Em 'O homem que compreendeu a democracia', o leitor conhece a história de Alexis de Tocqueville e o percurso que o levou a ser um dos grandes teóricos da democracia norte-americana
De origem nobre e nascido no final do turbulento período de Terror da Revolução Francesa, Alexis de Tocqueville teve muitos de seus familiares presos e até mortos na guilhotina no período que antecedeu o estabelecimento da Primeira República Francesa, em 1794. E mesmo testemunhando o morticínio que levou à mudança de regime, foi uma voz importante de defesa do sistema democrático em detrimento da aristocracia. Em 1831, aos 25 anos, Alexis de Tocqueville viajou para os EUA e observou a realidade palpável de uma democracia em funcionamento. Impactado pelos acontecimentos de seu tempo, tornou-se um estudante apaixonado e participante ativo da política liberal. Olivier Zunz, um dos maiores especialistas em Tocqueville, observa as tentativas desse grande pensador de aplicar as lições de sua obra clássica
A democracia na América na política francesa, além de mostrar como os EUA, e não só a França, ocuparam um lugar central no pensamento e nas ações de Tocqueville ao longo de sua trajetória.
O homem que compreendeu a democracia (Record, 506 pp, R$ 144,90 - Trad.: Carlos Eugênio Marcondes de Moura) é uma biografia completa do aristocrata francês que se tornou um dos maiores defensores da democracia. Ao pesquisar a combinação única entre a filosofia e a ação política de Tocqueville, em fontes francesas e americanas, Zunz oferece um retrato cheio de nuances do homem que lutou incansavelmente a favor do único sistema que acreditava poder proporcionar tanto liberdade quanto igualdade.