Há exatamente dois anos, em setembro de 2015, o PublishNews noticiava a chegada de Raquel Cozer aos quadros da Planeta. A jornalista trocava de lado, deixando a cobertura diária do mercado editorial na Folha de S.Paulo e indo para o dia-a-dia de uma editora. A notícia agora é que, depois de dois anos, ela deixa a Planeta e passa a ser a nova contratada da Intrínseca. Com a mudança de editora, Raquel, que é de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, volta a morar em solo fluminense depois de 17 anos de São Paulo. Raquel e Intrínseca fazem mistério sobre qual a área que a editora atuará na nova casa. Mudança também na Disal. Gleice Mori, que até então era supervisora de Marketing do grupo, deixa a empresa. No seu lugar, assume Lyrica Seki, que ficou por mais de 11 anos no Marketing da SBS. Para completar a dança das cadeiras, Fernando Barone deixa a Conrad, selo de quadrinhos do Grupo Ibep, e passa a ser editor-assistente da Panini. Na nova casa, Barone vai atuar na linha de frente dos colecionáveis e dos quadrinhos, de todos os selos da editora, como Marvel, DC, Millarverse, Bonelli e Dark Horse.

As Edições Sesc começaram a lançar as primeiras publicações feitas exclusivamente para o meio digital. Alguns dos livros também serão traduzidos para outras línguas. Entre as obras digitais estão: Tudo sobre tod@s: redes digitais, privacidade e venda de dados pessoais, de Sérgio Amadeu da Silveira; Um fantasma leva você para jantar, de Ulisses Capozzoli; Caderno Sesc_Videobrasil 12 – metafluxus, organizado por Rodrigo Maltez Novaes; e Improvisação: a revelação do inesperado, de Mauro Maldonato. O lançamento de títulos exclusivamente digitais e a tradução de obras para outros idiomas se somam à conversão de todo o catálogo da editora em e-books. Desde o formato que traz um número de páginas mais breve aos temas abordados, cada obra recebe um tratamento personalizado para que seu conteúdo seja adaptado às plataformas digitais de forma a manter seu valor conceitual, artístico e técnico. Com isso, as Edições Sesc São Paulo ampliam o alcance de seus títulos também ao mercado internacional, disponibilizando-os em mais de mil livrarias em todos os continentes. Com esta ação, a editora busca atrair novos leitores, ampliar o acesso ao seu catálogo e divulgar obras brasileiras no mercado internacional.

Se o livro é o alimento do espírito e o vinho é o alimento em forma líquida, os cariocas não tiveram do que reclamar nos últimos dois meses, quando a capital recebeu não um, mas dois megaeventos que podem ser considerados ‘gastronômicos’ por muita gente: o 5º Rio Wine & Food (19 a 27 de agosto) e a XVIII Bienal Internacional do Livro do Rio (31 de agosto a 10 de setembro). O 5º Rio Wine & Food, um festival que pretende democratizar e desmistificar o vinho, promoveu, ao longo de nove dias, eventos de degustação e harmonização da bebida em vários pontos da cidade, além de debater o segmento. Foram 12 países participantes, 125 expositores, 36 mil garrafas de vinho compradas e público estimado em 70 mil pessoas. Da mesma forma, a Bienal do Livro – o maior evento literário do país – buscando tornar o livro acessível a cada vez mais leitores, reuniu 300 autores em 360 horas de programação nos 80 mil m² do Riocentro, que resultaram em um público de 680 mil visitantes e aproximadamente 4,5 milhões de livros vendidos em 11 dias. Clique no Leia Mais e conheça iniciativas que estão ligando essas duas paixões.

A Escola do Livro (Rua Cristiano Viana, 91 - São Paulo / SP) realiza nos dias 22 e 24 de novembro, das 19h30 às 22h30, o curso Entre padres e roqueiros – Editando best-sellers de Não Ficção. O curso será ministrado por Amanda Orlando (Globo Livros), editora responsável por livros como Rita Lee, uma autobiografia, Humano demais, a biografia do Padre Fábio de Melo e muitos outros títulos de visibilidade no mercado editorial brasileiro. Será apresentado um panorama atualizado sobre o mercado de Não Ficção brasileiro. Os interessados podem fazer a inscrição pelo telefone: (11) 3069-1300 ou pelo e- mail escoladolivro@cbl.org.br. O investimento no curso é de R$ 250 para associados da CBL; R$ 300 para estudantes e professores e R$ 350 para profissionais do mercado.

Atualização: 19/09/2017 às 12:00

Entre os meses de setembro e novembro, escolas públicas do Distrito Federal e o SESC Gama recebem a segunda edição da Jornada Literária do Distrito Federal. Ao longo destes três meses, romancistas, poetas, ilustradores e quadrinistas, do DF e também de outras regiões do Brasil, irão desenvolver diferentes atividades com o objetivo de envolver crianças, jovens e adultos no universo da literatura. O programa teve início já nos primeiros dias de setembro, quando cerca de 300 professoras e professores da rede pública participaram de oficinas didáticas de mediação de leitura e de criação literária além de bate-papo sobre o papel da literatura na formação intelectual e sua importância para a inclusão social das crianças e jovens. Entre os dias 25 e 29 de setembro, todos esses alunos têm um encontro presencial com os autores dos livros lidos e explorados em sala de aula. Ao longo destes cinco dias, participam escritores e ilustradores, vencedores do Prêmio Jabuti de Literatura, como Ana Miranda (foto ao lado), Ivan Zigg, José Rezende Jr., Renato Moriconi, e outros residentes no Distrito Federal como Tino Freitas, Alexandre Pilati, Marco Miranda, João Bosco Bezerra Bonfim, Cristiane Sobral, entre outros, que conversarão sobre o mundo mágico da leitura. Segundo o curador do evento, João Bosco, “a Jornada tem o propósito de conectar diretamente leitores, livros e autores”.

Ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 1996, a escritora polonesa Wislawa Szymborska (1923-2012) será tema de uma palestra no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo / SP), no dia próximo dia 22. Na palestra, a tradutora Regina Przybycien analisa o contexto histórico polonês que forjou uma tradição poética específica, dedicada às grandes causas nacionais contra a qual a poesia de Szymborska se insurge. Sua poesia transcendeu fronteiras, dialogando com toda a cultura ocidental. A voz presente nos poemas descentralizava as narrativas patriarcais, criando um novo modo de olhar que podemos (ou não) chamar de lugar do feminino. A palestra acontece das 10h30 às 12h30 e a entrada custa R$ 15.

O Estadão lança logo mais, às 19h, o livro A Reconstrução do Brasil (150 pp, R$ 39,90). A obra reúne a série especial de reportagens, assinada pelo jornalista José Fucs e publicada pelo jornal entre setembro de 2016 e janeiro de 2017, sobre os grandes desafios do País pós-impeachment. Com prefácio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o livro traz ainda editoriais publicados pelo jornal a respeito dos principais temas abordados na série. “O objetivo foi oferecer uma contribuição para o debate em um dos momentos mais difíceis do Brasil em todos os tempos. Mais do que um diagnóstico dos grandes problemas nacionais, a ideia foi apresentar soluções para o País sair do atoleiro em que se encontra”, explica Fucs. O lançamento com sessão de autógrafos acontece na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP).

Para homenagear e relembrar a vida de mulheres que mudaram o mundo, a Fábrica de Cultura do Jardim São Luis (Rua Antônio Ramos Rosa, 651 – São Paulo / SP) recebe, nesta quarta-feira (20), a contação Mulheres que fizeram história, com a atriz e contadora Maribel. Inspirada no livro Infantil Histórias de ninar para garotas rebeldes – 100 fábulas sobre mulheres extraordinárias (V&R), de Elena Favilli e Francesca Cavallo, a contação homenageia mulheres como Yoko Ono, Cora Coralina, Virginia Woolf, Maya Gabeira, entre outras. “Senti a necessidade de reforçar a potência delas na história e inspirar meninas a estarem no mundo com mais verdade e liberdade, ao mesmo tempo em que desconstruímos nos meninos a ideia de que somente homens são capazes de mudarem a história”, conta Maribel. A atividade é livre, gratuita e acontece a partir das 10h.

De hoje até quinta-feira (21), os cantores Daniel, Wanessa Camargo, João Gordo e Luciana Melo; a atriz Viviane Araújo, e os escritores Pedro Bandeira e Thais Accioli estarão na Biblioteca Parque Villa-Lobos (Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001, Alto de Pinheiros - São Paulo / SP) para estimular crianças de cinco a 10 anos ao hábito da leitura. Como parte do projeto Lê Pra Mim?, os convidados irão ler dois livros por sessão de autores como Ruth Rocha, Ziraldo, Ilan Brenman, Rosane Pamplona e Luciene Regina Paulino Tognetta, numa ambientação lúdica e inspiradora. Mais de 18 mil crianças em todo país e 450 personalidades já participaram da iniciativa, que depois de São Paulo segue para o Rio de Janeiro e Maceió. As sessões acontecem às 10h, 11h, 13h e 14h, são abertas ao público e têm a participação de escolas públicas e instituições assistenciais.

A Biblioteca Pública Mário Lobo (Rua dos Expedicionários, 269), sucursal da Biblioteca Pública do Paraná em Paranaguá, realiza, no próximo dia 23, a segunda edição do projeto Uma noite na Biblioteca na cidade. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas diretamente na Biblioteca Mário Lobo até esta quarta-feira (20). Há 30 vagas, que serão preenchidas por ordem de inscrição. A programação tem início às 16h de sábado (23) e termina às 8h de domingo (24). Durante a noite, serão realizadas atividades culturais como dança, música, teatro, oficinas e gincanas. Com dez edições realizadas na BPP, o projeto também já foi levado a cidades da Região Metropolitana de Curitiba, como Campina Grande do Sul. O evento é destinado a crianças de 7 a 10 anos.

Os meninos que enganavam nazistas (Vestígio / Autêntica, 320 pp, R$ 44,90), de Joseph Joffo, conta a emocionante epopeia de duas crianças judias durante a ocupação alemã, narrada pelo olhar de Joseph, o irmão mais novo. É durante um dos períodos mais turbulentos da história que Joseph e Maurice, de apenas 10 e 12 anos de idade respectivamente, perambulam sozinhos pelas estradas tentando escapar da morte e em busca da zona livre para ganhar a liberdade. A história se passa entre 1941 e 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Em razão da perseguição aos judeus, os dois irmãos recebem de seu pai um pouco de dinheiro para que pudessem escapar sozinhos da Paris ocupada pelos nazistas. A caminho da zona livre, no sul da França, os garotos ficam inevitavelmente presos no redemoinho da guerra e são ajudados, ocasionalmente, pelas pessoas que os encontram no caminho.

O retrato (Companhia das Letras, 584 pp, R$ 52,90) é a segunda parte da famosa saga da literatura brasileira, O tempo e o vento. A trilogia de Erico Verissimo — formada por O Continente, O Retrato e O arquipélago — percorre um século e meio da história do Rio Grande do Sul e do Brasil, acompanhando a formação da família Terra Cambará. Nos dois volumes de O Retrato -- reunidos em um único tomo --, Rodrigo Terra Cambará, neto do heroico capitão Rodrigo, constrói uma imagem de político popular e generoso, enfrentando as contradições de seus afetos privados e reafirmando sua inteireza ética e sua coragem. Homem sedutor, torna-se líder populista e muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1945, porém, com a queda de Vargas, ele volta à cidade natal para um ajuste de contas com a família. No entanto, os Terra Cambará não se reconhecem mais no país que ajudaram a construir.

Após o suicídio de sua mãe, Norma Ross se vê sozinha no mundo. As duas foram companheiras por toda a vida, unidas pelo laço de sangue e por um grande segredo. Há uma magia em Norma - ao mesmo tempo uma dádiva e uma maldição: seus cabelos crescem muito mais rápido que o normal, sensíveis à menor mudança de humor. Por isso, ela e sua mãe, Anita, fizeram de tudo para proteger esse segredo de um mundo que a trataria como uma aberração, um caso a ser estudado. No entanto, agora, após a morte de Anita, Norma encontra fotos e vídeos no apartamento da mãe que revelam que ela sabia muito mais sobre seu problema do que dizia. Para encontrar as respostas sobre a morte de Anita, Norma passa a trabalhar no salão de cabeleireiro onde a mãe trabalhava. Mas, assim como Norma tem seus motivos para querer esse emprego, Lambert, o dono do salão e chefe de uma família ligada ao crime organizado, tem suas razões para querer manter a jovem sob vigilância constante. Presa numa rede de mentiras e paranoia, Norma precisa lutar por sua liberdade e para encontrar a verdade. Norma (Record, 322 pp, R$ 49,90), de Sofi Oksanen, é um drama familiar sombrio com tons fantásticos. Sofi Oksanen tece uma história que une passado e presente, apresentando aos seus leitores personagens e um mundo instigantes.

Com o namorado dos sonhos, ocupando o cargo de presidente do Conselho Estudantil e com a chance de ir para uma Universidade de Ivy League, a vida não poderia estar mais perfeita para Holland Jaeger. Ao menos, é o que parece. Até que Ceci Goddard chega na escola e muda tudo. Ceci e Holland têm sentimentos que não conseguem esconder, mas como todos ao redor vão lidar com este novo romance? Entre intrigas, preconceitos e a não aceitação dos pais, Ceci e Holland lutam para se manter juntas, mas o amor delas pode não ser tão forte quanto as críticas da sociedade. Não conte nosso segredo (Hoo Editora / Universo dos Livros, 352 pp, R$ 39,90) é o primeiro livro de Julie Anne Peters, autora best-seller no New York Times.

A garota que não queria lembrar (Pavana / Alaúde, 352 pp, R$ 42,50), de Maggie Lehrman, se passa em um mundo muito parecido com o nosso, com uma grande diferença: é possível usar um feitiço para consertar qualquer coisa. Contado a partir de quatro pontos de vista diferentes e com uma narrativa não linear, traz a história de jovens que têm que lidar com a verdade por trás da morte de um dos amigos e com as consequências da magia hekamista que os envolve desde crianças. As hekamistas são bruxas que podem preparar feitiços para ajudar quem está passando por dificuldades. Porém a magia tem consequências claras e um tanto imprevisíveis. Após a morte do namorado, Ari recorre a um feitiço para apagar Win da memória. Mas esquecer o rapaz não é tão simples, ainda mais depois que Ari percebe que entre seus amigos, seu namorado e até ela mesma há segredos demais. O romance navega entre passado e presente em uma narrativa que mistura amor, mistério e drama e, aos poucos, o livro vai desmanchando os estereótipos que, a princípio, o leitor possa ter criado.