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Um livro de memórias
PublishNews, Redação, 23/04/2024
Um relato sobre as batalhas de uma mulher frente às mudanças de seu mundo, 'Alguém que eu costumava conhecer' oferece uma reflexão sobre a memória, a nossa percepção do mundo e os prazeres de viver o momento presente

Wendy Mitchell tinha uma vida agitada no Serviço Nacional de Saúde britânico enquanto criava, sozinha, suas duas filhas e passava os fins de semana correndo e escalando montanhas. Até que, lentamente, uma névoa começou a se instalar nas profundezas da mente que ela conhecia tão bem, ofuscando o mundo ao seu redor. Ela não sabia disso na época, mas a demência estava começando a se instalar. Em 2014, aos 58 anos, ela foi diagnosticada com Alzheimer precoce e tudo ― até os mínimos detalhes ― em sua vida mudou. Em Alguém que eu costumava conhecer (BestSeller, 320 pp, R$ 59,90 - Trad.: Carolina Simmer), Mitchell compartilha a história comovente de seu declínio cognitivo e como ela lutou para evitá-lo. O cenário de expectativas após o diagnóstico era assustador, mas a autora prometeu a si mesma que superaria os desafios impostos pela doença o máximo que pudesse e provaria ao mundo que a demência não é uma sentença de morte. Mitchell também compartilha diálogos tocantes que estabeleceu com a pessoa que um dia ela foi. Assim, Alguém que eu costumava conhecer promove uma reflexão poderosa sobre a memória e a relação que estabelecemos com um futuro que, na nossa mente, está quase sempre pré-determinado. Com uma perspectiva otimista, Mitchell dedica seu tempo a educar médicos, cuidadores e outras pessoas que, de alguma forma, vivem com a demência, ajudando a reduzir o estigma em torno dessa doença insidiosa.

[23/04/2024 07:00:00]
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