'Nós entre três' reúne catorze contos que encaram o desejo como um direito, e o corpo como território de subversão, fricção e memória
Como escrever sobre o prazer das mulheres sem romantização, sem moralismo, sem colonização? Em seu livro de estreia, a jornalista, escritora e consultora em diversidade Monique dos Anjos aposta em uma literatura erótica que coloca o gozo — e não apenas o sexo — no centro da narrativa.
Nós entre três (
Telha, 124 pp, R$ 45) reúne catorze contos que encaram o desejo como um direito, e o corpo como território de subversão, fricção e memória. O livro conta com prefácio de Caroline Amanda, cientista social, psicanalista e especialista em saúde íntima, reprodutiva e sexual, além de fundadora da Yoni das Pretas, e comentários de contracapa de Mayumi Sato, pesquisadora de sexualidade que lidera a maior rede social de sexo do Brasil. Monique explora o erótico como espaço de liberdade — especialmente para mulheres negras, retintas, mães, maduras, inseguras, vaidosas, complexas.
Nós entre três busca recusar a lógica eurocentrada do casal perfeito e constrói enredos em que o sexo é suado, ambíguo, às vezes engraçado, às vezes brutal.