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Um debate sobre a bibliodiversidade
PublishNews+, Talita Facchini, 14/10/2021
Tendo como marco os 40 anos da Lei Lang na França, o Instituto de Estudos Avançados da USP realiza um simpósio virtual para discutir as diversas implicações da lei. Primeiro dia de debate reuniu importantes nomes do Brasil e França.

Livraria da Travessa de Niterói | © Divulgação
Livraria da Travessa de Niterói | © Divulgação

Há 40 anos, foi aprovada na França a Lei Lang, que regulamentou o preço do livro no país. Com uma grande mobilização da sociedade e ainda uma campanha de massa para a formação da opinião pública, os profissionais do livro se viram unidos em uma única pauta. Aprovada em 10 de agosto de 1981, desde então, a Lei Lang tem inspirado iniciativas similares em diversos países. No Brasil, o PL 49/2015, que quer instituir a política nacional de fixação do preço do livro, ainda está estacionado no Senado, mas os debates sobre o assunto continuam.

Pensando em construir um diálogo relevante sobre o projeto e tendo como inspiração os 40 anos da Lei Lang, o Instituto de Estudos Avançados da USP organizou o simpósio virtual Por uma lei da bibliodiversidade, que até sexta (15), reunirá importantes nomes da cadeia nacional e internacional do livro para falar sobre o tema. Com curadoria de Livia Kalil (IdA-Sorbonne Nouvelle), Marisa Midore Deaecto (ECA e IEA/USP) e Patrícia Sorel (Université Paris-Nanterre, Pôle Métiers du Livre) o simpósio pretende discutir todos os aspectos da Lei do Preço Fixo (ou Lei do Preço Comum), seus benefícios na França, sua abrangência, seu papel na formação dos leitores e ainda sua aplicação no Brasil.

Em sua abertura, nesta quarta (13), o evento contou com a participação do ex-Ministro da Cultura da França, Jack Lang, responsável pela implementação da Lei no país. Em sua fala, Jack frisou que é preciso insistir para que se adote um texto que possa contribuir para salvar a literatura, as edições e os leitores brasileiros. Ele lembrou ainda, que quando o debate ocorreu na França, também encontrou resistência e hostilidade por parte do governo e do povo, mas que 40 anos depois, o que se vê é que a lei salvou os livreiros franceses. "Hoje temos quatro mil livreiros independentes na França e esses livreiros constituem a base a partir da qual uma variedade editorial pode se multiplicar", disse. E insistiu: "A grande maioria dos países que não adotaram essa lei estão com problemas, num processo de degradação, então me permito dizer aos amigos brasileiros: aguentem, aguentem firme".

A matéria completa com todos os detalhes do primeiro dia do simpósio pode ser lida no PublishNews+, a área exclusiva para assinantes do PN. Lá você encontra o panorama histórico da Lei, as discussões sobre o papel do livreiro, a importância da opinião pública, entre outros temas de destaque.

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[14/10/2021 08:00:00]
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