A Bienal Internacional do Livro de São Paulo encerrou sua 26ª edição neste domingo (10) com um recorde de público, nove espaços oficiais e 1.500 horas de programação cultural diversa. Organizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pela RX, a Bienal recebeu 660 mil visitantes – número 10% superior ao público da edição de 2018 – e, segundo pesquisa realizada pela SMTur - Secretaria Municipal de Turismo, através do Observatório do Turismo, da São Paulo Turismo (SPturis), o ticket-médio foi de R$ 226,94, um aumento de 40%. A demanda apurada pela Bienal foi de sete livros por pessoa. A nova casa do evento – o Expo Center Norte – recebeu aprovação de 69,3%, e o índice de satisfação dos expositores se situou em 87%, que supera em 25% o grau de aceitação plena da edição de 2018. Além dos números positivos e do bom resultado com o público, interessa saber se o evento valeu a pena para as 182 editoras que investiram em grandes estandes e levaram suas obras e autores para a Bienal. Por isso, o PublishNews conversou com algumas delas para saber o balanço geral de cada uma. O que se pode observar nesta edição é a grande influência que o TikTok exerce nas vendas de livros, com diversas editoras reportando grande procura por obras que fazem sucesso na rede social. Outro destaque foi a procura por obras escritas por mulheres. Na Rocco e na Record, por exemplo, elas dominaram os rankings dos mais vendidos. Além do bom resultado nas vendas, merece atenção a construção dos estandes das editoras. O que a maioria teve em comum? Espaços para interação com o público com cenários "instagramáveis", para serem fotografados e compartilhados. Além disso, a grande maioria apostou em estandes mais abertos, com maior espaço de circulação e artifícios para que os leitores achassem facilmente as obras que procuravam. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A editora Lote 42 abriu inscrições para selos, artistas e coletivos independentes interessados em participar da próxima edição da Miolo(s), feira de arte gráfica realizada na Biblioteca Mário de Andrade, região central de São Paulo. Gratuita tanto para os expositores quanto para o público, a nona edição da Miolo(s) está programada para os dias 05 e 06 de novembro, voltando ao formato presencial após dois anos. Para participar do processo de seleção dos expositores é necessário preencher formulário no site oficial do evento, até o dia 25 de julho. A feira busca apresentar editoras, coletivos e artistas independentes de diferentes áreas, como arte gráfica, literatura, quadrinhos, livro de artista e não ficção, entre outras. A ideia é promover um encontro direto entre editores e público. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Se a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo terminou neste domingo (10) com recordes de visitantes e vendas, a sexta edição do InterLivro – Encontro Internacional dos Profissionais do Livro também fechou uma semana muito bem-sucedida em sua missão de trazer ao mercado livreiro as ideias de grandes nomes nacionais e internacionais, em discussões relevantes para o setor. E o Podcast do PublishNews aumenta o alcance influenciador desses debates. Realizado pelo PublishNews dentro do espaço Papo de Mercado, o InterLivro teve vários convidados célebres, mas o painel mais esperado foi o que teve a recepção mais empolgada da plateia. Trata-se da participação do britânico James Daunt. Desde 2011, ele é CEO da maior rede britânica de livrarias, Waterstones, e desde 2019 também é CEO da Barnes & Noble, gigantesca rede americana. Daunt é a estrela do Podcast PN que está no ar. Bem-sucedido no processo de resgatar a Waterstones da maior crise de sua história, Daunt trilha o mesmo caminho com a Barnes & Noble, credenciais mais do que suficientes para justificar o nome do painel “Como salvar sua livraria”. Em vídeos pré-gravados, ele fez uma explanação inicial sobre o que considera essencial para abrir, tocar e, se necessário, salvar uma livraria. Foi didático, direto ao ponto, simples e simpático. Além de sua curta mas poderosa aula, Daunt respondeu em outro vídeo a perguntas do editor-chefe do PublishNews, Thales de Menezes. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O jornal The New York Times publicou no final de semana reportagem que aponta pelo menos 300 novas livrarias independentes abertas no país durante os últimos dois anos, e uma diversidade maior entre os perfis dos novos pontos de venda. Os livreiros entrevistados exibem essa diversidade. Um grupo de empreendedores no qual mulheres, afro-americanos e asiáticos que abrem suas lojas projetando em seus estoques seu perfil pessoal. Há relato de lojistas que conseguiram recuperar o investimento inicial em quatro meses. Allison Hill, à frente da American Booksellers Association, entidade que reúne livreiros independentes, se diz chocada com o aumento de associados. Em julho de 2020, sua lista de membros registrava 1.689 lojistas. Hoje, são 2.023 associados, e Allison fala em dados preliminares que indicam cerca de 200 livrarias começando a funcionar dentro de um ou dois anos. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Durante o segundo final de semana Bienal Internacional do Livro de São Paulo, poucos textos publicados na chamada grande imprensa fugiram do que aconteceu dentro do Expo Center Norte, que abrigou o evento. Mas há vida fora da Bienal. A Folha destacou um dos principais nomes que consolidaram a posição do jornal do mercado editorial brasileiro nas últimas décadas: o colunista de humor José Simão. Ele lança Definitivamente Simão (Objetiva), seu livro de memórias escrito a pedido de Matinas Suzuki, diretor da Companhia das Letras. A obra passa pela infância de Simão em São Paulo, pelo desbunde na contracultura no Rio de Janeiro dos anos 1970, pela paixão dedicada à Bahia e por suas viagens pelo mundo, sempre com olhar curioso e debochado que encontrou vazão em colunas de humor dentro do caderno Ilustrada. O Globo trouxe resenha de Lázaro (Alfaguara), mais uma aventura do detetive sueco Joona Linna, e tenta listar os elementos que fizeram o sucesso desse thriller à moda antiga que já vendeu 14 milhões de exemplares no mundo. O livro é mais um best-seller de Lars Kepler, ou, na verdade, do casal de escritores Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril, por trás do pseudônimo. Entre alguns dos crimes mais brutais da literatura policial contemporânea, os apuros vividos por Joona Linna fazem o leitor enveredar por paisagens escandinavas sombrias. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Editora Coquetel, que publica passatempos e jogos inteligentes, abriu uma vaga de estágio em comunicação. É preciso estar no quarto ou quinto período da graduação de Letras ou Jornalismo, ter boa redação, capacidade de síntese, ser pontual e saber trabalhar em grupo. As responsabilidades do cargo incluem a análise de palavras, revisão e seleção de textos e análise de um diagrama de caça -palavras. Interessados devem encaminhar currículos para thuany.goncalves@ediouro.com.br mencionando assunto o nome da vaga.

A editora Valentina está com uma vaga de estágio aberta na área de design. O(a) candidato(a) será responsável por dar apoio à criação com foco em desenvolvimento de arte para redes sociais, banners e outros materiais. Também contribuirá com ideias e ajudará na definição de estratégias. Os requisitos da vaga são estar cursando Design a partir do 2º período, ter conhecimento em Mac, Adobe Illustrator, Photoshop e InDesign. A carga horária é de cinco horas diárias e a editora oferece bolsa auxílio de R$ 1 mil e vale-transporte. Interessados(as) devem enviar e-mail para rafael@editoravalentina.com.br.

A TAG – Experiências Literárias completa este mês oito anos de história. Para celebrar a data, o maior clube de livros por assinatura do Brasil convidou o artista Eduardo Kobra – internacionalmente conhecido por seus murais e obras de grandes formatos – para assinar os projetos gráficos comemorativos. Desde o seu nascimento, a TAG desenvolve projetos gráficos para marcar as experiências mensais que envia aos associados. Luva, marcador de página e revista compõem os projetos da empresa que já foi premiada diversas vezes tanto pelo design em si quanto pela inovação e impacto no mercado editorial. Neste mês de aniversário, os mais de 50 mil assinantes do clube receberão um livro com capa assinada por Kobra e outra obra surpresa. “O processo da criação de um pequeno formato é inverso e, pelo estilo do meu trabalho e linguagem, se torna mais complexo. Eu acabo levando mais tempo criando uma peça pequena do que uma peça grande. Nesse processo, eu desenvolvi pelo menos dez diferentes caminhos para chegar ao resultado final”, detalha o artista. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Andrei mora em Nova York desde criança, até que seu irmão o convoca a voltar a Moscou para cuidar da avó que está à beira da demência. PhD em literatura russa, Andrei está em busca de uma bolsa de estudos ou de um emprego. O ano é 2008 e as perspectivas não são muito animadoras. A duras penas, começa a se situar naquele lugar tão próximo e ao mesmo tempo tão estranho. Sob o pano de fundo de um país em ebulição, vão se revelando histórias da família de Andrei, mas à medida que a doença de sua avó avança, o sentimento de inadequação do protagonista se torna mais intenso: ele precisa tomar um rumo e fazer escolhas que põem à prova sua lealdade. Um país terrível (Todavia, 416 pp, R$ 94,90 - Trad.: Bernardo Ajzenberg e Maria Cecilia Brandi), de Keith Gessen, reflete com sensibilidade sobre a história da Rússia contemporânea, um país em guerra constante com seus vizinhos e que desafia a compreensão do Ocidente.

Escrito por Alexandria Bellefleus, Presságios do amor (Harlequin, 382 pp, R$ 47,90 – Trad.: Alda Lima) conta a história de Darcy Lowell e Elle Jones. Depois de um encontro às cegas desastroso, Darcy está desesperada para impedir que seu irmão tente juntá-la com qualquer outra pessoa. Então ela mente, dizendo que o último encontro foi um sucesso, e não há mais necessidade de intervenção. Já Elle, uma das astrólogas mais populares do Twitter, sonha em encontrar sua alma gêmea, mas, depois de apenas um encontro, ela já pode riscar Darcy da lista. Ela é pragmática, certinha, cética e racional demais para alguém como Elle, um espírito livre, e ambas pareceram perceber isso logo de cara. Então imagine a surpresa de Elle quando o irmão de Darcy — e seu mais novo sócio — expressa sua felicidade por elas terem se dado tão bem. Só que Elle sabe que há algo pior do que estar em um relacionamento com alguém que você não suporta: aparecer em mais um feriado em família sozinha, vulnerável às críticas. Então ela concorda em fingir um relacionamento com Darcy, com duas condições: Darcy precisa fingir em frente à família de Elle também, e o acordo termina no dia do Ano Novo.

Quando a jovem e rebelde Alice recebe uma renda misteriosa, herança de uma antepassada que nunca conheceu, nem imagina que ela conta uma história de violência ocorrida cem anos antes, no interior de Pernambuco, envolvendo mulheres de sua família. Ao perceber que nas linhas e pontos que formam aquela renda há uma mensagem escondida, Alice começa a desvendar um código inventado por uma das rendeiras, Eugênia, como um subterfúgio para se comunicar com as demais, a despeito da opressão dos homens de sua vida. Essa jornada em busca da ancestralidade é o fio condutor de A maldição das Flores (Planeta, 256 pp, R$ 49,90), primeiro romance histórico de Angélica Lopes. Com décadas de experiência como roteirista e 18 títulos publicados para o público infantojuvenil, a jornalista mergulhou fundo nas raízes pernambucanas para contar a história das mulheres da família Flores, que no romance representam as primeiras rendeiras do interior de Pernambuco. Vítimas de uma sombria maldição, lançada por uma cigana traída e abandonada por seu grande amor, que predizia a morte prematura de todos os homens que cruzassem o caminho das Flores, elas fazem dos trabalhos em renda seu ganha pão. E vão além: passam a tecer neles mensagens em código por meio das quais conseguem se comunicar com outras mulheres oprimidas pelos homens de suas respectivas famílias. A maldição das Flores teve os direitos vendidos para a Itália e Portugal antes mesmo de ser lançado no Brasil.

Não escolhemos o que herdamos, mas podemos escolher quem nos tornamos? A morte de Eleanor Bennett deixa um mistério para seus dois filhos, Byron e Benny: uma gravação, que revela o tumultuado relato de uma nadadora que escapa de sua ilha natal sob circunstâncias de vida ou morte, e um bolo preto, receita tradicional caribenha e iguaria familiar de longa data. Reunidos depois de anos sem contato, os irmãos tentam juntar os pedaços de um quebra-cabeça que parece colocar em dúvida tudo que achavam saber sobre si mesmos e sua família.Resta a Benny, ressentida com seu irmão e com segredos próprios, e a Byron, magoado e sofrendo com as perdas recentes, descobrirem se as revelações de Eleanor serão capazes de uni-los e fazer com que eles entendam melhor seus pais. Bolo preto (Paralela, 304 pp, R$ 59,90 – Trad.: Karine Ribeiro), romance de estreia de Charmaine Wilkerson é cheio de traições, segredos e memórias afetivas que podem provocar consequências por gerações.