Escrito por Vanessa Ratton e Maria Valéria Rezende, livro infantojuvenil usa lendas urbanas para narrar casos de violência contra mulher
Quais são as lendas e fantasmas da cidade de Santos, litoral de São Paulo? Existe algo a mais naquele horário que a gente sempre acorda por volta das três da madrugada? Ele também é conhecido como "hora morta" e é com base nessas perguntas que as escritoras Vanessa Ratton e Maria Valéria Rezende construíram a obra
Encontros à hora morta (Florear Livros, 196 pp, R$ 49 - Ilustração: Alexandre Camanho), voltada a jovens com idade a partir de 14 anos. O livro investiga lendas urbanas da cidade litorânea e apresenta fantasmas de mulheres que foram assassinadas ou violentadas pela moral social e política da época dos crimes, com uma alusão inclusive à Patrícia Galvão, conhecida como Pagu, a primeira mulher presa política. A obra traz também as histórias de horror do Navio Raul Soares, um lugar de tortura durante o regime militar brasileiro no Porto de Santos. Mas, não é só este o cenário. A cidade portuária é o cenário para a circulação das lendas dos 13 contos que estão no livro e que passeiam por lugares como a Santa Casa de Misericórdia, Paquetá e o Teatro Brás Cubas, além de trazer lendas mais contemporâneas e nacionais, como a da Loira de Banheiro. O lançamento on-line do livro acontece neste domingo (31), às 19h, no
Instagram da editora Florear Livros.