Romance brasileiro mergulha na lama e aprisiona em um torvelinho de violência, desejo, transgressão e magia
Movido pelos ecos de sua história, um podcast investigativo sai em busca de respostas e encontra uma intrincada e contraditória teia de personagens, imersa em subcultura e fantasmas, e, no meio disso, o vilarejo de Cococi, um local abandonado que esconde horrores de um passado colonial e fantástico. Em
Aranha movediça (
Moinhos, 232 pp, R$ 75), Moacir Fio cria um romance vertiginoso que se desdobra, se sobrepõe e se entrelaça, submergindo o leitor em uma narrativa febril e arqueológica. Transitando ora pela oralidade, ora por uma rebuscada prosa poética com inclinação para o gótico e o grotesco, Moacir é um dos novos escritores da leva de horror latino-americano, mas com um romance brasileiro, que mergulha na lama de sua origem e nos aprisiona em um torvelinho de violência, desejo, transgressão e magia.