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Entre contradições e descobertas
PublishNews, Redação, 1º/09/2022
Livro de Katixa Agirre conta a história de uma mãe que tenta compreender e investigar se os amores são capazes de matar

Uma mãe assassina os próprios filhos gêmeos. Outra, a protagonista-narradora, prestes a dar à luz um filho, fica obcecada com o infanticídio e decide escrever esta história como uma forma de tentar compreender e, também, para investigar se os amores são capazes de matar. Tecido com os fios de um thriller, o romance As mães são muitas (Primavera, 202 pp, R$ 49,90) é inovador e perturbador. Neste livro, a autora basca Katixa Agirre reflete sobre a relação entre maternidade e criação, construindo um diálogo literário delicado com autoras como Sylvia Plath e Doris Lessing – que já abordaram o tema em grandes obras. Como fio condutor, um questionamento incômodo: ser mãe é uma prisão? "Meu primeiro impulso foi escrever sobre a maternidade, mais concretamente sobre o impacto dela na identidade. Depois, veio-me a ideia de escrever sobre uma mãe assassina de seus filhos. Abracei essa proposta de falar sobre uma anti-mãe, esse imenso tabu que desnuda as contradições da experiência de maternidade”, explica a autora.

[01/09/2022 07:00:00]
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