Uma semana muito ruim está diagnosticada na Lista dos Mais Vendidos do PublishNews. Registrando uma queda de 21% nas vendas, a movimentação não exibiu um título estreante sequer entre os 20 livros com melhor desempenho no período. A retração levou para o pódio da semana na lista Geral três obras resilientes, que frequentam a apuração há meses e meses. Cada uma delas já esteve no topo de vendas, em mais de uma oportunidade. O líder agora é Nas pegadas da alemoa (Buzz), romance sobre nazistas na Amazônia antes da Segunda Guerra Mundial, escrito por Ilko Minev [foto], búlgaro que adotou o Brasil há mais de 40 anos. Abaixo dele estão É assim que acaba (Galera Record), best-seller mundial da americana Colleen Hoover, e O poder da autorresponsabilidade (Gente), guia para negócios que Paulo Vieira lançou há mais de três anos e segue firme na lista. Além da queda no total de vendas, todas as categorias tiveram desempenho negativo no período. Autoajuda apresentou a maior queda, de 42%, seguida por Negócios, com redução de 28%. Não ficção caiu 11%, enquanto Infantojuvenil teve queda de 7%. Ficção por pouco não escapou do negativo, fechando com uma redução mínima de 1%. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Em 2017, como parte dos inúmeros investimentos feitos na cultura e literatura, o emirado de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, inaugurou a Sharjah Publishing City (SPC), a primeira zona franca do mundo focada na indústria global de impressão e publicação, além de promover o empreendedorismo. Em um projeto grandioso, o espaço de mais de 19 mil m² abriga diversos editores, distribuidores e impressores internacionais que buscam espaço e melhores oportunidades para expandirem seus negócios. Em cinco anos de atividade, a Sharjah Publishing City já tem uma lista de objetivos alcançados. Oferecendo serviços que vão além do mercado editorial, de 2020 para cá, a SPC passou de 188 empresas, para mais de 5 mil até o momento. Quando o assunto é o mercado editorial, atualmente empresas de 106 países e de diversas áreas do setor operam seus negócios no espaço. “Essa conquista se deve em grande parte ao nosso cronograma operacional incomparável. Uma nova licença comercial pode ser emitida na zona franca em apenas 45 minutos. Além disso os novos inscritos conseguem obter sua residência nos Emirados Árabes Unidos em apenas cinco dias úteis”, explicou Salim Omar Salim, diretor da SPC, em entrevista ao PublishNews. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota, que inclui ainda uma entrevista com Salim Omar.

Na semana do Prêmio Nobel de Literatura e da eleição de Ruy Castro para a Academia Brasileira de Letras, outras notícias sobre mercado editorial podem ser garimpadas nos principais jornais do país. No Estadão, vale destacar a entrevista com Ayelet Gundar-Goshen [foto], autora israelense que lança o romance Outro lugar (Todavia), sobre uma mãe que desconfia que seu filho pode ter matado um colega de escola. O thriller psicológico mostra uma família israelense que mora na Califórnia. O filho adolescente Adam, garoto retraído com muitos problemas de comunicação com os pais, vai a uma festa da qual ele não queria participar e um garoto negro é assassinado. Ayelet, que é psicóloga, já publicou no Brasil Uma noite, Markovitch e Despertar os leões, também pela Todavia. Ela está em São Paulo como convidada do primeiro Festival Literário do Museu Judaico. A autora participa de uma mesa neste sábado (08), às 18h. O Valor trouxe entrevista com Otávio Marques da Costa, o publisher da Companhia das Letras que está à frente da maioria dos selos adultos da editora. Além de coordenar a produção de todos os lançamentos de sua alçada, Otávio também faz as vezes de editor de inúmeras obras, sobretudo as de não ficção. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O escritor e jornalista Ruy Castro é o novo ocupante da cadeira número 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Aos 74 anos, ele foi escolhido numa eleição realizada na noite de quinta-feira (06), na sede da ABL, no Rio de Janeiro. Entre os 35 imortais que participaram da votação, Rui Castro teve 32 votos. Colunista da Folha, ele é reconhecido como o biógrafo mais bem-sucedido na literatura brasileira, com livros do gênero que chegaram ao topo das listas de mais vendidos. O autor se dedicou a contar a vida de personagens como o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, em O anjo pornográfico, de 1992, o jogador de futebol Garrincha, em Estrela solitária (1995), e a cantora e atriz Carmen Miranda, em Carmen: uma biografia (2005). De certa forma, ele publicou também uma espécie de biografia coletiva dos artistas da Bossa Nova, notadamente João Gilberto e Tom Jobim, nos livros Chega de saudade (1990, com edição revisada em 2016) e A onda que se ergueu do mar (2017).Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

"Língua é pensamento, língua é espírito, língua é uma forma de ver o mundo e apreciar a vida”. É assim que a curadora Daiara Tukano descreve o ponto de partida de Nhe’ẽ Porã: memória e transformação, a nova exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/nº - Centro Histórico de São Paulo / SP). A mostra, que estreia dia 12 de outubro, propõe ao público uma imersão nas linguísticas dos povos indígenas no Brasil. A preparação do evento contou com cerca de 50 profissionais indígenas e marca, no Brasil, o lançamento da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenada pela UNESCO em todo o mundo. O projeto é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, do Grupo Volvo e da Petrobras e tem o apoio de Mattos Filho – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A exposição tem duração prevista até 23 de abril de 2023, e os horários de funcionamento do museu são de terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h). Os ingressos são adquiridos pela internet no site da Sympla e custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Aos sábados, o museu oferece entrada gratuita. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Chega ao mercado nesta sexta a primeira plataforma que pretende conectar o mercado editorial com o audiovisual, o Gancho Curadoria. Criada pelos sócios Mariana Rolier, editora de aquisição, e Eduardo Brand, diretor de conteúdo e entretenimento, a plataforma chega em formato de relatórios semanais por assinatura trazendo o que há de mais interessante - dos clássicos às pré-vendas - ao conhecimento de produtoras, emissoras, roteiristas e diretores de TV, cinema, streaming e áudio. Aproveitando a experiência de anos de mercado editorial impresso e digital, ao se especializar em publicar obras antes de suas adaptações como a série Game of Thrones e os blockbusters Marley & Eu e Jogador No. 1, Mariana Rolier, sócia fundadora do Gancho, decidiu tornar seu ponto de vista acessível ao público interessado por esse serviço. “O que nos motivou a criar o produto foi a oportunidade de encurtar o caminho entre as produções literárias e as telas e compilar o que interessa numa fonte confiável”, comenta. A ideia, basicamente, é funcionar como um scout para produtoras de audiovisual. O Gancho irá oferecer relatórios semanais aos assinantes, com indicações sobre livros importantes para adaptação, lançamentos e novidades sobre aquisição de direitos, além dos relatórios de cobertura de feiras importantes como de Frankfurt, Londres, Flip e Bienais. A assinatura custa R$ 19,90 e o assinante recebe os relatórios todas as sextas-feiras. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Dos dias 03 a 11 de setembro, a 17ª edição do Flipoços, Festival Literário Internacional de Poços de Caldas, reuniu 187 convidados em 180 atividades voltadas ao universo musical, variados estilos, histórias da música, autores, músicos, intérpretes e sua influência na cultura literária. O festival conseguiu arrecadar 358 doações de livros, que foram entregues à ONG Poços de Luz, da Escola Municipal José Avelino de Melo - Fazenda Lambari, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da Prefeitura Municipal de Poços e Biblioteca Centenário. A campanha “Doe um livro” já tem história no festival. “Ao longo desses 17 anos, mais de 30 mil títulos foram doados”, explica Gisele Ferreira, curadora do Flipoços. Já com data marcada para acontecer no ano de 2023, entre os dias 29 de abril a 07 de maio, o festival sela um trabalho em prol do incentivo à leitura e às instituições de Poços e região. A gravação das mesas da edição de 2022 podem ser acessada aqui.

Realizado pela Casa Educação, o curso Formação de Editores de Didáticos: Como editar materiais didáticos e sistemas de ensino já está com inscrições abertas para futuros participantes. As aulas serão via Zoom, entre os dias 17 de outubro de 2022 e 15 de março de 2023, todas as segundas e quartas, das 19h às 21h. Os encontros do curso vão focar em formar profissionais para atuar na área de produção editorial de didáticos e sistema de ensino, preparando para o desenvolvimento de negócios sustentáveis economicamente e que causem impacto cultural na sociedade. Além disso, um dos objetivos das aulas é suprir a carência de profissionais da área especializados para lidarem com livros didáticos e educativos. As aulas serão ministradas por nomes como Lilian Gaspari, Maiti Salla (Pearson), Mariana Milani (Saber Educação), Marilisa Mendes (Editora do Brasil) e Paulo Verano (Edições Barbatana). Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota.

O Instituto de Leitura Quindim (ILQ) divulgou a programação do mês de outubro do Ocupa Quindim, projeto quinzenal de atrações e propostas artísticas ligadas à literatura, dança, teatro, artes visuais, música, audiovisual e saberes populares (folclore/artesanato). As atividades contam com a exposição chamada “Imagem sensível de memórias possíveis - ISMP”, uma proposta de Alessandra Karina Rech, que ficará disponível do dia 08 ao dia 28/10, e o curso “Como contar histórias, fazer teatro e músicas para surdos, pessoas com deficiência visual ou com autismo?”, promovido pela professora, tradutora e intérprete de Libras Isabel Varriale Damian, no dia 22/10 às 15h. A iniciativa também promove uma ação formativa-educativa com os visitantes, no dia da abertura da exposição, às 15h. A entrada é gratuita e os interessados em participar da aula com Isabel devem preencher o formulário que está no site do Instituto, clicando aqui. Clique Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Um grupo de doutores formados pela Universidade de São Paulo (USP) acaba de publicar seus trabalhos em forma de livro. Chamada Sociologia aberta, a coleção reúne três títulos que têm como tema a segregação racial, o monopólio da empresa Meta na internet e as medidas socioeducativas de internação no estado de São Paulo. Eles já foram publicados em formato virtual (e-book) pela Editora Blucher, e com acesso gratuito para o leitor. O lançamento oficial será no dia 10 de novembro, às 19h, em conferência virtual com os autores transmitida pelo canal da FFLCH. O lançamento é parte da oitava edição do Seminário Discente PPGS/USP, evento acadêmico realizado todos os anos por alunos de mestrado e doutorado em Sociologia. A edição de 2022 ocorre de 07 a 11 de novembro.

Uma raposa esfomeada, com dois olhos espertos, está mirando três galinhas gorduchas – que estão correndo o perigo de serem devoradas. Ela se aproxima gradativamente e, quando está prestes a atingir seu objetivo, o inesperado acontece: várias galinhas se juntam e expulsam a raposa, que sai do galinheiro de estômago vazio. Os pequenos leitores que estão começando a se familiarizar com números podem se interessar por essa narrativa cheia de animais e reviravoltas. O livro Uma raposa (Companhia das Letrinhas, 36 pp, R$ 44,90 - Trad.: Ellen Maria Vasconcellos), escrito e ilustrado por Kate Read, segue as características dos livros de contar e usa as sequências numéricas na criação de uma narrativa de suspense que subverte as expectativas do leitor, construindo um final surpreendente.

Com livros que são temáticos, explorando cada vez um sentimento conflitante diferente que faz parte do amadurecimento, a série Comecinho, de Ruth Rocha, chega a sua segunda fase, e tem o lançamento de Os amigos de Pedrinho (Global, 32 pp, R$ 55). O quinto volume, assim como os outros, também conta com ilustrações de Mariana Massarani e mostra o irmãozinho que chegou na vida de Miguel no primeiro livro da saga, agora mais velho e lidando com as suas próprias questões. Pedrinho tem vários amigos, mas seu favorito é Lucas. Os dois passam todo tempo que têm livre juntos, jogando bola, brincando, estudando ou simplesmente fazendo o percurso da escola para casa. Quando Fernando chega na vida de ambos, no entanto, a dinâmica entre eles começa a mudar. De repente, Lucas e Fernando começam a andar juntos o tempo inteiro, rindo no intervalo e indo embora juntos. Pedrinho passa a se sentir excluído e triste. Pedrinho, frustrado por não conseguir arrumar uma solução para o seu problema, pede ajuda para o irmão, Miguel. Agora mais velho e com um controle maior sobre os seus próprios sentimentos, ele aconselha o irmão a simplesmente se divertir, arrumar outros amigos e expandir suas amizades e as possibilidades que vem com ela. O conflito em si fortalece amizades antigas, cria amizades mais diversas e inclui todas as crianças, resolvendo a questão do ciúmes e da exclusão da melhor forma possível.

Sete casas, sete vidas (Paulinas, 56 pp, R$ 44,50), obra infantojuvenil escrita por Ana Rapha Nunes e ilustrada por Rogério Neves, conta a história de um gato chamado Rui. Ele tem sete casas e sete vidas diferentes. Vive com o prefeito, com uma família italiana, com crianças e até com uma artista de cinema. Nos passos da rotina, ele brinca, ganha colo e abrigo. Mas algo lhe falta. E talvez o inesperado desabroche sentimentos e lhe traga novos horizontes. Esta obra aborda características, em geral, díspares nas obras do campo infantojuvenil: a dimensão lúdica, do humor saudável que nos envolve e faz sorrir, mas sem deixar de nos trazer sentimentos por vezes esquecidos, como a empatia, a solidariedade, a amizade e o amor. Da mesma forma, o livro proporciona uma reflexão sobre certos valores (individualismo, consumismo, instrumentalização das pessoas e dos relacionamentos etc.), porém sem recair num tom extremamente didático-pedagógico. Além dessas características, a obra também traz um benefício mais amplo: o de nos fazer refletir sobre o que mais valorizamos em nossas vidas e na nossa sociedade. Também, ao fim do livro, é trazido o drama vivenciado tanto pelas crianças expostas à miséria, como a situação dos animais abandonados.

O livro O tesouro de Bentinho (Editora Interseção Design de Histórias, R$ 40 - Ilustração: Camila Camellini), de Alexandre Lopes Ribeiro, conta a história de um menino que sai para a floresta em busca de sustento para sua família. Neste desafio, ele é surpreendido ao encontrar uma árvore com maçãs de ouro. A partir deste ponto, a narrativa conduz o leitor aos mistérios que envolvem o tesouro que o menino encontrou. As maçãs de ouro modificaram a vida de Bentinho, mas a mensagem central da história está nas características da personalidade dele. O Rio de Janeiro irá receber o autor para o lançamento da obra neste sábado (08), às 15h, na Pequeno Benjamim Livraria (Rua Visc. de Pirajá, 595 - Loja 113 - Rio de Janeiro / RJ), e no domingo (09), às 16h, o evento de lançamento será na Blooks Livraria (Praia de Botafogo, 316 - Lojas D e E - Rio de Janeiro / RJ).