Com linguagem direta e coragem admirável, a autora/narradora ficcionaliza o processo que a levou ao surto – “Você enlouquece porque sofreu demais e não teve onde colocar isso, é fato, é uma explosão” –, os delírios que o configuraram, as semanas no hospital, a relação com a família. O texto é entremeado com registros de todo o processo: advertências do condomínio onde morava, fotografias de si à época da internação, laudos médicos e até um relato da própria mãe, escrito à mão.
Cada virada de página de Laço de fita (Editora Quixote, Selo Dulcineia) é uma surpresa e um susto, mas também há humor, dada a forma coloquial e o recurso de “fazer graça com a própria tragédia”, encontrado por Elieni Caputo para narrar o inferno que atravessou.
Um livro para aqueles que se interessam pelo tema da saúde mental, que desconfiam de quem julga quem é “louco” e quem é “são” e, sobretudo, aos que apreciam literatura e inovadoras formas de contar histórias terríveis. Clique aqui para adquirir o livro.
Elieni Caputo é graduada em Psicologia pela UFSCar e em Letras pela PUC-SP, doutoranda em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela USP, membro do GENAM – Grupo de Estudos e Pesquisa em Literatura, Narrativa e Medicina. Autora dos livros de poesias: Violência e brevidade (Penalux, 2020), Casa de barro (Patuá, 2018) e Poema em pó (7Letras, 2006). Alguns de seus poemas foram premiados em concursos literários no Brasil e em Portugal, como Despedida, vencedor do 1º Prêmio no Concurso de Poesia da Biblioteca de Condeixa – Portugal.
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