
No episódio, Adriana destaca a relação entre a experiência individual e coletiva da leitura, o papel das editoras e do mercado, turismo literário, a importância das fanfics e a representatividade nas narrativas. Aborda também os conflitos dentro dos fandoms, gerados pelo posicionamento de grandes figuras, como os casos dos escritores Neil Gaiman, autor de Sandman, e J.K. Rowling, de Harry Potter.
Adriana explica que a literatura é um dos pilares na área dos estudos de fandoms e diz que ser fã é sempre uma mediação entre essas duas identidades: uma coletiva e outra individual. A expressão fandom foi criada a partir da junção das palavras fã e reinado (kingdom, em inglês) para comunicar justamente a dimensão desse compartilhamento entre as pessoas que se identificam com um determinado produto cultural.
"Acontece uma retroalimentação no mercado", diz. A movimentação dos fandoms nas redes sociais e nos encontros presenciais é responsável por repercutir e gerar ainda mais conteúdo em torno de um um livro ou uma saga de livros. A partir daí, há também uma mistura entre uma espécie de trabalho não-remunerado que esses fãs passam a realizar, com a criação de produtos oficiais vindos de editoras e produtoras a partir da interação e até mesmo do capital social de influenciadores e gerenciadores de fã clubes, por exemplo.
Publicado às terças-feiras, este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes, Google Podcasts, Overcast e YouTube.
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