Em comparação com o ano anterior, o faturamento apresentou um crescimento de 5,71%, apesar de um volume 0,38% menor em número de unidades. Em números reais, foram 4,53 milhões de livros comercializados com receita total de R$191,93 milhões. No mesmo período do ano anterior, a receita tinha sido de R$181,56 milhões, com 4,54 milhões de unidades vendidas.
O preço médio teve uma alta de 6,12%, passando de R$ 39,95 em 2021 para R$ 42,39 em 2022. Já o número de ISBNs caiu 6,11%. No ano passado, foram contabilizados 165.931 ISBNs contra 155.786 este ano.
No mesmo período de 2021, o comércio ampliava o horário de funcionamento das lojas, no âmbito das medidas de flexibilização da pandemia. Naquele momento, foram registradas ações promocionais de varejistas, no sentido de recuperar as vendas e, por isso, o período tornou-se o segundo melhor em resultado daquele ano até então.
“Ações pontuais têm ajudado o setor a manter uma dinâmica positiva e ficamos felizes por ainda mantermos um volume acumulado superior a um bom ano como 2021. Em termos de valor, o resultado acumulado praticamente se iguala à inflação do período”, destaca Dante Cid, presidente do SNEL.
Ao comparar o resultado de período desconsiderando os álbuns, é possível enxergar mais um cenário. Ismael Borges, Territory Manager do BookScan Brasil, analisa: “Considero que a venda de álbum da Copa é majoritariamente incremental, ou seja, não canibaliza de forma integral a venda de livros não ligados a esse evento. Em uma situação hipotética em que se excluem as vendas relacionadas ao álbum, a variação do período em volume de unidades seria de -5,27% e em receita, seria de -0,68%.”
2022 x 2021
Do começo do ano até meados de setembro, foram vendidos 39,87 milhões de livros, acumulando faturamento de R$ 1,72 bilhão no setor livreiro neste ano, com variação positiva de 5,26% em volume e 9,15% em valores.
Em 2021, até meados de setembro, o faturamento era de R$ 1,58 bilhão e o volume chegava a 37,88 milhões.
Importância dos gêneros
Assim como nos últimos Painéis, Não Ficção Especialista novamente apresentou o pior resultado, com uma queda de 4,80 p.p., diminuindo o seu faturamento de 29,47% em 2021 para 24,67% em 2022.
Na contramão, Infantil, Juvenil e Educacional teve uma variação positiva de 3,84 p.p. Se em 2021 o gênero representava 19,09% do faturamento do setor, em 2022 esse número subiu para 22,92%.
Não Ficção Trade teve variação positiva de 1,16 p.p., enquanto Ficção, uma variação negativa de apenas 0,20 p.p.
Metodologia
Para a realização do Painel, os dados são coletados diretamente do “caixa” das livrarias, e-commerce e varejistas colaboradores. As informações são recebidas eletronicamente em formato de banco de dados. Após o processamento, os dados são enviados on-line e atualizados semanalmente.
As varejistas monitoradas pela Nielsen são: A Página Livraria, Amazon.br, Americanas, Americanas.com, BIG BIG, Bom Preço, Carrefour, Cultura, Curitiba, Disal, Escariz, Extra, Leitura, Livraria da Vila, Livraria Loyola, Magazine Luiza, Martins Fontes, Nobel, Pão de Açúcar, Saraiva, Shoptime, Submarino.
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