A Flip 2022, marcada excepcionalmente para novembro, de 23 a 17, escolheu a autora Maria Firmina dos Reis como a homenageada da sua 20ª edição. Considerada a primeira romancista negra do Brasil, a escolha de Maria Firmina faz parte do tema central da festa literária deste ano, que procurará “ver o invisível” e dar voz ao que está nas margens. A ideia do trio curador – formado por Milena Britto, Fernanda Bastos e Pedro Meira Monteiro – é justamente trazer autores de diferentes lugares e gêneros para expandir as vozes e os temas abordados no evento. “Pensamos em dar o recado do que essa Flip quer representar, já a partir da homenagem, e trazer para o centro uma autora que foi ignorada por muito tempo e que tem sido trazida à tona e trabalhada, sobretudo, por pesquisadoras mulheres”, explicou Fernanda durante a coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça. A programação, com 17 mesas divulgadas até agora e participação de nomes importantes como a francesa Annie Ernaux, o chileno Benjamín Labatut, a cubana Teresa Cárdenas, Ana Flávia Magalhães Pinto, Fernanda Miranda, Lilia Schwarcz, Lenora de Barros, Ricardo Aleixo, Patricia Lino, Amara Moira, Ricardo Lísias, Veronica Stigger, entre outros, foi pensada com o objetivo de conversar com tudo o que Maria Firmina representa. “A ausência e invisibilidade dela é muito gritante e devolve um espelho retorcido para o Brasil. É com essa distorção que quisemos mexer quando montamos a programação dessa edição”, explicou Pedro Maia. Clique no Leia mais para saber outros detalhes da 20ª edição da Flip.

A Amazon apresentou nesta terça-feira (13) a nova geração de seu e-reader, o Kindle. O dispositivo vem mais leve, compacto, com tela de alta resolução de 300 ppi de seis polegadas antirreflexo, carregamento USB-C, bateria com até seis semanas de duração, iluminação embutida ajustável, modo noturno e 16GB de armazenamento, o dobro da capacidade da geração anterior do gadget. A pré-venda digital começa hoje, e os dispositivos vão ser enviados a partir de 13 de outubro. O novo Kindle estará disponível a partir de R$ 499, nas cores preto e azul. Novas capas de tecido estarão disponíveis em preto, rosa, azul, verde e lavanda. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Em outubro, de 18 a 20, Camila Cabete, head of content da Árvore e colunista do PN, fala na Universidade do Livro sobre os novos modelos de negócios para produtos editoriais digitais. Com a pandemia, os livros digitais ganharam mais importância e alcance, mas, ao mesmo tempo, os novos modelos de negócio também apareceram com mais força. É streaming? É empréstimo? Estão querendo me roubar? É justo? Quando temos no mercado mais perguntas do que respostas, vem o medo, a desconfiança e, consequentemente, a negação. Por isso, os três encontros foram pensados para que os alunos possam conhecer os novos atores do mercado, os modelos de negócios e as tecnologias que despontam no horizonte. As aulas terão duração de duas horas e serão realizadas pelo Google Meet, com exposição do conteúdo pela professora. As inscrições podem ser feitas até 18 de outubro, e o investimento pode ser parcelado em até três vezes de R$ 102. Para mais informações é só clicar aqui.

A Boitempo abriu uma vaga para assistente de direitos autorais. A editora pede que os/as candidatos/as tenham graduação completa ou estejam no último ano em Editoração, Letras, Administração ou Direito; saibam falar, escrever e ler em inglês e tenham conhecimento geral do pacote Office. A pessoa contratada será responsável pela organização de processos de contratação de obras brasileiras, estrangeiras e licenciamentos de textos e imagens para o mercado (incluindo audiovisual) e o PNLD; cuidará do controle e elaboração dos relatórios de direitos autorais com proprietários; e criação de materiais para negociação de direitos para o exterior. A vaga é CLT, com benefícios, para trabalho em período integral, na cidade de São Paulo. Interessados devem enviar currículo até o dia 15 de setembro para o e-mail curriculos@boitempoeditorial.com.br.

Lviv é a maior cidade do Oeste da Ucrânia e foi pouco afetada pelos combates que assolam o país desde a invasão das tropas russas, em fevereiro. E será de lá que um evento vai transmitir a voz de autores e intelectuais ucranianos, em conversas virtuais e presenciais com alguns do escritores mais renomados do planeta. O Lviv BookForum está marcado para o período de 06 a 09 de outubro. Os 15 encontros da programação terão transmissão on-line e gratuita pelo site do festival, em parceria com a produtora inglesa Hay. Entre os participantes estarão nomes conhecidos mundialmente, como a canadense Margaret Atwood [foto], o britânico Neil Gaiman e o tanzaniano Adbulrazak Gurnah, entre outros. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Luccas Neto não parece estar satisfeito em fazer a garotada brasileira grudar em seus livros, shows, DVDs e no vasto conteúdo de seu canal no YouTube, o Luccas Toon. Nome constante nas listas dos mais livros infantojuvenis mais vendidos no Brasil nos últimos anos, agora ele atravessa o Atlântico para lançar uma obra em Portugal. Já faz tempo que ele também atrai atenção dos miúdos portugueses, mas este lançamento é diferente de outros já feitos no país. O meu incrível diário de Luccas Neto é a primeira obra do influencer infantojuvenil escrita e publicada com vocabulário lusitano, o chamado "português de Portugal". Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Está marcada para os dias 10 e 11 de dezembro a Virada Nerd 2022. O evento anual é organizado pela loja de HQ Devir, e conta com a participação de livrarias especializadas espalhadas pelo Brasil. A proposta é envolver toda a cadeia de produção dos quadrinhos, aproximando editores, distribuidores, lojas e leitores. Já uma tradição no calendário geek, o evento promove dezenas de atividades relacionadas ao mundo dos quadrinhos, jogos de tabuleiro e cards colecionáveis. Está aberta a chamada para lojistas e editores que quiserem participar, até 20 de setembro. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A escritora Rita Ribeiro lança nesta quarta-feira (14), às 19h, na Casa do Grupo Mulheres do Brasil (Rua Tomás Carvalhal, 681, Paraíso - São Paulo / SP), a obra O Brasil por 22 mulheres que fizeram história. Abrangendo os 200 anos de Brasil independente, o texto quer mesclar a biografia dessas personagens com episódios relevantes na história do país. Lançada pela editora In Touch.Art, a obra está dividida em dois volumes, de 1822 a 1922 e de 1922 a 2022, nos quais a autora se propôs a incluir fatos até agora pouco explorados nos livros de história. O lançamento terá um bate-papo reunindo Rita Ribeiro, Luiza Trajano e a ativista feminista Maria da Penha. A mediação será da jornalista Maria Fernanda Rodrigues. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Nesta quinta (15), a editora Carambaia e a Livraria LDM se juntam para o lançamento de A vida e a época de Frederick Douglass – Escritas por ele mesmo, de Frederick Douglass. O evento, que terá a participação de Luciana da Cruz Brito, historiadora e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, e de lacy Maia Mata, professora de História da América na Universidade Federal da Bahia, está marcado para começar às 19h, na loja do Shopping Bela Vista (Al. Euvaldo Luz, 92 - L2 - Horto Bela Vista - Salvador / BA). Frederick Douglass se tornou o estadunidense mais fotografado do século XIX e uma das figuras públicas mais influentes dos EUA no mesmo século. Em A vida e a época de Frederick Douglass, sua voz proeminente no movimento abolicionista narra toda a trajetória de sua vida, da infância como escravizado em uma plantation em Maryland, passando pela conquista da liberdade e por uma brilhante carreira pública como escritor, orador, intelectual, líder abolicionista e político. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota.

Quando passou 24 horas encarcerado em Concord, Massachusetts, por recusar-se a pagar seus impostos, Henry David Thoreau talvez não imaginasse que entraria para o panteão dos filósofos e cientistas políticos mais importantes da história. Em um cenário em que os EUA mantinham as engrenagens escravocratas a todo vapor, enquanto enviavam soldados para a morte na Guerra do México, Thoreau escolheu rebelar-se contra as práticas injustas do governo ao recusar-se a sustentá-lo e assim surgiu a obra A desobediência civil (Antofágica, 224 pp, R$ 69,90). A dívida era de apenas um dólar e cinquenta centavos, mas a ideia que o filósofo inaugurava era de magnitude imensurável: nem toda lei é justa e, se obedeço a leis injustas, sou também culpado pela perversidade do sistema. Embora o conceito de desobediência civil tenha surgido como fruto da consciência individual, ele se desenvolveu historicamente enquanto ferramenta de luta coletiva pela transformação social. A nova edição da Antofágica conta com intervenções artísticas de Mateus Acioli e tradução inédita de André Czarnobai.

Em um mundo repleto de informações, opiniões e discussões acaloradas, está cada vez mais difícil participar de debates minimamente saudáveis, sobretudo nas redes sociais. Repetidamente, nos vemos embrenhados em batalhas verbais, empunhando palavras afiadas e ofensas em que um lado sai vencedor – e o outro, destruído. Mas a verdade é que, para além do conforto que um simples diálogo pode proporcionar, um debate saudável e racional é capaz de trazer uma vasta troca de ideias, novos conhecimentos e – por que não? – até mudança de opinião. Em Como vencer um debate tendo razão (Planeta, 160 pp, R$ 46,90), o filósofo Henry Bugalho resgata a tradição da filosofia ocidental, baseada no pensamento racional e crítico, para mostrar como identificar argumentações falhas, falácias lógicas, informações incorretas e agentes maliciosos. Ele também oferece um guia prático de como conceber um argumento bem elaborado, com clareza, persuasão e, acima de tudo, ética para que o leitor possa vencer um debate no qual tenha, sim, razão.

Com um teor “radicalmente humorístico”, A religião do capital (100/cabeças, 160 pp, R$ 42), do jornalista marxista e escritor franco-cubano Paul Lafargue (1842-1911), conta com três artigos nos quais o autor aborda, com clareza teórica e ironia sagaz, temas centrais do movimento comunista. A religião do capital, O socialismo e os intelectuais e A questão da mulher são panfletos, escritos no contexto da Europa revolucionária, nos anos de 1880, com objetivo de popularizar a teoria e métodos marxistas. Publicados em jornais como L’Égalité, de Paris, o trabalho fez parte de projeto de divulgação de propaganda marxista, levado por mais de 30 anos por Lafargue, que além de ativo militante, foi também genro do autor de O Capital. A vivacidade da linguagem e do formato, que aborda de forma satírica problemas ainda atuais, são temas aprofundados no prefácio do livro, escrito por Iná Camargo Costa, professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). A tradução ficou a cargo de Alexandre Barbosa de Souza, que também escreveu o texto Lafargue, o primeiro marxista, que acompanha a edição. O projeto gráfico do livro foi feito por Daniel Justi.

Scott Hershovitz é professor de Direito e Filosofia, além de pai de Hank e Rex, com quem aprendeu que, desde muito novas, as crianças levantam questões que vão além de simples perguntas infantis. Elas recriam discussões antigas. E desenvolvem outras inteiramente novas. As crianças não têm medo de parecer tolas e, por isso, perguntam os "comos" e os "por quês" sobre todas as coisas, desafiando as respostas que recebem. Em Aventuras pela filosofia com meus filhos (BestSeller, 378 pp, R$ 59,90 - Trad.: Alessandra Bonrruquer), Hershovitz conduz o leitor por uma viagem leve e descontraída pela filosofia clássica e contemporânea, seguindo o olhar filosófico de seus dois filhos pequenos. Um livro inspirado por crianças, mas feito para adultos, Aventuras pela filosofia com meus filhos usa uma linguagem simples e divertida para discutir os pontos principais a respeito dos mais profundos mistérios sobre o mundo e nosso lugar nele. A trajetória conta com a ajuda de filósofos profissionais, famosos e menos conhecidos. A obra ensina ainda sobre a importância de pensar de maneira colaborativa com as crianças, desenvolvendo um senso crítico mais completo.