Publicidade
Lições atemporais
PublishNews, Redação, 06/08/2021
Em 'Manuscrito encontrado em Accra', Paulo Coelho ensina lições valiosas sobre temas universais, sugerindo que, na eterna luta contra a intolerância e a incompreensão, as armas mais poderosas são as palavras

Para os cristãos, o ano é 1099. Para os judeus, 4859. Já para os muçulmanos, 492. Apesar dos calendários diferentes, os seguidores das três religiões convivem pacificamente em Jerusalém até que recebem um ultimato dos Cruzados franceses: eles precisam escolher entre abandonar a cidade ou lutar até a morte. No dia anterior ao ataque, pessoas de diferentes idades se reúnem com um erudito grego no átrio da cidade, na presença de um imã, um rabino e um sacerdote cristão. A mensagem do erudito é simples: embora nada possa ser feito para salvar Jerusalém, é preciso preservar seus saberes para que um dia a cidade possa vir a ser reconstruída. Em vez de negociar a paz ou se preparar para o combate, ele propõe que os que estão ali reunidos passem aquela última tarde lhe fazendo perguntas filosóficas. Então, quando a noite cair, todos deverão se espalhar pelos quatro cantos do mundo com o intuito de passar adiante aquilo que aprenderam. Escrito por Paulo Coelho, Manuscrito encontrado em Accra (Paralela, 160 pp, R$ 44,90) ensina lições valiosas sobre temas universais e atemporais, sugerindo que, na eterna luta contra a intolerância e a incompreensão, as armas mais poderosas são as palavras.

Tags: Paralela
[06/08/2021 07:00:00]
Matérias relacionadas
'A preterida' é o primeiro livro na série de romances standalone 'Bilionários da Biotech'
Nessa comédia romântica, Avery vai aprender que as primeiras impressões não estão sempre corretas
Delphine só tem dez dias para encontrar um homem e fazê-lo se apaixonar por ela
Leia também
Raymond Williams analisa três momentos históricos independentes que podem ser definidos como 'longas revoluções'
Livro de Marina Rossi revela iniciativas que provam que é possível, sim, produzir sem devastar a floresta
Dionne Brand parte de sua experiência traumática com a literatura britânica e retira o manto de universalidade que paira sobre a figura do leitor