'Como tudo pode desmoronar' propõe um painel crítico para entender e acolher as iniciativas que já existem no “mundo pós-carbono”
O fim da civilização industrial tal como está constituída deve se consumar até o final deste século. Não por causa de um apocalipse bíblico, mas pelas profundas transformações impostas pela mudança climática e pelo esgotamento de recursos naturais que alimentam o consumo e a produção de bens e serviços humanos. Esse processo de desmoronamento das bases sobre as quais a vida humana está hoje assentada é um campo de estudo denominado “colapsologia” pelos autores Pablo Servigne e Raphaël Stevens. Sob o prisma de uma transdisciplinaridade (economia, história, climatologia, biologia, química, geografia e relações sociais), essa colapsologia tem seus fundamentos dissecados e analisados sob o prisma do equilíbrio sustentável. Ao explicitar esses mecanismos, o livro
Como tudo pode desmoronar (Perspectiva, 256 pp, R$ 89,90) devolve a inteligibilidade às “crises” que vivemos e, acima de tudo, dá sentido ao nosso tempo. É urgente mudar os paradigmas e aprender a construir modelos de aproveitamento sustentável dos recursos de que dispomos na natureza. A partir disso a obra propõe um painel crítico para entender e acolher as iniciativas que já existem no “mundo pós-carbono”, uma análise sistêmica da situação do planeta e uma visão de conjunto do que seria esse colapso.