'Manual do Minotauro' reúne 1.500 tiras publicadas pela artista entre 2004 e 2015
Laerte já tinha mais de três décadas de cartunismo e era uma das profissionais mais festejadas do Brasil quando decidiu reinventar tudo. Por volta de 2004, sua tira
Piratas do Tietê abandonou os personagens recorrentes e os arremates cômicos para explorar o espaço daqueles três, quatro quadrinhos com uma mistura de filosofia, metafísica, poesia, poucas certezas e muitas dúvidas.
Piratas virou o
Manual do Minotauro (Quadrinhos na Cia, 416 pp, R$ 99,90) e entramos, junto a Laerte, no labirinto do ser mitológico. O desenho é o mesmo, exato na economia. O jogo entre nanquim, cor, forma e quadros ainda é referência de design. O texto continua enxuto, preciso. A narrativa é claríssima. Mas ao mesmo tempo, algo vibra por baixo da aparente simplicidade.
Manual do Minotauro reúne mais de 1.500 tiras publicadas entre 2004 e 2015 e traz todo o talento de uma das artistas mais interessantes nos quadrinhos do mundo.