Para ver um dragão (
Cai-cai, 32 pp, R$ 59) é um livro que nasce da herança cultural uchinanchu de sua autora e idealizadora, a escritora Carla Kinzo. Assim como a ilustradora convidada, Victoria Hattori, e tantos outros nipo-brasileiros, Carla descende da província japonesa de Okinawa, o antigo Reino de Ryukyu, marcada por tradições únicas dentro do Japão, resultantes do fluxo de encontros entre os nativos e as comunidades vizinhas oriundas da China e de outras partes da Ásia. Nesta prosa-poema ilustrada, o leitor não encontrará uma história, com começo, meio e fim, ou uma lição de moral, mas um convite à introspecção e à paciência – algo cada vez mais raro nos dias de hoje, mesmo no mundo imersivo da literatura.