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Uma homenagem ao gênero policial
PublishNews, Redação, 02/05/2023
Escrito por Samir Machado de Machado, 'O crime do bom nazista' combina temas do Brasil contemporâneo, mostrando como questões tristemente atuais podem perdurar por décadas

O ano é 1933 e um zepelim vindo da Alemanha deixa Pernambuco em direção ao Rio de Janeiro. Em meio a uma transformação mundial, em que o pós-guerra deu lugar a nacionalismos, autoritarismos e perseguições, o enorme lz 127 Graf Zeppelin seguia como um retrato do que havia de mais moderno na Europa. A viagem em nada devia a cruzeiros e trens de luxo, como o célebre Expresso do Oriente, e seus passageiros eram comerciantes, médicos, herdeiros. Tudo era pensado para uma clientela acostumada com o melhor. Tudo, menos um misterioso e terrível assassinato no meio da noite. Há um policial a bordo e um criminoso à solta, e todos — o médico eugenista, o crítico de arte, o comissário de bordo — são suspeitos. A partir de clássicos da literatura policial, como Agatha Christie e Arthur Conan Doyle, Samir Machado de Machado faz uma releitura e uma homenagem ao gênero, numa trama que traz baronesas misteriosas e espiões comunistas em meio à ascensão do Terceiro Reich e à perseguição nazista aos gays da Berlim dos anos 1930. A isso, O crime do bom nazista (Todavia, 128 pp, R$ 59,90) combina temas do Brasil contemporâneo, mostrando como questões tristemente atuais podem perdurar por décadas.

Tags: Suspense, Todavia
[02/05/2023 07:00:00]
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