Um romance surrealista
PublishNews, Redação, 13/02/2023
'Nadja', obra revolucionária que traz a exploração do sonho, do inconsciente e do acaso objetivo como práticas pulsantes de transformação da vida ganha nova edição revista e ampliada pela 100/cabeças
Considerado um dos romances fundadores do surrealismo, Nadja (100/cabeças, 184 pp, R$ 82), de André Breton, volta às livrarias brasileiras em capa dura, com tradução de Ivo Barroso e projeto gráfico de Flávia Castanheira. A obra, revolucionária em seu formato e conteúdo, explora os limites do inconsciente e da racionalidade, a partir da descrição de encontros do autor com Nadja pelas ruas de Paris, por meio dos quais elaborou o conceito de “acaso objetivo”, tema central para o movimento. Além do inovador estilo ensaístico, que alterna descrição e questionamento sobre os fatos, o uso de colagens, desenhos e fotografias que ora ilustram, ora aprofundam o mistério da deambulação retratada, são marcas do uso ampliado da construção imaginativa do autor, com uma narrativa anti-literária que mescla sonho e realidade. A presente publicação tomou como base a edição francesa de 1963, totalmente revista por Breton em relação à publicação original de 1928, com acréscimo de fotografias, notas documentais e autocrítica. A publicação reproduz de forma integral as imagens contidas no livro: fotos de autoria J.-A Boiffard, Man Ray, Henri Manuel e André Bouin que retratam Breton, Nadja e seus companheiros surrealistas, além das ilustrações feitas por Nadja.
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100/cabeças, romance