A pedagoga e educadora parental Maya Eigenmann estreou na Lista Nielsen PublishNews – que apura os autores brasileiros mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no país – em outubro de 2022 com a obra A raiva não educa. A calma educa (Astral Cultural). Quase um ano depois, ela retorna à lista que apurou as vendas entre 17 de julho e 13 de agosto, na categoria de Não Ficção, estreando sua segunda obra: Pais feridos. Filhos sobreviventes: E como quebrar este ciclo, também publicada pela Astral Cultural. A segunda estreia de Não Ficção foi o livro Que bobagem!: pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério (Contexto), de Natalia Pasternak e Carlos Orsi. Pelo segundo mês consecutivo, a categoria é liderada por Junior Rostirola e o seu Café com Deus pai (Editora Vida), seguido por 7+1 passos para conquistar o que mais sonhou (Gente), de Luiz Hota, e O Deus que destrói sonhos (Thomas Nelson), de Rodrigo Bibo. Em Ficção, nenhuma novidade. Pelo nono mês seguido, Carla Madeira é a líder absoluta da lista com o seu Tudo é rio (Record). No ranking das editoras, a Planeta ficou em primeiro lugar com sete livros emplacados nas listas. Os Grupos Companhia das Letras e Editorial Record dividem o segundo lugar com quatro livros cada, e a Globo Livros ficou com o terceiro lugar com três livros. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Theatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos de Azevedo, s/n - República, São Paulo / SP) iniciam no próximo dia 21 de setembro (quinta-feira) a série Encontros com Autores 2023, que integra a celebração dos 65 anos do Prêmio Jabuti. Os encontros serão no Salão Nobre do Theatro. Ganhadora do Prêmio Jabuti 2022 com a obra Também guardamos pedras aqui (Nós), Luiza Romão abrirá a série de 2023. A mediação do encontro de abertura ficará por conta de Ruan de Sousa Gabriel, repórter de cultura do jornal O Globo. Com previsão de duração de uma hora, a atividade terá ingressos gratuitos, distribuídos na bilheteria com uma hora de antecedência. Os encontros seguirão até dezembro com a participação de renomados autores finalistas e ganhadores do Prêmio Jabuti, como Pedro Bandeira, Aline Bei, Itamar Vieira Jr, Jeferson Tenório e Conceição Evaristo. Clique no Leia mais para conferir a programação completa.

A inteligência artificial no ensino e pesquisa, a educação que promove a sustentabilidade e a democracia, novas abordagens para escolas e modelos de negócios que abrangem desde a educação básica até interesses especiais: na Feira do Livro de Frankfurt (18 a 22 de outubro de 2023), empresas de mídia educacional vão apresentar seus novos produtos e ideias em seus estandes e durante a programação. Mídias educacionais em língua alemã, juntamente com editores especializados e acadêmicos, estarão localizados no Hall 3.1, com o Forum Bildung (Fórum de Educação) servindo como palco principal para eventos (3.1 D12). Editores individuais também organizarão programas em seus estandes: o Grupo Haufe, por exemplo, terá seu próprio palco novamente (3.1 D32). É também onde instituições como a Agência Federal de Educação Cívica da Alemanha e o centro de aprendizado Bildungsstätte Anne Frank podem ser encontrados. Expositores internacionais especializados em publicações acadêmicas, STM e serviços de conteúdo estarão localizados no Hall 4.0 – onde muitos participantes da Ásia estão programados para estar presentes novamente, agora que as restrições de viagem foram levantadas – e no Hall 5.1. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Entre os dias 18 e 23 de setembro, São Paulo receberá a 9ª edição da Feira Literária da Zona Sul (FELIZS). As atividades serão realizadas em espaços educacionais e culturais nas regiões de Campo Limpo, Jardim São Luís e Capão Redondo. A entrada é gratuita. Este ano, o evento tem como tema “Arte e educação – travessias e outras margens". Entre os destaques da programação está a feira literária que reunirá mais de 60 editoras independentes de todo o Brasil no dia 23 de setembro, na Praça do Campo Limpo (Rua Aroldo de Azevedo, 100 – São Paulo / SP), em um dia com várias atrações para todos os públicos, da música ao teatro, distribuição e troca de livros, e participação das escolas. As escolas que levarem seus estudantes à Praça receberão a “moeda literária”, um crédito para que os alunos comprem livros dos autores que estarão na Feira. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em um ano de altos e baixos, a livraria canadense Indigo anunciou na última semana mais uma saída importante: a renúncia do CEO Peter Ruis. A empresa fez o anúncio em comunicado à imprensa, informando que Ruis renunciou ao cargo com efeito imediato. A Indigo “agradece por suas contribuições para a empresa e deseja-lhe boa sorte enquanto ele avança para novos desafios em sua carreira”, disse a empresa no comunicado. "Peter concordou em servir a Indigo como consultor pelos próximos dois meses para apoiar uma transição tranquila na liderança”. Peter entrou na empresa no início de 2021 e foi promovido a CEO há pouco menos de um ano, como parte de um plano de transição que levaria a CEO e fundadora de longa data, Heather Reisman, a ascender a um cargo de conselho como presidente da empresa – ela se aposentou há cerca de três semanas. Ainda na última semana, a presidente da Indigo e veterana de 21 anos na empresa, Andrea Limbardi, anunciou a sua saída em uma rede social. Em junho, quatro membros do conselho renunciaram – três sem explicação e um “devido à perda de confiança na liderança do conselho e a maus-tratos”, segundo o comunicado da empresa. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Editora do Brasil, Somos Educação, Moderna e a Árvore estão entre as vencedoras do Prêmio Top Educação 2023, anunciadas na segunda-feira (11). O prêmio é realizado para identificar as marcas mais lembradas nas áreas da educação, e em 2023 ele chega ao seu 17° ano consecutivo. Os ganhadores serão celebrados e receberão seus prêmios em outubro. Mozart Neves Ramos, titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira, do IEA/USP, e o Instituto Ayrton Senna também serão homenageados. O prêmio é realizado pelas Plataformas Educação e Ensino Superior. O Top Educação é uma pesquisa quantitativa de participação espontânea que tem como objetivo apontar as marcas mais lembradas entre as empresas que atuam na área de educação. Clique no Leia Mais para ver a lista completa de vencedores.

O LitFestBergen – evento literário norueguês que em 2022 fez uma parceria com o Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços) – acaba de lançar um concurso de poemas ou ensaios, com o tema “crise climática”, voltado para jovens escritores de todas as partes do mundo. O Flipoços agora apoia e divulga a iniciativa e convoca os jovens escritores brasileiros para participar. O texto enviado deve estar em inglês e os autores precisam ter entre 18 e 25 anos. As inscrições estão abertas e vão até o dia 15 de outubro de 2023 e um vencedor de poesia e um vencedor de ensaio receberão, cada um, 2 mil euros. As inscrições devem ser feitas clicando aqui. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com o Flipoços pelo email gsc@gsceventos.com.br ou diretamente no info@litfestbergen.no. Clique no Leia mais para ver as regras do concurso.

Aberta ao público em 31 de agosto de 2023 no Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822 – São Paulo / SP), a exposição Araetá – A Literatura dos Povos Originários é um expressivo recorte da produção literária de autoria indígena por meio de publicações de escritores e escritoras que representam mais de 50 povos de diferentes regiões. Com visitação até 17 de março de 2024, a mostra ainda reúne ilustrações, fotografias, artesanias e objetos artísticos, além de apresentar mais de 334 títulos publicados por 105 editoras do país. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com obra extensa e aclamada pelo caráter inovador e com o poder de criar universos que avançam de modo surpreendente e autônomo, o português Gonçalo Tavares é o convidado de outubro do Clube de Leitura CCBB 2023. Nesta quinta e sexta (14 e 15), o público poderá votar na obra de Tavares que será tema do encontro do dia 11 de outubro. Na disputa, estão os livros O atlas do corpo e da imaginação; Jerusalém; e Uma menina está perdida no seu século à procura do pai. A votação deve ser feita no perfil do CCBB RJ no Instagram (@ccbbrj). Para Suzana Vargas, curadora do Clube de Leitura CCBB 2023 e mediadora dos encontros, Gonçalo é - sem lugar a dúvidas - um dos mais importantes autores da contemporaneidade portuguesa. O encontro com Gonçalo Tavares acontecerá no dia 11 de outubro, às 17h30, na Biblioteca Banco do Brasil, no 5º andar do CCBB RJ (Rua Primeiro de Março, 66 – Rio de Janeiro / RJ), com entrada gratuita. O Clube de Leitura CCBB 2023 conta com o patrocínio do Banco do Brasil. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota e os detalhes sobre as obras em votação.

O Radar de Licitações - seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais - traz um edital visando a aquisição de obras didáticas, e o outro, a aquisição de obras literárias. O primeiro tem como objeto o registro de preços para aquisição de livros didáticos de língua inglesa da Cambridge University Press para ensino fundamental e educação infantil. o pregão está marcado para 22 de setembro e o valor chega a quase R$ 4 milhões. O segundo, visa a aquisição de livros literários de diversas editoras para compor o acervo de uma biblioteca. A disputa ocorre em 25 de setembro e o valor chega a R$ 48 mil. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A livraria online Dois Pontos e o clube de assinaturas TAG, que anunciaram a fusão de suas operações em agosto, anunciam agora o primeiro produto fruto da parceria: o box Nada anônimas, que conta com cinco livros escritos entre o fim do século XIX e início do século XX por notáveis mulheres que foram fundamentais para o florescimento do pensamento feminista, mas que foram silenciadas pelo sistema patriarcal ao redor do mundo. “A coleção Nada Anônimas foi pensada para destacar grandes escritoras que buscavam ser visíveis em um mundo que fechava os olhos para elas. Nunca é tarde para ouvir o que estas mulheres têm a dizer, por isso, esse lançamento vem para que essas histórias permaneçam silenciadas”, conta Gustavo Lembert, atual CEO e sócio-fundador da TAG e Ana Paula Rocha, diretora de Operações. “Além de uma boa experiência do cliente, um dos focos da nova parceria é sempre trazer temas relevantes para sociedade como um todo, seja em futuros lançamentos ou em curadorias e dicas”, completa Ciça Pinheiro, diretora de Comunicação da operação. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O bibliotecário e historiador francês Yann Sordet vem ao Brasil para atividades como palestra, cursos, realização de lançamento e sessão de autógrafos de seu mais recente livro História do livro e da edição – Produção & circulação, formas & mutações, publicado pela Ateliê Editorial em coedição com Edições Sesc. No sábado (16), o autor participa do lançamento do livro no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa, unidade do Shopping Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Store 205 A). A sessão de autógrafos tem início às 11h. Na segunda-feira (18), junto da professora e historiadora Marisa Midori Deaecto, Yann realiza uma palestra, no Centro de Pesquisa e Formação, do Sesc São Paulo, das 19h30 às 21h30, que abordará a extraordinária história do livro, da invenção da escrita à revolução digital. E na terça-feira (19), Sordet ministrará o curso de extensão História do Livro, da Edição e das Bibliotecas como parte da programação da II Semana Franco-Uspiana de Cooperação Científica. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em 13 de maio de 1888, a esmagadora maioria da população negra não vivia mais sob o status legal de escrava; era livre ou liberta. Com a Lei Áurea, as elites jogavam a toalha diante de um processo irreversível, e que haviam feito de tudo para retardar. Restava decidir sobre o sistema político: monarquia ou república? Qual dos dois regimes serviria melhor à nação? A população negra liderava a política das ruas e conduziu um intenso debate sobre esta questão em suas esferas públicas alternativas. A capoeiragem era um desses espaços, e Manuel Benício dos Passos, capoeira e agitador político, seu intérprete e porta-voz. Ele se notabilizou por performances públicas nas quais lia e discutia o noticiário político da época. Seus discursos ganharam os jornais. Talentoso com a palavra, poderia ter se tornado um político, um advogado, um jornalista. Porém, tido por louco ou desordeiro, foi preso várias vezes. Morreu jovem, aos 36 anos. "Longe, muito longe" é uma expressão do líder abolicionista André Rebouças. Assim, a obra Longe, muito longe (Zahar, 376 pp, R$ 99), de Walter Fraga, remete aos tempos áureos sonhados pela população negra naquele maio de 1888. Eram tempos que, de fato, pareciam estar muito longe, se é que chegariam. A vida de Manoel Benício dos Passos dá testemunho disso e sugere que aquela história segue perto, muito perto de nós.

É impossível, sob pena de falsificação grosseira, tratar da configuração histórico-social brasileira sem tratar da grande mestiçagem popular. Em Mestiçagem, identidade e liberdade (Topbooks, 368 pp, R$ 71), o Brasil é produto de um processo intenso e contínuo de contatos e trocas físicos e culturais. De escambos biológicos e simbólicos. Com todas as assimetrias e crueldades que marcaram a construção histórica do país, Antonio Risério expõe nossas formas de viver, criar, produzir, amar, falar, cantar e pensar são indissociáveis das nossas mestiçagens. Hoje se fala do Brasil como se estivessem falando de outro lugar, desde que — por uma imposição acadêmico-ideológica norte-americana, reproduzida pela universidade e a classe dominante brasileiras — decidiram fechar os olhos à história biológica, social e cultural de nossa gente. Como diz o filósofo e teórico social Roberto Mangabeira Unger no texto de apresentação, este novo livro de Risério “é, ao mesmo tempo, uma análise do papel da mestiçagem na formação do povo brasileiro e uma defesa do Brasil contra tentativas de falsificar nossa realidade social e racial e desorientar a nação. (...) Separar injustiça racial de opressão de classe no Brasil jamais fará sentido e só pode resultar em políticas que acrescentam à realidade da subjugação o veneno das fantasias raciais”.

Marcado por um hibridismo formal e temático, Balanço afiado: estética e política em Jorge Ben (Fósforo / Perspectiva, 288 pp, R$ 89,90) é uma conversa cheia de ginga em que Allan da Rosa e Deivison Faustino (Nkosi) constroem uma reflexão sofisticada sobre música, relações raciais, sociabilidades e masculinidades negras a partir da obra do mestre Jorge Ben, utilizando o que chamam de filosofia maloqueira. A diversidade dos temas cingidos pelas composições de Jorge Ben e a desenvoltura com a qual Da Rosa e Faustino transitam entre eles são, a um só tempo, herança e práxis do pensamento negro de vanguarda. Essa profundidade só poderia ser lida a partir de uma linguagem que convida o leitor a participar, junto com os autores, de uma conversa entre amigos. Assim como na obra de Ben, o elevado e o mais simples estão comungados. Além dos pontos de encontro, Da Rosa e Faustino trabalham habilmente os contrapontos da recepção de Jorge Ben, discutindo os meandros entre segregação e intimidade que estão na base do racismo à brasileira. Com texto de orelha de KL Jay, posfácio de Edimilson de Almeida Pereira e a parceria inédita entre as editoras Fósforo e Perspectiva, a pluralidade e, ao mesmo tempo, as encruzilhadas de ideias e práticas contidas no livro se elevam para contestar as fronteiras modernas entre estética e política.

De origem nobre e nascido no final do turbulento período de Terror da Revolução Francesa, Alexis de Tocqueville teve muitos de seus familiares presos e até mortos na guilhotina no período que antecedeu o estabelecimento da Primeira República Francesa, em 1794. E mesmo testemunhando o morticínio que levou à mudança de regime, foi uma voz importante de defesa do sistema democrático em detrimento da aristocracia. Em 1831, aos 25 anos, Alexis de Tocqueville viajou para os EUA e observou a realidade palpável de uma democracia em funcionamento. Impactado pelos acontecimentos de seu tempo, tornou-se um estudante apaixonado e participante ativo da política liberal. Olivier Zunz, um dos maiores especialistas em Tocqueville, observa as tentativas desse grande pensador de aplicar as lições de sua obra clássica A democracia na América na política francesa, além de mostrar como os EUA, e não só a França, ocuparam um lugar central no pensamento e nas ações de Tocqueville ao longo de sua trajetória. O homem que compreendeu a democracia (Record, 506 pp, R$ 144,90 - Trad.: Carlos Eugênio Marcondes de Moura) é uma biografia completa do aristocrata francês que se tornou um dos maiores defensores da democracia. Ao pesquisar a combinação única entre a filosofia e a ação política de Tocqueville, em fontes francesas e americanas, Zunz oferece um retrato cheio de nuances do homem que lutou incansavelmente a favor do único sistema que acreditava poder proporcionar tanto liberdade quanto igualdade.