Aborrecência? A questão aqui é mais complexa do que simplesmente rebeldia, hormônios em ebulição e muita bagunça no quarto. Depois da puberdade, o cérebro humano passa por uma verdadeira revolução: os neurônios estão se multiplicando (e depois se especializando e fazendo novas conexões), e as áreas relativas à empatia, à previsão de consequências e ao pensamento crítico estão amadurecendo, tudo isso enquanto os jovens estão sob a pressão da sociedade para se dar bem na escola, socializar e se encaixar entre os amigos. Primeiro livro a falar direto com os adolescentes sobre os impactos desta fase da vida na mente, o best-seller A culpa é do meu cérebro! (Rocco, 224 pp, R$ 59,90 – Trad.: Bruno Fiuza) ganha nova edição. No capítulo O cérebro social, a autora Nicola Morgan detalha como as telas do celular são projetadas para satisfazer demandas que dão origem a hábitos incrivelmente difíceis de serem interrompidos, por gerarem uma espécie de sistema de recompensa para o jovem, ávido por construir novas interações. O livro também ajuda a desmontar alguns mitos, como a crença equivocada de que todo o desenvolvimento relevante concentra-se nos primeiros três anos de vida do ser humano.