Dois livros que estrearam nas últimas semanas na Lista de Mais Vendidos do PublishNews fazem agora sua estreia na Lista Nielsen – que apura os autores brasileiros mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no país – referente ao período de 19 de junho a 16 de julho. Eduardo Moreira, que no final de junho emplacou o seu novo A intenção primeira (Civilização Brasileira) no topo dos mais vendidos, estreia na Lista Nielsen PublishNews com o oitavo lugar em Não Ficção. Outra estreia foi o Box Rita Lee (Globo Livros), que inclui três obras da carreira literária desta artista e um brinde, o riTarô, um baralho de tarô personalizado, com ilustrações e intervenções da própria Rita, a sua última produção artística. A última novidade da lista de Não Ficção é O pacto da branquitude (Companhia das Letras). No livro, Cida Bento ― eleita em 2015 pela The Economist uma das 50 pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade ― denuncia e questiona a universalidade da branquitude e suas consequências nocivas para qualquer alteração substantiva na hierarquia das relações sociais. Em Ficção, nenhuma novidade. A lista segue sendo liderada por Carla Madeira e seu Tudo é rio (Record). Seu outro romance, Véspera, ocupa a segunda posição e o pódio é completado por Itamar Vieira Junior e Torto Arado (Todavia). Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O editor Plínio Martins Filho foi o convidado da edição de número 16 do Sabatina PublishNews, realizado nesta terça-feira (25), e compartilhou com a bancada suas opiniões sobre o preço do livro no Brasil, a Lei Cortez, métodos de incentivo à leitura, a Festa do Livro da USP e avaliou a produção acadêmica e das editoras universitárias no país. "Tenho certa implicância com quem diz que não compra por causa do preço: me parece um discurso de quem não gosta de ler", afirmou. "O preço de um livro não tem milagre. É o que se gasta na produção, tem a tiragem, um multiplicador universal, e você acha o preço de capa. Quando falo que o livro brasileiro não é caro, é comparando com livros de outros lugares. Se eu quiser comprar um livro no estrangeiro, mesmo na Argentina ou em Portugal, é quase o dobro do preço aqui". A Lei Cortez também foi assunto – a proposta tem por objetivo instituir a política nacional de fixação do preço do livro por meio do estabelecimento de regras para a comercialização e difusão do livro. Recentemente, ela foi desarquivada no Senado. Apesar de ser um apoiador da medida, Plínio se mostrou cético com o seu funcionamento no Brasil. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Todos os 28 romances inscritos pelo Grupo Companhia das Letras no Prêmio São Paulo de Literatura 2023 foram inabilitados, segundo o Diário Oficial do Estado de São Paulo divulgado na última segunda-feira (24). A informação foi divulgada primeiro pela coluna Babel, do jornal O Estado de S. Paulo. O Diário aponta que a editora não enviou os livros físicos para a Secretaria. "Não foram enviados à Secretaria de Cultura e Economia Criativa os 10 exemplares, a Ficha de Inscrição e o comprovante de inscrição online (...). Inscrição não concluída", é o texto que aparece referente aos livros do Grupo. De acordo com o Edital, as inscrições são realizadas em duas etapas, uma on-line e outra que corresponde ao recebimento, por parte da Secretaria, de exemplares impressos dos livros e da ficha de inscrição. "Inscrições cujos itens requeridos nessa etapa da inscrição não forem enviados estritamente dentro do prazo (...) serão sumariamente desclassificadas", afirma o documento. Lázaro Ramos, Marcelo Rubens Paiva, Carol Bensimon, Jarid Arraes, Sergio Rodrigues, João Anzanello Carrascoza, Luiz Ruffato, Lourenço Mutarelli, Ruy Castro, Eliana Alves Cruz, Ricardo Lísias e Geovani Martins são alguns dos autores dos livros com "inscrições não concluídas" para o Prêmio deste ano. Em 2022, sete dos 10 finalistas da categoria Melhor Romance do Ano eram da Companhia das Letras, inclusive o vencedor, o livro Uma tristeza infinita, de Antonio Xerxenesky. Em nota, a editora afirmou que vai fazer o possível para que a decisão seja revista. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Nesta semana, são três novas obras. Com apenas 40 anos, a autora carioca Rose Moraes se destaca no cenário literário por sua paixão pela leitura e escrita. Seus livros têm encantado leitores de todas as idades, com destaque para a comunidade LGBTQIAP+. Seu livro mais vendido, Quando o amor acontece (Uiclap), tem conquistado corações ao redor do mundo. Outro destaque fala sobre a relação das crianças com a raiva. A raiva é uma emoção natural que todos nós experimentamos, inclusive as crianças. E ensinar aos pequenos como lidar com esse sentimento é essencial para o seu desenvolvimento emocional. É exatamente isso que o livro Construindo gentileza (Uiclap), de Fábio Silva, busca transmitir de maneira divertida e envolvente. O terceiro livro dessa semana é de autoria de Dias Ferpella, um talentoso escritor brasileiro nascido em 1990 no sudeste do país, nos apresenta 7 horas para mais longe, publicado pela Editora Ases da Literatura. Neste livro, o autor nos conduz por uma narrativa ambientada nas últimas horas antes da tão esperada conquista de Marte, que será transmitida ao vivo na televisão. No entanto, o foco da história não é apenas o espaço sideral, mas sim os mistérios do coração humano. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Radar de Licitações - seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais - traz dois editais visando a aquisição de obras literárias. O primeiro dele, com pregão marcado para 4 de agosto, tem como objeto a aquisição de livros de leitura, destinados aos alunos das pré-escolas de uma rede municipal para um projeto literário. São 100 títulos de diferentes editoras e em diferentes quantidades. O valor chega a R$ 1.891.842,76. Já o segundo edital é para o registro de preço para aquisição de obras literárias para a formação continuada dos professores e aos projetos de formação de leitores de uma rede municipal de educação. São 128 títulos de diferentes editoras. A disputa está marcada para 22 de agosto e o valor chega a R$ 485.959,99. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A Editora On Line abriu uma vaga para vendedor que tenha experiência no mercado de livros. A pessoa contratada cuidará do atendimento ao cliente; do controle de estoque; manterá contato com transportadora; e irá negociar e controlar compras, consignação, trocas e devoluções de mercadorias. A editora oferece vale transporte, vale refeição, salário fixo e comissão. Interessados devem encaminhar currículos para rh2@editoraonline.com.br até 30 de agosto.

O ministério Estado da Cultura e Mídia alemão criou um novo projeto de financiamento para apoiar o comércio de livros ucraniano e promover um intercâmbio mais profundo entre os setores culturais ucraniano e alemão. A Ministra de Estado da Cultura e Mídia da Alemanha, Claudia Roth, destinou € 900 mil para o empreendimento, que compreende uma série de projetos individuais destinados a promover o trabalho de autores, editores e profissionais de mídia ucranianos, bem como promover um conhecimento mais amplo da cultura ucraniana e história na Alemanha. A Associação Alemã de Editores e Livreiros liderará o projeto, trabalhando em estreita cooperação com a Feira do Livro de Frankfurt, o Instituto Ucraniano do Livro, a instituição cultural Mystetskyi Arsenal, a revista literária e cultural online Chytomo e o Goethe Institute Ukraine. Entre as atividades definidas para receber apoio estão as seguintes: aumentar a coleção de literatura alemã mantida por bibliotecas ucranianas, convidar autores ucranianos para falar em livrarias alemãs e outros locais literários, a criação de um novo “Prêmio de Publicação Ucraniana”, uma plataforma online em inglês para literatura da Ucrânia e de outros países da região, e o destaque da Ucrânia na Feira do Livro de Frankfurt. O período de financiamento está programado para durar até junho de 2024. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) dá início, em 1º de agosto, ao ciclo Cadeira 41, sob a coordenação da acadêmica Ana Maria Machado. O ciclo tem como objetivo contemplar nomes que poderiam ter ocupado uma cadeira, mas não entraram na Academia. Segundo Ana Maria, a cadeira 41 é a que não está ocupada por ninguém, é a cadeira dos que ficaram de fora, por motivos variados; ou porque não se candidataram, ou não se elegeram, ou naquele momento as circunstâncias socioculturais do país não permitiam que entrassem. “É uma revisão das nossas lacunas”, explica. Em agosto serão cinco conferências presenciais na sede da ABL (Av. Pres. Wilson, 203 - Rio de Janeiro / RJ). O ciclo abre no dia 1º, às 16h, com Josué de Castro e sua Geografia da fome. “A fome é uma realidade sempre dolorosamente presente, atual até hoje. Ele foi o primeiro a denunciar e estudá-la de maneira muito forte. Foi também o primeiro brasileiro cujo nome foi ventilado para o Nobel”, justifica a Acadêmica. Para falar sobre ele, Ana Maria Machado convidou o escritor Itamar Vieira Junior, autor de Torto Arado. “Itamar é geógrafo e sua tese de mestrado foi sobre Josué de Castro." Para se inscrever, é só clicar aqui. Clique no Leia mais para conferir o resto da programação.

Com o objetivo de apresentar a vida e obra da poetisa Emily Dickinson a uma nova geração de leitores, uma dupla de estudantes mineiros criou o jogo “Emily Is Afterlife” para dispositivos móveis. O aplicativo foi vencedor na categoria games da 11ª edição do Campus Mobile, concurso de inovação que estimula a formação de jovens talentos universitários para o desenvolvimento de soluções por meio de aplicativos para dispositivos móveis que promovam impacto social e benefícios à população. O jogo, idealizado pelos estudantes Igor Lucas dos Santos e Tássia Gomes, apresenta a vida e obra da poeta norte-americana Emily Dickinson, por meio de de puzzles e missões em que os jogadores são desafiados a encontrar partes das poesias. De uma forma divertida, o usuário consegue emergir e entender a importância da história, da vida e dos poemas da escritora, ampliando seu conhecimento. Os estudantes vencedores ganharam uma viagem de imersão ao Vale do Silício, na Califórnia, programada para setembro deste ano. Clique no Leia mais para ler a íntegra desta nota.

As herdeiras (DBA, 308 pp, R$ 72 - Trad.: Marina Waquil), romance de Aixa de la Cruz, ecoa diversas narrativas mágicas e sobrenaturais ao ter como protagonista uma versão contemporânea da casa assombrada que, como uma espécie de mausoléu, protege um segredo familiar: há seis meses Carmen cortou os pulsos na banheira e ninguém sabe o porquê. Agora, suas quatro netas, Lis, Erica, Olivia e Nora, voltam para a casa onde a avó morreu. Atormentadas por essa ausência que não deixa de se fazer presente, as quatro mulheres precisam confrontar seus traumas, seus vícios, suas memórias e seus desejos para entender que maldição é essa que parecem carregar no sangue. Lis está se recuperando de uma crise e só quer vender o imóvel e seguir em frente. Sua irmã, Erica, sonha em organizar retiros espirituais e passeios botânicos nos entornos. Olivia, a mais velha das netas, é cardiologista e procura em cada gaveta alguma pista que ajude a explicar a morte da avó. Nora, por sua vez, pensa em deixar que seu traficante use a casa como depósito. Será a loucura uma doença hereditária, uma sombra que atravessa as gerações, ou uma espécie de dádiva, uma tábua de salvação, que marca a singularidade dessas mulheres?

Maristela tinha apenas oito anos quando presenciou a própria mãe, a então desconhecida poeta Olívia Guerra, saltar da varanda do apartamento onde moravam. O tempo passou e hoje Olívia é celebrada veementemente. Seus livros inspiram teses acadêmicas, seu rosto ilustra canecas, seus versos estampam camisetas. Herdeira do espólio literário da mãe, Maristela vive dessa comoção, que desperta nela os sentimentos mais duros e angustiantes. Assim, quando um editor a convida a escrever um prefácio para uma coletânea inédita de poemas de Olívia, ela aceita, mas recusa-se a entregar um texto tradicional: com mais de cem páginas, o prefácio de Maristela revela outra face da poeta tão admirada. Em Um prefácio para Olívia Guerra (HarperCollins, 192 pp, R$ 59,90), obra de Liana Ferraz, o leitor vai aos poucos descobrindo uma mãe que não se encontrava no papel de esposa e cuidadora, muito menos se adequava ao mundo racional, mas que tentava. E uma filha para sempre traumatizada, incapaz de amar e sedenta por amor.

A aguardada nova comédia romântica de Jojo Moyes, Um passo de sorte (Intrínseca, 352 pp, R$ 69,90 - Trad.: Sofia Soter), apresenta a história de duas personagens que vivem realidades completamente diferentes e veem suas vidas se entrelaçarem de uma forma inusitada. A narrativa cheia de reviravoltas explora o único ponto em comum entre elas e expressa o sentimento de várias mulheres de meia-idade. Ambas se sentem invisíveis para seus companheiros, colegas e até para o mundo. Sam não está no seu melhor momento, mas é grata pelo que tem, como seu emprego — que parece estar por um fio — e sua família, ainda que praticamente carregue todos nas costas. Ela sabe que basta um dia ruim para que tudo vá pelos ares. Nisha, por sua vez, tem tudo com que sempre sonhou, e muito mais: um casamento com um homem incrivelmente rico, viagens internacionais e roupas de marca. Mas, agora que seu marido quer se divorciar, está prestes a perder tudo isso. Os caminhos de Sam e Nisha nunca deveriam ter se cruzado, mas esse encontro vai mudar a vida de ambas para sempre. E o motivo não poderia ser mais estranho: um par de sapatos Louboutin.

Ambientado em um tempo futuro, Das coisas definitivas (Record, 320 pp, R$ 64,90), passado e futuro interligados compõem uma teia narrativa sobre a convoluta história de uma família na São Paulo dos séculos XX e XXI. A obra volta ao tempo presente, a partir da segunda metade do século XX, para falar de Julio Dansseto, personagem fictício mas que protagoniza fatos importantes da política brasileira que determinaram os rumos do país. O dia de sua morte está no centro dos acontecimentos do romance, que se ergue sobre a desconstrução de uma época e de uma família, de um modo de ser e ver o mundo. De um ponto à frente no tempo, enxergando destinos já cumpridos, o “desconstrutor” aposentado João Robert da Cruz Bamalaris está interessado em desvendar a origem de grandes mudanças no curso da História, que julga terem ocorrido a partir da morte do grande homem público Julio Dansseto. Do já vivido, os episódios que se sucedem, de maneira apenas aparentemente aleatória, guardam insuspeitas relações de causa e efeito. Das coisas definitivas é uma trama polifônica que se ergue sobre a desconstrução de uma época e de uma família, de um modo de ser e ver o mundo.