A autora é coordenadora educacional do Memorial do Holocausto de São Paulo e integra a diretoria da Associação Janusz Korczak Brasil.
No início do século XX, época em que a educação infantil ainda carregava características medievais, como castigos físicos, humilhações e um grande descaso para as características básicas da infância, Korczak começou a trabalhar para mudar a realidade de centenas de órfãos em seu país. É clara a influência do filósofo francês Jean-Jacques Rousseau e do pedagogo suíço Johann Pestalozzi na concepção de um orfanato na Polônia em que as crianças tinham os mesmos direitos dos adultos. Muitas das ideias hoje implantadas em escolas de todo o mundo surgiram nessa iniciativa de Korczak.
Instituição criada por ele, o orfanato Dom Sierot ganhou fama Internacional, sendo visitado por educadores de vários países que passaram a aplicar a revolução pedagógica apresentada ali. Perseguido por ser judeu , Korczak, os educadores do orfanato e as crianças foram confinados no Gueto de Varsóvia na Segunda Guerra Mundial. Em agosto de 1942, Korczak e os órfãos foram levados em vagões de gado para as câmaras de gás do campo de extermínio em Treblinka.
O lançamento de Janusz Korczak: uma vida em defesa da infância está marcado para às 19h desta quinta-feira(11), na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis (Av. Higienópolis, 618,São Paulo – SP).
