
As redes sociais já deixaram claras suas capacidades de mobilizar o mercado editorial: também por isso, o livro A mandíbula de Caim, lançado no Brasil pela Intrínseca, foi destaque no Estadão. O sucesso no Instagram e no TikTok empurraram as vendas da obra, que agora é um fenômeno entre os jovens.
Recuperando ainda uma matéria do final de dezembro, o portal Plural publicou a já tradicional lista de lançamentos compiladas anualmente pelo tradutor Daniel Dago. São mais de 400 livros previstos para 2023.
Outra notícia que bombou nas redes e foi publicada pelo O Globo foi a da escritora americana que teria se suicidado em outubro de 2020, mas apareceu viva no Facebook. A autora independente Susan Meachen teria tirado a própria vida por sofrer bullying dos colegas, que agora exigem a devolução do dinheiro que arrecadaram para seu funeral. Meachen enfrentou problemas de saúde mental, mas também existe a suspeita de que a "morte" tenha sido uma estratégia para promover seu livro Love to last a lifetime.
O Estadão publicou ainda outras três matérias interessantes. A primeira sobre a influência de Art Spiegelman nos lançamentos, ainda mais depois do livro Maus, um de seus principais sucessos e HQ vencedora do Pulitzer, ser banido no condado de Tennessee, nos EUA. Outra, sobre a série de livros de Edy Lima, do livro A vaca voadora, que mescla conto de fadas com farsa. As margens e o ditado de Elena Ferrante, a célebre autora italiana, com ensaios inéditos que relatam sua descoberta da escrita, também foi tema no jornal.
No campo político, a Folha publicou aspas do escritor Marco Lucchesi, escolhido para assumir a Biblioteca Nacional pela nova ministra da Cultura, Margareth Menezes. Durante a conversa, Lucchesi disse que “a volta do Ministério da Cultura é a volta do sonho para a agenda política". Para O Globo, declarou: “Tenho uma relação intensa com a Biblioteca Nacional desde a minha juventude. Ainda é cedo para comentar sobre projetos, mas sei que contarei com o apoio da ministra para todos os desafios necessários”.
A Folha publicou um artigo sobre o livro recém-lançado por Edney Silvestre, Pequenas vinganças. A obra reúne duas novelas e sete contos sobre ódio e vinganças, envolvendo períodos históricos, como a Guerra do Paraguai, o Golpe de 64 e o Estado Novo, e também atuais, como a pandemia da Covid-19. Segundo o autor, o livro foi escrito ao longo dos últimos quatro anos e alimentado pela realidade brasileira no governo Bolsonaro.
Já no Valor, a coluna de Tatiana Salem Levy fala sobre duas escritoras argentinas, Tamara Kamenszain e Sylvia Molloy, que terão obras editadas no Brasil.
Como destaque internacional, The Bookseller anunciou que a RBmedia adquiriu duas empresas: a Ukemi Audiobooks e a Dharma Audiobooks. A RBmedia é uma gigante na publicação de audiolivros, e agora, com a aquisição, aumenta ainda mais seu número de títulos. Miles Stevens-Hoare, diretor administrativo da RBmedia International, disse: “Os títulos Ukemi Audiobooks e Dharma Audiobooks geraram interesse mundial desde seu lançamento em 2015. Esperamos expandir significativamente a distribuição do catálogo existente por meio da rede de distribuição global da RBmedia, ao mesmo tempo em que publicando novos títulos de audiolivros sob nossa marca W F Howes”.


