O título da obra 'Nós não vamos à Igreja' tem como foco o desaparecimento de crianças e adolescentes em Exu-Mirim, comunidade que fica no interior do Nordeste
O escritor e jornalista cearense Frederico Feitoza lança
Nós não vamos à Igreja (
Cepe, 194 pp, R$ 65), um suspense regionalista contemporâneo e irônico. O título da obra tem como foco o desaparecimento de crianças e adolescentes em uma comunidade perdida no interior do Nordeste, denominada Exu-Mirim. A partir desse mistério, o autor levanta reflexões sobre fanatismo religioso, preconceito com os diferentes, discriminação, homofobia e violência doméstica. O livro seria um alerta para o fanatismo religioso que vem ocupando espaço na vida dos brasileiros, segundo o autor. “Nós não vamos à igreja é um pouco um manifesto sobre esse mal estar. Dessa obsessão cristã que vem martirizando o Brasil desde seu início e que parece estar com mais fôlego que nunca, na televisão, no congresso, nos bairros… Nesse sentido comecei a imaginar um microcosmos, uma vila no interior do nordeste, num lugar longínquo, que não sei bem onde, talvez Piauí, nas fronteiras com Pernambuco e Ceará, onde esse conflitos pudessem tomar corpo entre todo tipo de gente e estratos sociais”, afirma Feitoza.