Livro de estreia de Camilla Loreta, 'Sândalo vermelho e os gatunos olhos dela' trata de paisagens e tempos ancestrais, a partir de diários de viagens pelo Leste Europeu e memórias da protagonista
Por meio de uma linguagem que passeia entre os diários de viagem, o onírico e as conexões entre passado e presente, o romance
Sândalo vermelho e os gatunos olhos dela (Urutau, 216 pp, R$ 55), de Camilla Loreta, explora questões de ancestralidade e de linhagem materna. Na obra, o leitor acompanha a travessia e o inconsciente da protagonista Léia Stachewski, filha de pai polonês e mãe brasileira, que nasceu e passou a infância no Rio de Janeiro. Após misteriosos acontecimentos vividos pela família, ela retorna à Polônia. No decorrer da narrativa, a personagem decide iniciar uma viagem de carro sozinha pelo Leste Europeu, rumo à Finlândia. Perdida em um território gelado, ela relembra momentos de sua formação no Brasil, origens familiares e motivações. De acordo com Carola Saavedra – que assina a orelha da obra –, o livro transita entre diferentes realidades: o corpo e o espírito, passado e presente, matéria e reflexo.