortais com novas edições, projeto gráfico único, ilustrações e conteúdos exclusivos para uma imersão completa. "Esta nova coleção da Tordesilhas pretende tornar alguns dos títulos mais duradouros e importantes da literatura universal atraentes para o grande público e com fundamentação teórica para os especialistas", afirma Rodrigo de Faria e Silva, editor do Tordesilhas Fabulous Classics. Estreiam no selo: 1984 e A revolução dos bichos, ambos de George Orwell e Grandes aventuras de Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle. O próximo lançamento, para 2024, é Contos de imaginação e mistério, de Edgar Allan Poe. Clique no Leia mais para conferir as obras em detalhes.

Já virou tradição: todo final de ano Bill Gates, filantropo e fundador da Microsoft, divulga uma lista com os melhores livros lidos nos últimos meses. Diferentemente do que fez nos últimos anos, nesta edição – por falta de tempo – ele reduziu sua lista de indicações de cinco para somente três livros. Segundo Gates, ao pensar nos melhores livros que leu ao longo de 2023, três vieram à mente de imediato, “cada um deles profundamente informativo e bem escrito”, compartilhou com seus leitores. O primeiro livro recomendado pelo fundador da Microsoft é A canção da célula (Companhia das Letras), de Siddhartha Mukherjee. Na obra, o médico e escritor oferece uma reflexão sobre o que significa ser humano. “Todos nós ficaremos doentes em algum momento. Todos nós teremos entes queridos que ficarão doentes. Para compreender o que pode acontecer nesses momentos – e sentir-se optimista quanto à possibilidade de as coisas melhorarem – é útil saber algo sobre as células, os blocos de construção da vida”, resume Gates. A segunda indicação é Not the end of the world, de Hannah Ritchie. Ainda sem publicação no Brasil, o livro discorre sobre como podemos ser a primeira geração a construir um planeta sustentável. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Crimes em Copacabana (Letramento, 136 pp, R$ 42,90), livro de Luciana Gnone, é ambientado no início dos anos 80 e apresenta a inspetora Iolanda Braga, da 12ª DP (delegacia de polícia da região), que sai à caça do bandido mais procurado da cidade, após uma fuga cinematográfica. Ao mesmo tempo, Iolanda abraça a causa de uma mulher, vítima de um misterioso golpe, que ao prestar queixa na delegacia é desacreditada pela polícia. Quando dois prisioneiros conseguem fugir da delegacia, a inspetora é apontada como a responsável pela desastrosa atuação da polícia. Para minimizar os impactos do fiasco policial, ela é obrigada a aceitar a ajuda do inspetor Carlos de Oliveira, por quem cultiva mágoas desde os tempos da Academia. Juntos, eles precisarão deixar as desavenças de lado para recapturar Touro Bravo, bandido poderoso e atuante até mesmo atrás das grades. Além das dificuldades da natureza da profissão, ela precisa conviver com os desafios de ser a única mulher em um ambiente predominantemente masculino. A obra será lançada no dia 6 de dezembro, às 19h, na Livraria Janela (Rua Maria Angélica, 171 – Loja B, Jardim Botânico - Rio de Janeiro / RJ), em um bate-papo com a editora e curadora nas áreas de arte, cultura e educação Martha Ribas. No dia 13, Gnone também lança a obra em Brasília, também às 19h, na Circulares Quanto Café (CLN 103 – Bloco A - Brasília), onde conversará com o jornalista Anderson Mendanha.

Primeiro livro de terror da literatura brasileira, Noite na taverna (Carambaia, 176 pp, R$ 139,90) foi publicado pela primeira vez em 1855, após a morte do autor, Álvares de Azevedo, com apenas 20 anos (1831-1852). São cinco histórias de atmosfera onírica, contadas pelos membros de um grupo de amigos que se deixam levar pelos vapores do vinho e do tabaco numa taverna, cenário atemporal e sem localização precisa. Nesses contos interligados, a morte forma um duplo indissociável do amor. Essa dicotomia surge nas figuras de mulheres trágicas e diáfanas em cenários lúgubres, não raro com a presença de túmulos, caixões e punhais. O primeiro a contar sua história é Solfieri. A narrativa sombria é sobre uma mulher misteriosa e pálida que, ele vem a descobrir, sofre de catalepsia – algo entre o sono e a morte. Por sua vez, Bertram fala de um duelo, uma virgem deflorada e uma estranha viagem de navio. Gennaro, um pintor, se envolve com a mulher e a filha de seu mestre, que prepara uma vingança. A história de Claudius Hermann se desenrola a partir do amor por uma duquesa e o subsequente assassinato de seu marido. Johann retoma o tema de outra história, o duelo – desta vez seguido de reviravoltas sobrenaturais. Ao fim dos cinco relatos, há mais uma cena de volta à taverna. Mais do que a filosofia, porém, as inspirações dessa obra de Álvares de Azevedo são o romantismo gótico de Lord Byron e E.T.A. Hoffman e as passagens mais fantasmagóricas de William Shakespeare. Noite na taverna é o centésimo livro publicado pela Carambaia.

Best-seller do The New York Times e finalista do National Book Award e do Orwell Prize, O mundo depois de nós (Intrínseca, 288 pp, R$ 49,90 – Trad.: Alberto Flaksman) é um suspense inteligente e provocativo sobre medos, desejos e tensões contemporâneos. Na obra, Rumaan Alam oferece uma narrativa ágil na qual os personagens vivenciam o que parece ser o fim do mundo como eles o conhecem sem terem real noção do que está acontecendo. O enredo tem início com a expectativa de uma típica família de classe média nova- -iorquina de curtir uma semana de férias. Amanda e Clay alugam uma casa em um lugar remoto de Long Island e tudo que querem é um descanso da vida agitada que levam na cidade de Nova York. Eles anseiam por um tempo livre com os dois filhos adolescentes e por momentos de deleite na propriedade luxuosa. No entanto, uma batida na porta tarde da noite traz uma mudança inesperada. Eles se deparam com um casal em pânico, Ruth e G. H., que afirmam ser os proprietários. Esses estranhos alegam que um blecaute geral devastou a cidade e, sem outro lugar aonde ir, eles decidiram voltar para a casa de veraneio em busca de abrigo. Sem sinal de TV, de internet ou rede de telefone, não há como checar a veracidade das informações. Amanda e Clay devem confiar nesse casal — e vice-versa? O que aconteceu em Nova York? A casa de férias, isolada da civilização, é um local realmente seguro para ambas as famílias? E mais importante: eles estão a salvo uns dos outros?

A Ampulheta (Globo Livros, 448 pp, R$ 79,90 - Trad.: Roberto Wander Nobrega), do escritor Gareth Rubin, é um romance tête-bêche: livro dividido em duas partes no qual uma delas é impressa em sentido inverso; também é chamado de livro de ponta-cabeça. Com capa dura e detalhes dourados, a obra apresenta duas histórias de suspense e mistério. Inglaterra, 1881. O jovem médico Simeon Lee é chamado para ir à Casa Ampulheta, uma residência sombria e afastada, para tratar de seu tio, o pároco Hawes, que sofre de uma misteriosa doença. Hawes está convencido de que foi envenenado e as suspeitas recaem sobre Florence, sua cunhada. Depois de matar o marido, o irmão de Hawes, por ciúmes, ela é mantida presa em uma cela de vidro no sótão da casa. Muitos a consideram louca, mas logo Simeon percebe que essa enigmática mulher precisa ser decifrada — assim como um pequeno livro vermelho que se destaca na imensa biblioteca do tio e que Florence, ao ser levada até lá, não para de apontar-lhe. A obra fala de outra terra, a Califórnia, em outra época, 1939, e conta a história de um homem que investiga o que aconteceu com sua mãe, desaparecida 20 anos antes. Califórnia, 1939. Oliver Tooke é um escritor famoso e filho do governador da Califórnia. Porém, há algum tempo, ele parece estar tomado por humores sombrios e se mostra bastante angustiado com a publicação de seu novo romance. Certa noite, o aspirante a ator Ken Kourian faz uma descoberta desconcertante ao chegar à Casa Ampulheta, a residência de Oliver: ele encontra seu amigo caído sob uma mesa, com o pescoço rasgado por uma bala e uma arma nas mãos. Ao investigar por conta própria, ao rastro de uma velha história relacionada ao misterioso sequestro do irmão de Oliver e do desaparecimento de sua mãe, revelando uma família infeliz e marcada pela tragédia. Para descobrir a verdade, Ken terá que decifrar as pistas escondidas no último livro de seu amigo.