O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra e/ou confecção de livros, traz esta semana dois editais. Um deles para aquisição de materiais bibliográficos importados (livros, publicações técnicas, folhetos, dentre outros) para composição dos acervos bibliográficos. A data do pregão é 17 de novembro, e o valor total chega a R$ 15.956.618,00. O segundo edital tem como objeto a compra de livros que visa suprir a necessidade de bibliografias do curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Ambientais, com valor estimado que chega a R$ 241.450,85. O pregão está marcado para 16 de novembro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A Feira do Livro de Sharjah realizou este ano a primeira edição do prêmio Sharjah Rights Connection, voltado para profissionais de direitos de publicação e com o objetivo de aumentar as oportunidades de crescimento do setor. Mauro Spagnol, da Books-Everywhere, no Reino Unido, foi o vencedor da primeira categoria do prêmio, que reconhece quem vende direitos como agência ou como pessoa física. O vencedor da segunda categoria, dedicada a quem vende direitos de tradução em nome de uma editora, foi Gabriel Nieto, da Editora Planeta do México. “Em Sharjah, nosso objetivo é abrir o maior número possível de janelas para as culturas globais e, com o prêmio, buscamos apoiar e homenagear um dos principais facilitadores desse processo”, parabenizou Mansour Al Hassani, diretor de serviços para editores da Sharjah Book Authority (SBA). Spangol, que concorreu com candidatos da Lituânia e África do Sul, foi premiado graças a depoimentos de clientes, que o descreveram não apenas como um especialista em todos os campos, independentemente do gênero, mercado ou território, mas também por outros competências como ser empreendedor, proativo, eficiente e apaixonado. “O segredo é: sempre seja curioso... Curioso sobre quais são as novas tendências, mas o mais importante, curioso sobre as pessoas, culturas e a editora com a qual você trabalha”, disse ao receber o prêmio. Spangol acrescentou que dividirá o prêmio em dinheiro com algumas editoras com as quais trabalha para ajudá-las em seus projetos de tradução. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A 41ª Feira Internacional do Livro de Sharjah foi aberta oficialmente na noite de terça (1º), com a presença do Sheikh Dr. Sultan bin Mohammed AlQasimi. Com o tema Espalhe a palavra, o evento contará - até o dia 13 de novembro - com a participação de 2.213 editoras de 95 países. “A abertura da 41º SIBF marca o início de uma celebração de 12 dias de atividades culturais e é uma oportunidade para crianças, jovens e famílias em todos os Emirados Árabes Unidos enriquecerem seu aprendizado em artes e ciências e estabelecerem conexões estreitas com culturas de todo o mundo através de livros de diversos gêneros na feira”, disse AlQasimi. Durante a cerimônia, o governante de Sharjah aproveitou para lançar um novo conjunto de 19 volumes do Corpus Histórico da Língua Árabe, que documentam nove letras do alfabeto árabe e contou com a contribuição de diversos pesquisadores, linguistas e especialistas na construção do material. Ahmed Al Ameri, presidente da Sharjah Book Authority, também falou ao público e destacou que, pelo segundo ano consecutivo, a SIBF emergiu como a maior feira de livros do mundo em termos de compra e venda de direitos autorais em 2022. “A honra vem como a Conferência de Editores de três dias que recebeu 1.041 editores e agentes literários, com 958 mesas preparadas para as reuniões de matchmaking”, disse. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nesta semana, no entanto, a seção não é publicada. O motivo é que o período que seria destacado já é a semana do Natal, então as editoras não têm lançamentos programados. Os títulos que devem bombar nas vendas para o Natal já serão distribuídos nas semanas anteriores. O serviço Próximo Capítulo retorna daqui a 15 dias, adiantando os lançamentos que chegarão às livrarias nos primeiros dias de janeiro.

A Flinf, Festa Literária de Nova Friburgo, ocorre de hoje (03) até domingo (06), no Cadima Shopping (Rua Moisés Amélio, 17 – Nova Friburgo / RJ), na Usina Cultural Energisa (Praça Presidente Getúlio Vargas, 55 - Nova Friburgo / RJ), na Praça Dermeval Barbosa Moreira e na Livraria Macondo (Rua Monsenhor Antônio Teixeira, 25, loja A, subsolo Nova Friburgo / RJ). O evento exalta o fazer artístico feminino, com atenção especial ao universo literário, da leitura à escrita. A programação conta com mais de 30 atividades entre mesas, contação de histórias e lançamentos de livros, inclusive para o público infantil. A Flinf 2022 é quase toda feita por mulheres, na produção, realização e na curadoria de Maria Fernanda Macedo. A edição A Mulher, a leitura e a cidade será a retomada do encontro que reuniu grandes nomes da literatura nacional nas suas edições anteriores. A Flinf conta com o patrocínio da Energisa, do Cadima Shopping, da Águas de Nova Friburgo e da Unimed. A Secretaria de Cultura de Nova Friburgo é a principal apoiadora da festa e a realização é da Genipapo produtora. Toda a programação é gratuita para o público, com classificação livre, sujeita à lotação. As inscrições para as oficinas também são gratuitas, limitadas e devem ser realizadas no local, uma hora antes do início previsto. Para mais informações do evento, clique aqui.

Estreia nesta quinta-feira (03) , às 22h30, a série Flip 20 Anos, exibida pelo canal Arte 1. Com quatro episódios, o programa se propõe a contar a história da Feira Literária Internacional de Paraty, que terá sua vigésima edição neste mês, entre os dias 23 e 27. A série traz depoimentos de autores que relembram as mesas de debate e outros momentos marcantes de suas participações em várias edições do evento. No primeiro episódio, entre outros depoimentos, o escritor Bernardo Carvalho [foto] fala da primeira edição da Flip, em 2003, quando dividiu uma mesa com o norte-americano Daniel Mason. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Club Athletico Paulistano (Rua Colômbia, 77 – São Paulo / SP) abre suas portas no final de semana (05 e 06) para a 6ª edição do seu Festival de Literatura, das 10h às 20h no sábado e das 10h às 18h no domingo. Parte da programação é exclusiva aos associados, mas a Feira de Livros é gratuita, aberta a todos os interessados e oferece livros a preços promocionais, de até 30% de descontos. O ginásio do clube receberá mais de 30 editoras e parte de seu catálogo, além de livros escritos por seus sócios (cerca de 20). As mesas literárias serão realizadas no sábado (05). Às 11h, tem início a conversa com Mariana Salomão Carrara, que lançou recentemente Não fossem as sílabas do sábado, pela editora Todavia. No mesmo dia, às 17h30, os visitantes da Feira do Livro poderão acompanhar a mesa com Andrea Del Fuego, que teve seu mais recente livro publicado pela Companhia das Letras, A pediatra. A mediação das mesas será de Helô Bello Barros e Carlos Eduardo S. Cornacchione. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Biblioteca Pública do Paraná promove a 6ª edição de sua festa literária anual, a Flibi, entre os dias 07 e 12 de novembro. A programação conta com mais de 40 convidados e 30 atrações — entre palestras, debates, oficinas, exposições, sessões de filmes, atividades para crianças e apresentações de música e teatro. A novidade deste ano é a realização do primeiro Encontro de Editoras, uma feira de livros independentes que reúne dez expositores no hall térreo da biblioteca durante os dias 11 e 12. A entrada é gratuita em todos os eventos, e a BPP emite certificados de participação. Confira a programação completa aqui. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A 10ª edição da Flica, Festa Literária Internacional de Cachoeira, começa nesta terça (03) e segue até domingo (06) em Cahoeira, cidade baiana. Dos cerca de 40 participantes que estarão em mesas na Tenda Paraguaçu, mais da metade é composta por participantes negros e indígenas. O evento traz como tema Liberdade e Literatura Brasis, com grandes nomes da literatura local, nacional e internacional. O evento é gratuito e aberto ao público. Com a curadoria coletiva formada por Camilla França, Paulo Gabriel Soledad Nassif, Clara Amorim e Edgard Abbehusen, o evento conta com a já tradicional Fliquinha, voltada ao público infantil, a Geração Flica, a Tenda, a Casa Luiz Gama (de autores baianos), a Recoversas e o Palcodos Ritmos e o Território Flica. O evento é uma realização da Fundação Hansen Bahia em parceria com a CALI - Cachoeira Literária, conta com o patrocínio da Bahiagás e do Estado da Bahia, e tem a LDM como livraria oficial, com apoio da Prefeitura de Cachoeira, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -UFRB e Instituto Ibirapitanga. Para conferir a programação completa do evento, clique aqui.

Para falar sobre o novo movimento das newsletters brasileiras, o evento on-line O texto e o tempo trará mesas redondas e workshops durante o primeiro final de semana de novembro (05 e 06). O encontro acontece por Zoom, das 10h às 18h. Serão cinco oficinas e cinco mesas redondas, além da abertura e do encerramento, com mais de 30 pessoas convidadas. A programação completa está disponível clicando aqui. A organização do evento é coordenada por Vanessa Guedes. Para aqueles que procuram resolver questões práticas, os workshops são o espaço ideal. Aline Valek compartilha caminhos possíveis para a edição de texto. Já Gaía Passarelli traz suas experiências sobre monetização e o jornalista Arthur Marchetto discute a não ficção e o planejamento de temporadas em uma newsletter. Com destaque para a reflexão e a escrita, o evento faz um panorama do cenário atual. Nas mesas redondas, as discussões convidam todos a refletir sobre o mercado, os leitores, a ficção seriada e o uso das ferramentas e plataformas. O evento conta ainda com a presença de nomes como Ana Rüsche, Antônio Xerxenesky, Carla Soares, Carol Chiovatto, Claudia Fusco, Eric Novello, Felipe Castilho, Matheus Morais Inácio e Mila D’Oliveira, entre outros. Os ingressos custam R$ 48 e podem ser adquiridos aqui. Serão oferecidas 20 vagas sociais gratuitas, e as mesas e oficinas não serão gravadas.

A série Encontro com Autores do Jabuti, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Theatro Municipal de São Paulo, tem suas duas últimas datas marcadas para novembro. A iniciativa possibilita ao público participar de conversas presenciais com autores consagrados do maior prêmio brasileiro de literatura, o Jabuti. Desde setembro, já foram realizados cinco encontros que reuniram nove escritores. O primeiro evento de novembro será um encontro com Bruno Paes Manso e Mário Magalhães, com mediação de Marcos Marcionilo, sobre A informação entre milícias e guerrilhas, na próxima sexta-feira (04), às 19h. O segundo encontro acontecerá na próxima quarta-feira (09), às 19h, e terá a presença de Drauzio Varella, com mediação de Rodrigo Casarin, intitulada Uma história de muitas vidas. Nos encontros anteriores, o público acompanhou conversas com Sueli Carneiro, Ignácio de Loyola Brandão, Felipe Castilho, Amara Moira, Monique Malcher e Eliane Potiguara, sendo mediadas por Marcos Marcionilo, Luiz Trigo e Bel Santos-Mayer. O Encontro com Autores é uma atividade aberta ao público, de forma gratuita, por ordem de chegada. Os ingressos começam a ser distribuídos uma hora antes do evento.

Um dos artistas mais icônicos da música de todos os tempos, Bono teve sua carreira amplamente documentada. Mas na obra Surrender (Intrínseca, 640 pp, R$ 99,90 - Trad.: Rogério W. Galindo), o músico escreve pela primeira vez sobre sua vida e sobre aqueles com quem ele a compartilha. Com narrativa envolvente, Bono transporta os leitores para sua infância em Dublin e fala da morte repentina da mãe, quando ele tinha 14 anos. O autor também detalha a jornada improvável do U2 até se tornar uma das mais influentes bandas de rock do mundo, além dos seus 20 anos de ativismo dedicado à luta contra a Aids e a pobreza extrema. O subtítulo 40 músicas, uma história faz referência aos 40 capítulos do livro, cada um com o nome de uma música do U2. Bono também criou 40 desenhos originais para a obra e ainda uma animação em vídeo, narrada por ele e baseada em alguns desses desenhos, disponível nas plataformas digitais do U2. O vídeo ilustra um trecho do capítulo Out of Control, no qual Bono conta a história da composição da primeira música do U2 em 10 maio de 1978, seu 18º aniversário, há 44 anos. Bono levou sete anos para escrever seu livro de memórias. Com uma profunda autorreflexão e senso de humor, ele analisa sua vida até agora, assim como a fé, família e amigos que o sustentaram, desafiaram e moldaram.

Em 2013, durante o processo de impressão do que seria a quarta edição da biografia do poeta Paulo Leminski (1944-1989) escrita por seu amigo Toninho Vaz, a família do escritor se mostrou contrária à publicação da obra. Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo afastamento da exigência de autorização prévia do biografado ou de suas famílias, em casos de pessoas já falecidas, o que finalmente possibilitou a nova edição de Paulo Leminski: o bandido que sabia latim (Tordesilhas, 392 pp, R$ 99) . Publicado originalmente em 2001, o livro revelou, em abordagem surpreendente, que Paulo Leminski tinha um filho, até então desconhecido. Para a nova edição, além do texto original, foi criado um capítulo inédito e atualizado que aborda o assunto e um caderno de fotografias do poeta com amigos e familiares. De maneira íntima, após um ano de pesquisas e 81 entrevistas realizadas com parentes, parceiros, alunos, ex-mulheres, professores, amigos e até desafetos, o autor reuniu histórias, escritos, poemas, fotos inéditas e rascunhos de textos inacabados.

Jimi Hendrix tornou-se um mito além de seu tempo. Foi catapultado ao sucesso de forma tão rápida quanto sucumbiu ao vício em drogas – que levou à sua morte prematura aos 27 anos. Apesar de seu sucesso, sua verdadeira biografia é pouco conhecida. Jimi Hendrix: Uma sala cheia de espelhos (Seoman, 464 pp, R$ 72,90 – Trad.: Martha Argel), do jornalista Charles R. Cross (mesmo autor de uma biografia de Kurt Cobain), preenche esta lacuna. A obra traz respostas e curiosidades sobre uma carreira recheada de polêmicas. Baseado em mais de 300 entrevistas, documentos nunca antes revelados e diversas pesquisas, este livro apresenta um profundo retrato do gênio da música que conseguiu sair da pobreza para o sucesso, colocar fogo no mundo do rock e inadvertidamente pôr fim em seu próprio talento. A obra inclui também informações sobre a verdadeira história de sua saída do serviço militar, um relato alucinante de Woodstock e os detalhes de seus muitos amores.

Do final da Segunda Guerra à publicação de Habitar as trevas (Nós, 280 pp, R$ 68) na França, em 1988, passam-se 43 anos. Sua escrita, fruto de uma dor indescritível, traz o que a memória de Fred Sedel (1909-1991) pôde guardar e recriar em palavras do pesadelo vivido nos campos nazistas. Ao mesmo tempo que há uma riqueza de detalhes dos lugares por onde passou, uma consciência dos espaços que habitou, uma lucidez sobre sua situação física e mental e uma grande precisão médica em tudo o que observa, seu relato é marcado por imprecisões temporais, um vai e vem angustiante e a obsessão pela fuga de um presente ilógico em desconexão temporal, entre um passado e um futuro inatingíveis. Em 1943, aos 34 anos, o médico francês é capturado por soldados alemães na periferia de Paris e levado à Drancy, de onde inicia sua tenebrosa odisseia – como a de tantos outros – por diferentes campos de concentração e extermínio espalhados entre a Polônia e a Alemanha. Durante vinte e dois meses, de maneira improvável, Sedel tudo observa, sofre numerosos golpes de violência e de humilhação, mas resiste e sobrevive, graças a sua força, perspicácia e a uma série de lances de muita sorte que contribuíram para a preservação de sua vida.