Na última semana, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) divulgou a sua já tradicional lista com as obras selecionadas para receber o selo Altamente Recomendável FNLIJ 2022. A seleção foi realizada com a colaboração de 24 especialistas que compõem o quadro de leitores-votantes da fundação. No total, 146 títulos receberam o selo Altamente Recomendável, representando 27% dos 546 de títulos analisados, maior do que os 94 selecionados em 2021 (20% dos 477 títulos recebidos). As obras são divididas em 13 categorias: Criança (24 obras selecionadas), Jovem (21), Poesia (23), Reconto (4), Informativo (13), Tradução / Adaptação Criança (26), Tradução / Adaptação Jovem (13), Tradução / Adaptação Reconto (2), Tradução / Adaptação Informativo (3), Literatura em Língua Portuguesa (6), Teatro (2), Teórico (5) e Livro de Imagem (4). O Grupo Companhia das Letras (Companhia das Letrinhas, Pequena Zahar e Brinque-Book) saiu na frente com 27 obras selecionadas. Editoras como FTD (8), Peirópolis (6), Grupo Santillana (Moderna e Salamandra, 4), Caixote (4), Amelì (3), Melhoramentos (3), Elo (3), Globinho (3), Ôzé (2), Solisluna (2), Maralto, Aletria, Olho de Vidro, VR, Pallas, Trioleca, Nemo, Record, Editora do Brasil, Lê, SM, Quatro Cantos, entre outras, tiveram obras selecionadas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo publicou no Diário Oficial do Estado de São Paulo a lista completa de habilitados e inabilitados na 15ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura, o maior do país em premiação individual para o gênero. O Prêmio conta com duas categorias: Melhor Romance do Ano de 2021 e Melhor Romance de Estreia do Ano de 2021, e cada ganhador recebe um prêmio de no valor de R$ 20 mil. Este ano, a premiação alcançou a marca recorde de 317 inscritos de diversas regiões do Brasil e outros países, tais como: Reino Unido, Portugal, Itália, Espanha, França, além dos EUA. Entre as inscrições habilitadas, estão nomes como Mario Prata (O drible da vaca / Record), Juliano Garcia Pessanha (O filósofo no porta-luvas / Todavia), Heloisa Seixas (O livro dos pequenos nãos / Companhia das Letras), Ale Santos (O último ancestral / HarperCollins), Joca Reiners Terron (O riso dos ratos / Todavia) e Micheliny Verunschk (O som do rugido da onça / Companhia das Letras). Outras 56 obras tiveram suas inscrições inabilitadas por diferentes motivos, sendo o mais comum não terem enviado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa os dez exemplares, a ficha de inscrição e o comprovante de inscrição on-line exigidos pela premiação. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nesta semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 18 e 24 de setembro. Entre elas estão Reino de Ferro (Galera), o terceiro volume da série Contos de Fadas Modernos, da americana Holly Black; a edição atualizada de Paulo Leminski (Tordesilhas), biografia do poeta escrita por Toninho Vaz; Filósofas (Maquinaria Editorial), obra na qual Natasha Hennemann e Fabiana Lessa resgatam mulheres com trabalhos relevantes na Filosofia, um campo de estudos predominantemente masculino; e o primeiro número da nova série de gibis da Marvel, Avante, Vingadores (2022), que coloca Hulk, Motoqueiro Fantasma, Homem de Ferro e outros heróis num universo paralelo. Clique aqui para conferir todas elas. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A Faro Editorial lança este mês o primeiro álbum de HQ pelo selo Poseidon, criado para o gênero. E a obra de estreia anima qualquer fã de quadrinhos, porque reúne dois "bambas" dos gibis americanos nos últimos 20 anos. Mark Pellegrini escreve e Mitch Breitweiser desenha Galo de Briga, protagonizado por Frankie Cooper, um herói em decadência que vive da pouca fama que lhe resta do passado. No enredo, ele enfrentará o maior desafio que poderia imaginar: lutar contra um punhado de vilões presos por outros super-heróis e que, agora livres, estão sedentos por vingança para cima de qualquer um que use máscara e capa. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Foi divulgada a lista de inscrições válidas para o primeiro Prêmio Candango de Literatura. Entre mais de 2 mil obras enviadas à organização do prêmio, 1.465 estão habilitadas e vão passar pela avaliação do comitê julgador. A lista completa está no site da premiação, contendo a categoria, o título da obra e o autor classificado. Chama atenção o fato de alguns autores chegarem a mandar mais de 20 títulos para a seleção. O prêmio é atraente porque vai distribuir R$ 180 mil aos vencedores e contempla livros lançados em primeira edição no ano de 2021. A disputa, dividida em várias categorias, agrupa 239 projetos de capas, 88 projetos gráficos, 190 livros de contos, 523 título de poesia e 360 romances. Também foram habilitadas 44 inscrições para o Prêmio Brasília, voltado a autores que residem no Distrito Federal. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Aletria, casa editorial voltada especialmente para o público infantil e juvenil, lançou um novo selo, o Cafuné Edições. O novo segmento terá livros voltados para os bebês e para a primeira infância (zero a três anos). De acordo com a editora Rosana de Mont’Alverne, a ideia é experimentar possibilidades dentro do universo do livro, brincando com materiais, como o tecido, com formatos amigáveis para as mãozinhas dos bebês e apostando no livro-objeto. “Nós queríamos ampliar o catálogo da Aletria introduzindo livros que acolhessem as necessidades dos bebês, daí criamos a Cafuné. É um jeito lúdico e encantador de ofertar a boa literatura junto com as possibilidades de aquisição de outras habilidades, que devem ser cultivadas desde cedo”, explica Rosana. O selo inaugura com a publicação de O cocô do urso Clodoaldo, de Thais Morello e ilustrações de Clara Gavilan e que propõe uma abordagem lúdica de um tema que marca as fases de crescimento da criança. No livro, após reclamar de não conseguir controlar o seu cocô, o urso Clodoaldo começa a perguntar para outros animais o que fazer, e cada um compartilha hábitos e dicas. Algumas são absorvidas pelo personagem ao longo do livro. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Depois de transmitir por dois anos e meio os programas diretamente na casa dos palestrantes, por causa da pandemia de covid-19, o Café Filosófico CPFL está de volta ao estúdio, em Campinas, a partir desta quinta-feira (04), com transmissão pelo YouTube. As gravações voltam a ser semanais, com a presença do público em um novo cenário montado no Instituto CPFL, que pode acomodar 130 pessoas na plateia. A tradução em Libras, antes disponível apenas na janela da transmissão on-line, vai ser oferecida também no local. A volta do público está marcada para hoje, a partir das 18h. A entrada respeitará a lotação do espaço, por ordem de chegada. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Completando 12 anos de existência em 2022, o projeto De Modo Geral: revista ao vivo do comportamento brasileiro terá o seu retorno presencial neste sábado (06), às 17h, na Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, 58, Sumarezinho – São Paulo / SP), e contará com as participações de Bruna Beber, Evandro Cruz Silva, Juliana Faddul, Maria Isabel Iorio e Mário Medeiros. O evento, comandado por Paulo Scott e Mauro Dahmer, é o primeiro a trabalhar a proposta de revista ao vivo - com a combinação de crônicas, entrevistas, leituras, debates, trilha sonora eletrônica de composições brasileiras, teatro e esquetes, performances musicais e vídeos selecionados na hora e disparados, conforme as ideias vão sendo lançadas nas conversas. O De Modo Geral busca ainda apresentar os novos nomes que surgiram no panorama literário brasileiro junto com nomes consagrados. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota.

A editora Paris de Histórias, criada por Natalia Bravo para oferecer ao público brasileiro um quadro amplo da literatura contemporânea em língua francesa, faz no fim de tarde desta quarta quinta-feira (04), às 17h, uma live pelo Zoom para o lançamento de A casa dos coelhos (128 pp, R$ 45), de Laura Alcoba [foto]. Autora e editora discutem a obra, como mediação de Aline Aimée, do Leia Mulheres RJ. Argentina radicada em Paris, Laura coloca no livro memórias de infância para resgatar momentos difíceis em que ela morava com a mãe e outros militantes Montoneros na periferia de La Plata. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Cientista social e professor da Unifesp, Davison Faustino lança em São Paulo nesta quinta-feira (04), às 19h, Frantz Fanon e as encruzilhadas: teoria, política e subjetividade (Ubu Editora, 320 pp, R$ 69,90). Ele vai conversar com o público na HG Publicações (Galeria Metrópole - Av. São Luís, 187 - São Paulo / SP) ao lado da socióloga e professora da USP Márcia Lima. Estudioso do racismo, do movimento da negritude e da produção intelectual negra no Brasil contemporâneo, Deivison Faustino é o maior especialista da obra de Fanon no Brasil. Psiquiatra e filósofo político nascido nas Antilhas Francesas, Fanon (1925-1961) é um dos nomes mais influentes nos estudos pós-coloniais, na teoria crítica e no marxismo. Sua obra se preocupa com as consequências humanas, sociais e culturais da descolonização. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

As manifestações de junho de 2013 inauguraram uma sequência de eventos que destroçou os pactos institucionais. O período de instabilidade política e econômica que se seguiu aos protestos, sacudido pela Lava Jato e pelo impeachment de Dilma Rousseff, desembocou na eleição de Bolsonaro e na transformação completa da paisagem política nacional. O futuro, porém, não depende apenas do cenário eleitoral: para o autor, as forças de extrema direita representadas por Jair Bolsonaro vieram para ficar. Eis o processo que Marcos Nobre retraça, disseca e explica na obra Limites da democracia (Todavia, 320 pp, R$ 74,90). Nobre é professor da Unicamp e presidente do Cebrap. É também autor de A teoria crítica e, pela Todavia, publicou Como nasce o novo (2018) e Ponto-final: A guerra de Bolsonaro contra a democracia (2020).

Dez anos separam dois Brasis distintos. O país que no início do século parecia estar decolando com perspectiva de se tornar uma das grandes potências do mundo perdeu o rumo em menos de uma década. Da euforia dos tempos em que era chamado de “bola da vez”, o Brasil viu seu prestígio desabar e passou à depressão de se ver quase um pária internacional, isolado e sem influência. É com essa avaliação que o jornalista e pesquisador em imagem internacional do Brasil Daniel Buarque inicia sua obra, intitulada O Brazil é um país sério? (Pioneira, 208 pp, R$ 69,90). Em uma coletânea de ensaios e artigos produzidos pelo autor ao longo de mais de uma década, o livro apresenta e propõe ao leitor reflexões sobre os diferentes aspectos relacionados ao status do país perante o mundo, os quais estão ligados à reputação política e econômica, entre os anos 2010 e 2020. Para tanto, o especialista analisa a percepção externa desta década por meio de aspectos teóricos e práticos, discutindo os impactos da imagem global para a realidade brasileira. Apesar da pergunta que virou título da obra, o novo livro não pretende fazer um julgamento sobre a situação do Brasil, mas entender a transformação do prestígio nacional.

Poucos intelectuais e comentaristas políticos tinham tanta certeza quanto Jessé Souza de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff se tratava da fachada perfeita para um típico golpe de Estado à moda brasileira. Naquele momento, Jessé cumpriu uma difícil tarefa: explicar como a “cultura de golpes de Estado”, promovida historicamente pela elite contra as políticas públicas de inclusão dos mais pobres – como aconteceu com Getúlio Vargas e João Goulart –, estava em franca atuação sem que a população se desse conta disso. Para ele, a movimentação política de 2016 recolocou em cena o falso moralismo da classe média indignada, que se valeu do argumento do “combate à corrupção” para, na prática, manter seus privilégios diante dos mais pobres e a exclusividade da primeira fila de sustentação da elite. Essa indignação se descolou dos grandes protestos de 2013 para ganhar a representação, manipulada e inflada pela mídia, da “vontade popular” que tomou as ruas nos atos pró-impeachment, anos depois. A herança do golpe (Civilização Brasileira, 182 pp, R$ 49,90), portanto, não é o governo Michel Temer, como primeiramente se poderia crer. Para Souza, a herança do golpe é o bolsonarismo, um conjunto de manipulações cognitivas e emocionais que explora a fragilidade das pessoas que não conhecem as razões de sua pobreza e humilhação. É justamente essa estratégia de dominação – fruto de uma ideologia racista, excludente e autoritária – que Jessé Souza quer desarmar neste livro.

Trump pregou uma peça no mundo político, em 2016, quando chegou à presidência dos EUA sem experiência governamental ou militar e dominando o Partido Republicano. No mandato, demonstrou capacidade para alterar o estado das coisas. Entregou resultados substanciais a seus apoiadores, como redução de impostos, desregulamentações ambientais, reformulação do judiciário federal. No âmbito externo, retirou apoios a acordos multilaterais, mudou regras migratórias, provocou duras disputas com a China. Terminou o governo com dois processos de impeachment. “Como entender o êxito extraordinário de um personagem tão transgressor e o domínio que exerceu sobre seus pares? Como caracterizar as diretivas de seu governo em suas múltiplas faces? Como interpretar as circunstâncias e os desdobramentos da eleição em que foi derrotado em seu intuito de se manter por mais quatro anos no cargo?”, questionam os autores. Os ensaios reunidos em De Trump a Biden (Editora Unesp, 384 pp, R$ 69) e organizados por Sebastião C. Velasco e Cruz e Neusa Maria P. Bojikian abordam temas dessa ordem e refletem sobre a agenda desafiadora de Biden e o papel dos EUA no sistema internacional.